Estudo de fatores que afetam o funcionamento e o mecanismo dos ecossistemas florestais
Artigo: Estudo de fatores que afetam o funcionamento e o mecanismo dos ecossistemas florestais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: camilinha_gc • 31/3/2014 • Artigo • 1.005 Palavras (5 Páginas) • 451 Visualizações
Na década de 60, extensas áreas do Estado de São Paulo, começaram a ser reflorestadas, ou florestadas, com espécies de Eucalyptus e Pinus. Em 1962, as florestas naturais cobriam apenas 13, 7% do Estado, que no início do processo de colonização possuía 81,8% de sua área coberta por florestas, além de campos e cerrados naturais (VICTOR 1975). Por não ser satisfatória a produtividade de madeira nesses plantios, foi adotada a adubação com NPK nas regiões em que o solo apresentava baixa fertilidade. Com essa prática, obtiveram-se resultados, porém os ganhos foram insuficientes devido a crescente demanda de produtos madeireiros. O estudo de fatores que influenciam no funcionamento e mecanismo dos ecossistemas florestais passou a ter mais atenção. E hoje se sabe que o entendimento destes processos em conjunto com os conhecimentos de outras áreas de pesquisa florestal permitirão o aumento das florestas (GRUPO PERMANENTE DE TRABALHO DE NUTRIÇÃO E FERTILIZAÇÃO FLORESTAL,1983). É nesse ponto que verificamos o interesse pelo estudo das associações simbióticas entre microrganismos e essências florestais como as associações micorrízicas. Avaliando a dependência de E. grandis com relação a MVA em condições de casa de vegetação. De maneira geral, árvores com micorrizas apresentam vantagens em relação àquelas sem micorrizas, sendo capazes de melhor crescimento em solos pobres e maior tolerância a condições ambientais adversas (KROGNER, 1982), maior resistência à deficiência de água no solo (BROWNLEE et alii, 1983), proteção das raízes contra o ataque de patógenos (SCHENCK, 1981), e maior eficiência na absorção de nutrientes (COOPER, 1984). Além disso, as micorrizas desempenham papel importante na ciclagem de nutrientes em ecossistemas florestais (FOGEL,1980). Nas florestas, o tipo mais encontrado de micorrizas são as ectomicorrizas e as micorrizas vesicular-arbusculares (MVA). As ectomicorrizas no geral ocorrem nas florestas das regiões temperadas, mais homogêneas e as MVA nas florestas tropicais, que são mais diversificadas floristicamente. A ectomicorrizas ocorrem nos trópicos, naturalmente em famílias Caesalpinae e Dipterocarpaceae, com maior incidência de formação em florestas da África Central, Malásia e Sudeste da Ásia, e na América Central o gênero Pinus. No Brasil, observou-se ectomicorrizas nas famílias Myrtaceae e Caesalpiniaceae em cerrado no Estado de São Paulo, e em campinarana e várzea na Amazônia. Porém, o maior interesse em ectomicorrizas está relacionado com reflorestamento em extensas áreas de Pinus spp. e Eucalyptus spp., que apresentam nos trópicos os mesmo fungos micorrízicos presentes na região de origem dessas espécies. Em geral, não se encontram dados da dependência das árvores, em florestas naturais, com relação às MVA. Gerdemann (1975) definiu a dependência das plantas pela associação micorrízica como o grau que a planta depende da associação para atingir seu máximo crescimento ou produção, em determinado nível de fertilidade do solo. De acordo com Menge et alii (1978) a dependência pode ser definida numericamente como a relação de peso da matéria seca entre indivíduos com micorrizas e indivíduos sem micorrizas, expressa em percentagem. (citados por POPE et alii, 1983).
Há fatores que podem alterar a dependência de essências florestais pelas associações com fungos formadores de MVA, como genótipo, procedência, tipo de solo, teor defósforo e nitrogênio no solo, e espécies de fungos. Eles influenciam o crescimento de mudas e outros processos fisiológicos, e a taxa de mortalidade de mudas no viveiro. O gênero Eucalyptus é mais estudado com relação à associação ectomicorrízica, e neste caso a dependência pela associação é variável (SOARES et alii,1985; MALAJCZUK et alii, 1982; YOKOMIZO, 1981; PRYOR, 1956). A dependência das árvores pelas micorrizas, relaciona-se também com a morfologia de suas raízes, devido aos benefícios da associação decorrerem da exploração mais intensa do solo pelas hifas dos fungos micorrízicos. O gênero
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