Globalização e Ecologia
Por: 24101990 • 28/7/2016 • Resenha • 1.443 Palavras (6 Páginas) • 771 Visualizações
Globalização e Ecologia
Falar sobre a história do homem na Terra é dialogar com a sua interação de descoberta com a natureza. Desde o uso de suas fontes de matéria prima ao seu espaço para habitar, há uma inter-relação que, acelerada pela mecanização dos estudos dos homens em busca do seu bem estar particular, causa da desarmonia à qual estamos presenciando. Como diz o geografo baiano, Milton Santos (1992), o homem passa a ser então o agente geológico, geomorfológico, climático devido a sua ação continuada de ruptura do seu entorno, devido ao tipo de vida escolhido. Dessa forma, falar sobre a vida humana hoje é, então, dialogar com conceitos como o de globalização, ecologia, sociedade e o de consumismo.
Entende-se por ecologia como a ciência que estuda os seres vivos, suas condições de vida e o seu envolvimento com o meio ambiente e com os outros seres. A ecologia moderna trás o como conceito unificador o ecossistema, isto é, o conjunto de todos os organismos integrados ao meio ambiente, como os seres bióticos e os abióticos, os quais fazem os ciclos dos nutrientes, que são de fundamental importância para a vida na Terra. A população é a principal unidade funcional de um ecossistema. Esta ocupa certa tarefa, função que se relaciona diretamente com o fluxo de energia e com o ciclo dos nutrientes. O ecossistema tem um delimitador de numero para essa população, que quando é ultrapassado, surge mudanças e flutuações no meio ambiente para ajustá-las, como as doenças, fome, competição, baixa reprodução e outras ações comportamentais e psicológicas (CASSINI, 2005).
Ao entender compreender o espaço e tudo o que o povoa, nos deparamos com o conceito de sociedade. De acordo com o dicionário, temos que sociedade é o grupo de seres que convivem em estado de agregação e em colaboração mútua; grupo humano que habita em certo período de tempo e espaço, seguindo um padrão comum; coletividade. Segundo ELLIOT; TURNER (apud., MARTINS, 2013) o conceito pode ser dividido em três: sociedade como estrutura, estrutura e como processo criativo. A primeira diz respeito aos aspectos de competição, conflito, concorrência e rivalidade entre os atores sociais e sobre as dimensões moreias e de regras de condutas que se baseiam as relações dos mesmos. A segunda seria uma forma de combater o individualismo e dar importância aos vínculos sociais, que contribuem para uma reciprocidade moral e para a produção de uma ordem social. A terceira seria então, os processos criativos que uma população tem devido aos sentimentos de curiosidade, inovação, alegria, busca de comunicação etc. Porém, de acordo com diversos autores, o processo de globalização, as novas tecnologias de informação, a criação de comunidades multiculturais tem impactado os conceitos de sociedade.
Essa globalização que tanto ouvimos pode ser caracterizada como um fenômeno capitalista que se intensificou com a revolução industrial. Ela é marcada pelo encurtamento de distâncias, desenvolvimentos tecnológicos, crescimento cultural e ao mesmo tempo, pelo crescimento das desigualdades socioeconômicas, descriminação social e pelo aumento da pobreza e miséria de uns e riquezas de outros. A globalização ainda é marcada como um barreia a integração entre a sociedade. (SANTOS, 2000).
Em meio a esse fenômeno capitalista, nos deparamos com uma transformação do consumo para o consumismo. O primeiro seria uma necessidade de adquirir o que se precisa para viver. Já o consumismo, estaria na ordem do excesso adquirido através do ato do individuo de desejar, de querer (BAUMAN apud., COSTA, CAMOZZATO 2008).
Diante do exposto, ao refletir sobre os objetos do nosso entorno, temos o celular como o grande representante da globalização e dos seus avanços tecnológicos. Este se faz presente em toda a sociedade, fazendo com que sua população se conecte, tenha contato, mas também, fazendo com que os vínculos sociais se tornem cada vez mais superficiais e instáveis. Além disso, ao se utilizar demasiadamente o aparelho, as contemplações da natureza e das coisas simples da vida deixam de existir, se tornando cada vez mais raras. Em somo, ainda podemos relacioná-lo com o consumismo que é marco desse período que vivemos, que, por mais que ele esteja novo, te satisfaça, existe o desejo e uma “necessidade” de adquirir outro mais novo. É comum pessoas trocarem mais de três vezes de celular por ano.
Como podemos perceber, o vídeo retrata bem a relação da humanidade com os outros habitantes do planeta e com o meio ambiente. Tudo isso traz uma grande crítica ao mundo em que vivemos hoje, onde o homem "destrói" tudo aquilo que é da natureza, e transforma em coisas materiais e úteis ao seu interesse individual. No mesmo, podemos destacar algumas problemáticas socioambientais, como a poluição das águas, o desmatamento e o comércio ilegal de animais.
Na primeira delas, temos uma maior ocorrência de poluição nas águas de mares, rios e oceanos que estão localizados nas áreas próximas à costa, onde os aglomerados humanos e indústrias estão presentes, onde escoam esgotos urbanos e industrial geralmente sem tratamento, que agridem essas águas pelo excesso de poluentes derramados e despejados, propagando-se pelas cadeias alimentares aquáticas, intoxicando os organismos e, eventualmente, o homem.
A segunda, por sua vez, que ocorre principalmente na Mata Atlântica e na Floresta Amazônica, faz com que os biomas sofram uma redução da biodiversidade. O desmatamento de matas tem ocorrido para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, para a retirada de madeiras para construções e como fonte de energia, para o crescimento das cidades e o desenvolvimento industrial, o que tem provocado a diminuição das áreas verdes. Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais, muitos deles ocorrem por motivos econômicos.
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