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Fisiologia Da Insuficiência Cardíaca Congestiva Esquerda

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Por:   •  6/10/2014  •  613 Palavras (3 Páginas)  •  983 Visualizações

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Insuficiência cardíaca congestiva esquerda

Na insuficiência cardíaca congestiva esquerda, o problema reside numa falha do ventrículo esquerdo que o torna incapaz de bombear todo o seu conteúdo para a rede arterial periférica: por um lado, os tecidos do organismo não são bem irrigados; por outro lado, como o ventrículo não se pode esvaziar devidamente, a pressão na aurícula esquerda aumenta, diminuindo a circulação pulmonar - por isso, uma insuficiência deste tipo caracteriza-se pelo aparecimento de problemas respiratórios.

As manifestações da insuficiência cardíaca esquerda devem-se principalmente ao congestionamento de sangue no território pulmonar, originado quando o ventrículo esquerdo é incapaz de expulsar para a artéria aorta todo o volume sanguíneo que chega da aurícula esquerda proveniente dos pulmões. A congestão pulmonar provoca dispneia, ou seja, a sensação de falta de ar, cuja intensidade depende da forma de aparecimento e da evolução da doença.

Caso a situação seja crónica, mas pouco grave, surge uma dispneia de esforço, ou seja, uma dificuldade respiratória que apenas se apresenta quando o coração tem que bombear mais sangue do que o habitual, por exemplo, perante uma grande emoção ou durante uma atividade física intensa, como subir escadas ou correr, cedendo quando a atividade é interrompida. Aos poucos, à medida que a situação se agrava, a dispneia aparece perante esforços cada vez menos intensos, como ao caminhar, até que finalmente, nos casos mais graves, surge também em situação de repouso.

Nesta fase, surge habitualmente a ortopneia, ou seja, a dispneia em decúbito dorsal (quando o paciente está deitado de costas com uma almofada baixa). Isto acontece porque aumenta o retorno venoso: o sangue contido nas veias, sobretudo nos membros inferiores, regressa mais facilmente ao coração quando o paciente está deitado do que quando está de pé. Como o ventrículo esquerdo não é capaz de fazer em face de esta situação, surge uma sobrecarga da circulação pulmonar e uma sensação de falta de ar. Os pacientes procuram evitar ou atenuar esta situação, dormindo com mais almofadas ou com a cabeceira da cama elevada.

Se a situação for ainda mais grave, a sensação de falta de ar é de tal forma intensa que o paciente não consegue permanecer na cama. Uma a duas horas depois de se ter deitado, surge a dispneia paroxística noturna, ou seja, uma sensação de falta de ar intensa. Podem ainda surgir outros sinais e sintomas, tais como certos ruídos respiratórios, tosse, náuseas, palpitações, dor no peito, palidez e sudação profusa. O paciente não aguenta ficar na cama, vendo-se obrigado a levantar e a abrir as janelas para tentar respirar melhor, mas a situação apenas cede ao fim de alguns minutos ou até meia hora depois.

Quando a insuficiência cardíaca esquerda é aguda, produz-se um quadro particular, denominado de edema pulmonar agudo. Neste caso, a congestão do sangue na circulação pulmonar é acompanhada pela passagem de líquido do interior dos vasos para o interior dos alvéolos pulmonares, provocando a inundação destes.

Esta situação, que se agrava quando se adota a posição horizontal, provoca grande dificuldade respiratória, uma grande sensação de falta de ar, tosse com expectoração rosada e espumosa, sudação e um grande estado de ansiedade.

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