Fisiologia gastrointestinal
Por: priscilafamendes • 27/6/2015 • Resenha • 2.017 Palavras (9 Páginas) • 2.100 Visualizações
Fisiologia Gastrointestinal
O Trato gastrointestinal é composto por um trato alimentar mais órgãos glandulares. Sendo responsável pela absorção de nutrientes e água, que garantes energia para os seres, e pela eliminação de resíduos não absorvidos. Ele é composto por Boca, faringe, esôfago, estomago, intestino delgado (incluindo íleo, duodeno e jejuno), intestino grosso e anus. E as estruturas auxiliares são glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar, todos com função secretora;
Os processos do TGI são: recebimento, maceração, secreção, transporte, absorção, excreção.
A parede do TGI tem duas superfícies: mucosa (fica em frente ao lumem) e serosa (voltada para o sangue). Quanto as camadas da parede são: Mucosa: camada mais interna, composta pelo epitélio (vilosidades=projeção;cripta=invaginações;possui célula tronco que renovam o tecido intestinal) -> ocorre absorção nas vilosidades. Lâmina própria (fornece sustentabilidade e protege a parte muscular além de enviar secreções). Lâmina muscular (a maioria é músculo liso, por exercer contração involuntária o anal externo é exceção). Submucosa: camada intermediária. Por conter o plexo submucoso exerce uma importante função de secreção. – Secreção gastrointestinal. Camada muscular: Plexo mioentérico associado ao plexo submucoso,auxiliam na integração das atividades secretoras e motoras do sistema GI. Camada Serosa/Adventícia: Camada mais externa. Tem células mesoteliais escamosas e parte do mesentério (suspende os órgãos na cavidade). Membranas mesentéricas: secreção de líquido transparente e viscoso. Função: lubrificação dos órgãos abdominais. É uma camada bem fina.
Mecanismos reguladores do TGI
Inervação
O TGI é regulado pelo sistema nervoso autônomo que tem um componente extrínseco (formado pela inervação simpático e parassimpática) e um componente intrínseco (sistema nervoso entérico) , estes se comunicam. SN extrínseco: SN simpático, quando ativado, diminui os movimentos motores do TGI. Já o parassimpático aumenta a atividade de todo o SNE, que aumenta a atividade do GI. SN intrínseco: (próprio sistema nervoso entérico): se divide em Plexo mioentérico, Plexo submucoso. Controla as funções contrátil, secretora e endócrina do TGI.
Mecanismos
Os mecanismos de regulação são: 1) Endócrino: Ativa a célula sensora, que secreta peptídeo/hormônio(sangue) que vai na célula alvo. Percorre longas distancias. 2)Parácrino: Ocorre liberação de um mensageiro químico/peptídeo regulador (célula serosa) que atinge a célula alvo, que neste caso está próxima. 3) Neural: Liberação de neurotransmissores no terminal nervoso (TGI), que atinge as células inervadas por esta fibra.
Os peptídeos gastrointestinais fazem a regulação do funcionamento do TGI, de acordo com os mecanismos citados acima. Endócrino – são secretados na circulação porta, passam pelo fígado, entrando na circulação sistêmica que os leva até a célula alvo. (gastrina, colecistonina, secretina e peptídeo inibitório gástrico). Parácrino – são secretados por células endócrinas, e atuam localmente (histamina). Neural – são produzidos em neuronios do TGI e são liberados em resposta a potenciais de ação (ACh, norepinefrina, etc)
Hormônios Gastrointestinais.
Gastrina: é secretada no antro do estomago, durante uma refeição ou no intervalo destas, sendo responsável pela secreção gástrica e crescimento da mucosa gástrica. Colecitocinina (CCK): é secretada por células da mucosa duodenal e jejunal e tem como função a digestão e absorção de gorduras, faz a secreção da enzima pancreática e contração da vesícula biliar. Secretina: secreção de HCO3 pancreático e biliar, e inibição da gastrina. Somatostatina: muito presente no estomago. é secretada pelas células da mucosa gastrointestinal, inibe liberação de peptídeos. inibe a secreção dos demais hormônios e inibe a secreção gástrica de H+. GIP: inibe Secreção gástrica e estimula secreção intestinal
Resposta Integrada a Refeição
Fase Céfálica: é desencadeada por estímulos cognitivos (pensamento sobre o alimento), e estímulos (olfatório, visual, auditivo). O que aumento o fluxo do parassimpático, e aumenta a secreção salivar, secreção enzimática do pâncreas, contração da bexiga, relaxamento do esfíncter Oddi. (ducto comum da bile com o duodeno).
Fase Oral: Contato boca e alimento, que fornece estímulos mecânicos/químicos adicionais (sabor). Tem-se a quebra do alimento, é o início da digestão
As primeiras etapas do processo de digestão são mastigação e deglutição. Na mastigação ocorre subdivisão do alimento, e sua mistura com a saliva, para facilitar a deglutição, e ainda mistura os carboidratos do alimento com a amilase salivar, para iniciar a digestão dos carboidratos. As secreções tem propriedades que incluem: água, que facilita a ação enzimática, eletrólitos, que direcionam o movimento da água, proteínas etc. As funções da saliva compreendem lubrificação, umidificação, solubilização, neutralização do refluxo gástrico, ação antibactericida etc. As glândulas salivares são: Parótida (secreção serosa), sublingual (muco) e submandimular (mista). A deglutição é voluntária inicialmente, mas da faringe ao esôfago são involuntários (reflexo), nesta etapa ocorre passagem do alimento para a faringe, inibindo a respiração, e da faringe para o esôfago.
Fase esofágica: Um onda peristáltica começa logo abaixo do esfíncter esofágico superior, e se desloca até o esfíncter esofágico inferior, relaxando-o e permitindo a entrada do bolo alimentar no estômago, que relaxa também. Entre a onda do EES até a abertura do EEI ocorre o peristaltismo primário e peristaltismo secundário.
No caso o EES se abre, o bolo alimentar entra, ocorre o peristaltismos primário, a seqüência de contrações empurra o alimento, o EEI se abre, o estomago relaxa (relaxamento receptivo) e recebe o bolo alimentar, se todo o conteúdo não foi retirado do esôfago, ocorre um peristaltismo secundário.
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