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Exposição Biológico A Riscos Ambientais

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Por:   •  5/10/2014  •  1.877 Palavras (8 Páginas)  •  485 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Antigamente os profissionais da área da saúde não eram consideramos em uma categoria de alto risco. A importância aos riscos ocupacionais com agentes infecciosos é dada no inicio dos anos 40, no século XX. Porem as medidas de profilaxia e acompanhamento clinico-laboratorial só foram desenvolvidas e implementadas a partir da epidemia de infecção pelo HIV, no inicio da década de 80.

Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente contaminados devem ser tratados como casos de emergência médica, uma vez que as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciadas logo após a ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.

É importante ressaltar que as medidas profiláticas pós-exposição não são totalmente eficazes, enfatizando a necessidade de se programar ações educativas permanentes, que familiarizem os profissionais de saúde com as precauções básicas e os conscientizem da necessidade de empregá-las adequadamente, como medida mais eficaz para a redução do risco de infecção pelo HIV ou hepatite em ambiente ocupacional.

Precauções básicas, são medidas de prevenção que devem ser utilizadas na assistência a todos os pacientes na manipulação de sangue, secreções e excreções e contato com mucosas e pele não-íntegra. Isso independe do diagnóstico definido ou presumido de doença infecciosa (HIV/AIDS, hepatite B e C).

2. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorrem entre dois e três milhões de acidentes percutâneos com agulhas contaminadas por material biológico por ano entre trabalhadores da saúde.

Uma grande variedade de agentes infecciosos pode ser transmitida aos trabalhadores. No entanto, o HIV e os vírus das hepatites B e C são os agentes mais frequentemente envolvidos em infecções ocupacionais.

2.1. Tipos de Exposições

Os profissionais e trabalhadores que atuam no setor saúde, direta ou indiretamente, e exercem atividades há um risco maior de exposição ao sangue e a outros materiais biológicos, incluindo aqueles profissionais que prestam assistência domiciliar, atendimento pré-hospitalar e ações de resgate feitas por bombeiros ou outros profissionais.

As exposições que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) são definidas como:

• Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias);

• Exposições em mucosas – p.ex. quando há respingos na face envolvendo olho, nariz, boca ou genitália;

• Exposições cutâneas (pele não-íntegra) – p.ex. contato com pele com dermatite ou feridas abertas;

• Mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco quando envolverem a presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto àquele que tenha sido exposto.

3. MEDIDAS DE CONTROLE

Evitar a exposição ocupacional é o principal caminho para prevenir a transmissão dos vírus das hepatites B e C e o HIV. Entretanto, a imunização contra hepatite B e o atendimento adequado pós-exposição são componentes integrais para um completo programa de prevenção de infecção após acidente ocupacional e são importantes elementos para segurança do trabalho.

3. 1. Procedimentos Recomendados

Cuidados locais na área exposta, recomendações específicas para imunização contra tétano e, medidas de quimioprofilaxia para hepatite B e HIV e acompanhamento sorológico para hepatite B e C e HIV.

3. 2. Cuidados Locais

Após exposição a material biológico, os cuidados locais com a área exposta devem ser imediatamente iniciados. Recomenda-se lavagem exaustiva com água e sabão em caso de exposição percutânea ou cutânea.

Após exposição em mucosas, é recomendada a lavagem exaustiva com água ou solução fisiológica.

Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter e hipoclorito são contra-indicados.

3. 3. Acompanhamento Pós-Exposição

- Coleta e realização das sorologias para HIV, hepatite B e hepatite C do profissional acidentado e do paciente-fonte. Outras sorologias podem ser solicitadas de acordo com a situação epidemiológica, tais como: sorologia para Doença de Chagas, HTLV, sífilis.

- Indicação de profilaxia quando recomendado.

4. MEDIDAS ESPECÍFICAS

4. 1. Quimioprofilaxia para o HIV

A quimirpofilaxia é uma terapia eficaz para a prevenção de infecção pelo vírus HIV, utilizada para casos nos quais há conhecimento de exposição ao vírus; seja por acidente de trabalho, ato sexual com parceiro soropositivo sem preservativo ou violência sexual.

4.1.1. Indicações de uso dos Anti-Retrovirais (ARVs)

A indicação do uso de anti-retrovirais deve ser baseada em uma avaliação criteriosa do risco e transmissão do HIV em função do tipo de acidente ocorrido e a toxicidade dessas medicações. Exceto em relação à zidovudina, existem poucos dados disponíveis sobre a toxicidade das medicações anti-retrovirais em indivíduos não infectados pelo HIV.

O profissional de saúde acidentado deverá ser informado, uma vez que: o conhecimento sobre a eficácia e a toxicidade dos medicamentos anti-retrovirais é limitado; que somente a zidovudina demonstrou benefícios em estudos humanos; que não há evidência de efeito benéfico adicional com a combinação de anti-retrovirais; que a toxicidade de anti-retrovirais em pessoas não infectadas pelo HIV é limitada ao AZT e pouco conhecida em relação às outras drogas e que pode ser uma opção do profissional, a não utilização de uma ou mais drogas indicadas para a quimioprofilaxia.

Para os pacientes graves e em situações de resistência viral do paciente-fonte, deve se usar indinavir ou nelfinavir. Os critérios de gravidade na avaliação do risco do acidente são dependentes do volume de sangue e da quantidade de vírus presente.

Acidentes mais graves são aqueles que envolvem maior volume de sangue, cujos marcadores são:

• Lesões

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