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Ecologia Organizacional

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Por:   •  5/10/2012  •  594 Palavras (3 Páginas)  •  1.012 Visualizações

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Hora de cuidar dos custos de transação

A gestão de custos é um tema indigesto para todo empresário em qualquer lugar do planeta. Primeiro em função do trabalho árduo e minucioso que representa, segundo por não lhe sobrarem muitas alternativas positivas de intervenção e mesmo assim necessitar de vigilância diuturna. Em terceiro, dado que parte de suas oscilações não dependem apenas da própria gestão, sofrendo principalmente influência do estado.

Contudo, dentre os variados itens que compõem o buffet de siglas necessárias para que os produtos ou serviços sejam entregues aos consumidores dentro do prazo e nas condições esperadas existe um que frequentemente é negligenciado ou mesmo passa despercebido, e por isso devemos tê-lo em atenção redobrada: o custo de transação.

Na prática, é um custo estabelecido em moeda corrente ou tempo perdido que uma empresa gasta no mercado, além do custo de produção natural.

São os custos que os agentes enfrentam quando recorrem ao mercado para adquirir equipamentos, insumos ou serviços, ou quando estabelecem uma “interface” com outro agente. Normalmente envolvem custos de negociar, redigir e garantir o cumprimento de um contrato (formal ou informal).

De outro modo, se referem à influência dos trâmites burocráticos exagerados que atrasam os processos, assimetrias no acesso à informação, impostos, inseguranças tecnológicas e jurídicas.

A própria falta de garantias ou a incompetência durante o processo operacional com fornecedores, clientes ou terceirizados podem influenciar negativamente tanto no custo do produto em si como no atendimento de prazos e conformidades, o que pode resultar no aumento do custo de transação.

Os contratos entre os agentes são um padrão de como esses custos podem mudar, dependendo da relação entre as organizações e a segurança jurídica que temos como apoio. Quanto maior a insegurança na relação entre as empresas maior será o custo de transação dado que proporcionalmente maiores deverão ser as garantias de parte a parte e as estratégias de contingenciamento.

Em última análise, são os custos de fazer o sistema econômico funcionar. Para isso, é importante levar em consideração, por exemplo, a localização espacial dos seus fornecedores, o nível de confiança e a viabilidade de mudança caso isso seja repentinamente necessário.

Além disso, é importante observar se os preços, a qualidade do produto e de trabalho são passíveis de comparação. Tudo isso reduz a insegurança na transação e de um modo geral os custos relativos a ela.

Não haveria, por exemplo, custos de transação se os agentes econômicos fossem oniscientes. Se não houvesse incerteza e os ativos produtivos pudessem ser utilizados em diferentes atividades alternativas sem perda de valor. Algo difícil de ocorrer no ambiente econômico.

A nova economia institucional trouxe essa concepção à discussão nos anos trinta do século passado e nunca esteve tão atual quanto agora em que o Brasil experimenta mais do que nunca a competitividade nos diferentes ambientes. Na economia aberta e concorrencial, quanto maior e mais transparentes são as relações comerciais, mais importantes se tornam estes ajustes, que somados são capazes de se tornarem a redenção ou a derrocada de determinadas empresas.

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