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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTE PORTADOR DO VÍRUS HIV CASO CLÍNICO SIDA + NEUROTOXOPLASMOSE

Artigos Científicos: FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTE PORTADOR DO VÍRUS HIV CASO CLÍNICO SIDA + NEUROTOXOPLASMOSE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/5/2014  •  4.522 Palavras (19 Páginas)  •  2.386 Visualizações

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CASO CLÍNICO

História da doença atual:

Segundo a informaçao colhida pela tia do paciente, a mesma relata que o paciente adquiriu o vírus HIV através do uso de drogas injetáveis. Sua esposa também era portadora do vírus HIV e faleceu há 4 meses e tem dois filhos que não são portadores do vírus. A tia relata também que o paciente não fazia uso do coquetel para tratamento. Sendo assim no dia 27.07.08 o paciente deu entrada no HGL, porém a tia não sabe relatar o motivo da internação. Após avaliação médica, com o diagnóstico de neurotoxoplasmose. Foi realizada a avaliação fisioterapeutica do paciente no dia 03.09.08, sendo colhidos os seguintes dados:

História patologica pregressia: Paciente com HIV +

História familiar: Esposa era portadora do vírus HIV

História social: Não foi possível colher dados

Exame Físico: Tônus, ADM e trofismo reduzido. Não foi possível realizar teste de grau de força muscular pois o paciente não era colabortivo.

Avaliação Resperatória: Tosse eficaz e seca, escarro ausente, em ar ambiente, espiração apical.

Palpação: expansibilidade reduzida; sem presença de enfisema subcutâneo; murmúrio vesicular reduzido globalmente e sem ruidos adventícios.

Sinais vitais: FC: 125 bpm: taqidicárdico; 38º febril; FR: 34 ipm: taquipnéico.

Ventilação: espontânea.

Medicamentos: Bromoprida; dopamina; furosemida; dipirona; ranitidina.

Exames complementares: Hemograma Completo 03.09.08

Diagnóstico médico: SIDA+neurotoxoplasmose.

Síndrome do imobilismo

A síndrome da imobilidade é um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado. Independente da condição inicial que motivou ao decúbito prolongado, esta síndrome evolui para problemas circulatórios, dermatológicos, respiratórios e muitas vezes psicológicos. Muito da morbidade e mortalidade associada ao paciente restrito ao leito advém dessas complicações músculo-esquelético e viscerais.

Hoje, sabemos que um dos papéis mais importantes do fisioterapeuta na unidade hospitalar é o da retirada precoce do paciente do leito evitando, assim, diversas patologias associadas ao longo decúbito como úlceras de pressão (escaras) e pneumonia. Algumas classificações são consideradas para este tipo de restrição. Acredita-se que de 7 a 10 dias seja um período de repouso, 12 a 15 já é considerado imobilização e a partir de 15 dias é considerado decúbito de longa duração.

Sistema osteomuscular

É o sistema mais acometido e freqüentemente, por suas complicações não causarem de início limitações funcionais, não são logo detectadas durante o imobilismo, negligenciando-se os cuidados necessários para a sua prevenção.

Portanto, condutas para se manter a amplitude de movimento (ADM) podem parecer triviais e, se não impostas, causam déficits funcionais e:

• Prejudicam as transferências, posturas e movimentação no leito e em cadeira de rodas;

• Dificultam atividades da vida diária (AVD) e da vida profissional (AVP);

• Complicam cuidados gerais de enfermagem (posicionamento e higiene);

• Alteram o padrão de marcha ou até a impossibilitam;

• Aumentam o risco de formação de escaras, prolongando o tempo de hospitalização

Tecido Conjuntivo

Com uma semana de imobilização inicia-se a troca de fibras colágenas tipo III pelas do tipo I, de tal forma que em três semanas há um predomínio das fibras tipo I (colágeno mais denso). Outra alteração qualitativa seria o aumento no número de ligações cruzadas (rearranjo).

No imobilismo e em outras condições patológicas, as fibrilas recém-formadas fazem ligações entre si, criando fibras de colágeno mais espessas e mais longas (fenômeno de rearranjo), alterando sua estrutura básica e conseqüentemente sua propriedade elástica.

Tecido Muscular

O imobilismo é o responsável pelas seguintes alterações musculares:

• Diminuição no nível de glicogênio e ATP, diminuindo a endurance.

• A redução na atividade muscular pode comprometer a irrigação sanguínea com baixa tolerância ao ácido láctico e débito do oxigênio com conseqüente diminuição na capacidade oxidativa.

• Diminuição da síntese protéica, já observada na Sexta hora

• Atrofia das fibras musculares tipo I e II.

• Diminuição da área de secção transversal

• Diminuição da força muscular de 10 a 15 % por semana, com um grau maior que o de atrofia. Essa perda é maior nas contrações isométricas e concêntricas, sugerindo diferença no padrão de recrutamento, dependendo do tipo de solicitação das fibras.

• Incoordenação pela fraqueza generalizada, resultando em má qualidade de movimento.

• Dor ou desconforto após imobilização sugere que a imobilidade induz a um processo inflamatório tecidual com liberação de substâncias que estimulam os receptores locais de dor.

• Diminuição do número de sarcômeros, que varia com a posição que a articulação for imobilizada.

Tecido Articular

O líquido sinovial lubrifica e nutre a cartilagem, mas necessita do movimento para que haja circulação dos nutrientes, síntese e degradação da matriz e estímulos aos sensores elétricos e mecânicos da articulação. Portanto, com a inatividade, há atrofia da cartilagem com desorganização celular (perda do arranjo paralelo) nas inserções ligamentares, proliferação do tecido fibrogorduroso e conseqüentemente levam ao espessamento da sinóvia e fibrose capsular.

Tecido Ósseo

São observadas as seguintes alterações:

• Diminuição

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