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Fisiologia Do Pancres Endocrino

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Por:   •  25/9/2013  •  1.113 Palavras (5 Páginas)  •  470 Visualizações

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Anatomia

O pâncreas é um órgão glandular que apresenta uma forma alongada e cónica e está situado transversalmente na parte superior da cavidade abdominal. É possível distinguir três segmentos distintos no pâncreas: a cabeça, que corresponde a porção mais larga, orientada para a direita e adjacente ao duodeno , para onde desagua as suas secreções digestivas; o corpo, que corresponde à porção central e mais extensa, a qual cruza a cavidade abdominal até à esquerda, por trás do estômago e à frente da coluna vertebral; a cauda, que corresponde à porção mais fina e estreita, prolonga-se até à parte esquerda do abdómen, próximo do baço.

O pâncreas tem uma dupla função: por um lado, o pâncreas exócrino encarrega-se do fabrico e envio de enzimas digestivas para o intestino delgado; por outro lado, o pâncreas endócrino é o responsável pela elaboração e secreção das hormonas insulina e glucagon para o sangue.

Esta dupla actividade reflecte-se na anatomia do órgão, pois o pâncreas endócrino é composto por uma série de microscópicos grupos de células, os ilhéus de Langerhans, distribuídos por todo o órgão, embora principalmente na cauda, rodeados de acumulações de tecido pancreático responsáveis pelo fabrico das enzimas digestivas, os ácinos pancreáticos.

Os ilhéus de Langerhans, que constituem a porção endócrina do pâncreas, têm uma estrutura muito simples, pois apenas contam com dois tipos de células especiais: as células alfa, que fabricam glucagon, e as células beta, que produzem insulina. Ambos os tipos de células libertam as suas secreções para os pequenos capilares sanguíneos adjacentes.

Insulina

É uma hormona de natureza proteica, constituída por uma série de aminoácidos unidos entre si. Embora as células beta dos ilhéus de Langerhans do pâncreas endócrino elaborem constantemente esta hormona, tanto a sua produção como a sua secreção até ao sangue dependem de vários mecanismos reguladores.

A produção de insulina efectua-se ao longo de várias fases, após as quais a hormona já madura é armazenada sob a forma de grânulos microscópicos no interior das células beta. A libertação da hormona para o sangue apenas ocorre quando as células beta recebem determinados estímulos específicos. Nestes casos, a parede dos microgrânulos dissolve-se na membrana celular, proporcionando a saída das moléculas de insulina das células e a sua consequente penetração nos capilares sanguíneos, de modo a serem levadas através da circulação a todo o organismo.

A insulina exerce a sua acção sobre receptores específicos que se encontram nas membranas de diversos tipos de células, nomeadamente nas células musculares, e adiposas. A acção principal da insulina é igualmente específica, pois quando esta hormona se fixa aos seus receptores, a parede celular fica permeável à glicose, o que possibilita a passagem deste nutriente, a principal fonte de energia das células, do sangue para o interior das células.

Embora a glicose consiga entrar livremente no interior de alguns tipos de células, como os neurónios, a maioria das células do organismo necessita da presença de insulina para ficar permeável a este nutriente. Ao favorecer a entrada da glicose no interior das células, a insulina tem um efeito básico hipoglicemiante, ou seja, reduz os níveis de glicose no sangue. Para além disso, esta hormona pancreática promove igualmente outros efeitos ocorridos no interior das células e que afectam o metabolismo de todos os nutrientes energéticos: hidratos de carbono, lípidos e proteínas.

Em relação aos hidratos de carbono, a insulina favorece a formação de glicogénio, um tipo de hidrato de carbono complexo formado por inúmeras moléculas de glicose unidas entre si. Para além disso, os depósitos intracelulares de glicogénio, que se formam especialmente no interior das células musculares e hepáticas, constituem uma significativa reserva energética.

Ao mesmo tempo, a insulina promove a formação de reservas energéticas lipídicas, pois favorece a utilização da glicose na obtenção de ácidos gordos e lípidos, que por sua vez se acumulam no interior dos adipócitos.

Por fim, a insulina estimula a formação de proteínas, pois facilita igualmente a entrada dos aminoácidos do sangue para o interior das células e a sua consequente união para obter moléculas

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