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Espectrofotometria E Analises Biquimicas

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Por:   •  1/4/2014  •  2.531 Palavras (11 Páginas)  •  986 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Os conhecimentos adquiridos com estudos bioquímicos aliados aos conhecimentos das áreas exatas como a química e a física permitiram o desenvolvimento de inúmeras técnicas e metodologias analíticas que se difundiram a todos os laboratórios, sendo eles de pesquisas ou clínicos. Segundo Cisternas et al. (2005, p.5), o emprego de técnicas físico-químicas serve tanto à química quanto à biologia e tem permitido reduzir a maioria dos fenômenos celulares a termos moleculares. Assim, pode-se dizer que qualquer evento descrito macroscopicamente, descrito pela anatomia e fisiologia, existe uma razão microscópica, ao nível celular, que por sua vez relaciona-se intimamente com os mecanismos moleculares. Por sua vez, muitos desses mecanismos foram descritos graças a pesquisas que fizeram o uso de metodologias laboratoriais.

Estas ideias valem tanto para o normal como para o anormal, ou seja, as patologias, que a muito foram descritas macro e microscopicamente têm sempre, como causas, alterações do funcionamento celular e seu mecanismo metabólico.

Então, por meio do uso de técnicas físico-químicas, as análises clínicas foram beneficiadas enormemente com os métodos quantitativos de análises que utilizam, por exemplo, a espectrofotometria (CISTERNAS, et al. 2005).

Por exemplo, por meio da espectrofotometria aplicada às análises clínicas e por outras tecnologias, diretrizes da área médica foram sendo estabelecidas e delineadas para a condução de um diagnóstico mais consistente e assertivo, possibilitando assim um encaminhamento terapêutico eficaz. Segundo Cerri et al., (2004, p.2), responsáveis pelo Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, tais condutas possuem o intuito de auxiliar nas decisões médicas e, consequentemente, otimizar o cuidado aos pacientes.

A espectrofotometria é uma técnica analítica que avalia a capacidade dos solutos de absorver luz em comprimentos de onda específicos. É o método de análises óptico mais usado nas investigações biológicas e físico-químicas. O espectrofotômetro é um instrumento que permite comparar a radiação absorvida ou transmitida por uma solução que contém uma quantidade desconhecida de soluto, e uma quantidade conhecida da mesma substância.

A medida da luz absorvida permite inferir sobre a concentração do soluto em determinada solução. Compostos desconhecidos podem ser identificados por seus espectros característicos ao ultravioleta, visível ou infravermelho.

Quando uma radiação eletromagnética, por exemplo, a luz visível, incide em uma solução, se os fótons da radiação têm energia adequada, a energia associada a essa radiação pode sofrer três diferentes tipos de variações: - ser refletida nas interfaces entre o ar e a parede do frasco contendo a solução (cubeta); - ser dispersa por partículas presentes na solução; - ser absorvida pela solução.

Nas aplicações espectrofotométricas, quando se usa energia monocromática em um simples comprimento de onda (λ), a fração de radiação absorvida pela solução, ignorando perdas por reflexão, será função da concentração da solução e da espessura da solução. Portanto, a quantidade de energia transmitida diminui exponencialmente com o aumento da espessura atravessada – Lei de Lambert – e o aumento da concentração ou da intensidade de cor da solução – Lei de Beer. A relação entre energia emergente (I) e energia incidente (I0) indica a transmitância (T) da solução. Em espectrofotometria, utiliza-se a absorbância (A) como a intensidade de radiação absorvida pela solução, seguindo as leis de Lambert-Beer.

A determinação de concentração de um soluto em uma solução-problema por espectrofotometria envolve a comparação da absorbância da solução-problema com uma solução de referência, na qual já se conhece a concentração do soluto. Em geral, é utilizada uma solução-padrão com diferentes concentrações (pontos), que tem sua absorbância determinada.

Esses pontos são preparados diluindo-se a solução-padrão na proporção necessária para a obtenção das concentrações desejadas.

Com os valores de absorbância e de concentração conhecidos, pode-se traçar um gráfico cujo perfil é conhecido como “curva-padrão”. Nesse gráfico, a reta, indica a proporcionalidade entre o aumento da concentração e da absorbância e a porção linear correspondente ao limite de sensibilidade do método espectrofotométrico para o soluto em questão.

Foram analisados no laboratório os seguintes exames bioquímicos:

Glicose: A glicose é a principal fonte de carboidrato do organismo e sua

concentração sérica está intimamente ligada à ação da insulina. Após uma refeição rica em carboidratos, a glicose que é absorvida para o sangue causa uma rápida secreção de insulina. Esta, por sua vez, provoca a captação, armazenamento e uso rápido da glicose por quase todos os tecidos corporais, especialmente pelos músculos, tecido adiposo e fígado. Valores elevados de glicose ocorrem nos vários tipos de diabetes primária, nos estados de intolerância à glicose e nas diabetes secundárias a várias doenças (hipertireoidismo, hiperpituitarismo, hiperadrenocorticismo, etc). Valores diminuídos de glicose ocorrem nas hipoglicemias que têm várias causas. Quando a ocorrência de sintomas de hipoglicemia é relacionada à alimentação, duas formas de hipoglicemia podem ser definidas, hipoglicemia do jejum e hipoglicemia pós-prandial.

Colesterol total: O colesterol é o principal esterol do organismo, estando presente em todas as células como um componente estrutural das membranas e das lipoproteínas (HDL, VLDL e principalmente LDL). É também o precursor na formação dos hormônios esteróides pelas gônadas e córtex adrenal. Cerca de 70 a 75% do colesterol plasmático encontra-se na forma de éster e 25 a 30% existe como colesterol livre. Além do colesterol absorvido a cada dia pelo tubo gastrintestinal, que é denominado colesterol exógeno, grande quantidade designada como colesterol endógeno é formada no fígado e outros tecidos. Diversos estudos epidemiológicos e experimentais comprovam uma correlação positiva entre os níveis do colesterol, mais precisamente do colesterol LDL e o risco de doença arterial coronariana (DAC). Ao contrário, os níveis de colesterol HDL são inversamente proporcionais ao risco de DAC.Valores aumentados de colesterol são encontrados na nefrose, no hipotireoidismo, nas doenças colestáticas do fígado e nas hiperlipoproteinemias dos tipos IIa, IIb e III.Níveis diminuídos são encontrados no hipertireoidismo,

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