Gravidez na adolescencia
Por: Dedeisy • 24/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.857 Palavras (8 Páginas) • 530 Visualizações
VALDENE SILVA CUNHA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Trabalho de conclusão do Estágio
Supervisionado do Curso técnico em
Análises Clínicas apresentado à Unitec – Escola Técnica de Uberaba, para a obtenção do grau de Técnico em Laboratório sob orientação do professor(a)____________
Juatuba
2012
VALDENE SILVA CUNHA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
UNITEC (Escola Técnica de Uberaba)
RESUMO
Este trabalho tem por finalidade apontar pontos relevantes que acarretam a gravidez na adolescência. Este fato pode ser considerado um dos grandes problemas que os jovens adolescentes têm sido afetados, tanto para sua saúde física quanto psicológica. Portanto é extremamente necessário que haja formas de orientação para esses adolescentes envolvidos, e que se faça uma prevenção partindo precipuamente desses jovens, pais e educadores. No entanto este também é um problema de saúde pública que deve ser tratada de forma objetiva e dinâmica.
Gravidez. Adolescência. Abandono.
INTRODUÇÃO
A adolescência é considerada uma etapa na vida do ser humano que consiste em descobertas e mudanças no organismo. Esse é um período na vida humana que se define a identidade e personalidade, o individuo adolescente é todo aquele que está na faixa etária de 10 a 19 anos de idade segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Este é considerado um período de transição, ou seja, de passagem da infância para a fase adulta. Sendo assim o adolescente não consegue se adaptar sozinho a todas essas mudanças, sendo necessário que haja orientação principalmente familiar.
O interesse em relação à atividade sexual tem acontecido cada vez mais precoce. E em grande parte dos casos a busca de informações corretas sobre o assunto é praticamente escassa, dessa forma o adolescente busca informações com pessoas inexperientes, e praticam o ato sexual sem estarem preparados para isso acarretando assim a gestação precoce.
DESENVOLVIMENTO
-Fundamentação teórica
A gravidez na adolescência é um período de muita conturbação na vida dos adolescentes envolvidos. A gravidez neste contexto é tratada com um conjunto de implicações, familiares, biológicas, econômicas e emocionais, limitando o engajamento dos jovens na sociedade. A gravidez neste período da vida é considerada como de alto risco para a mulher, segundo a OMS (1977 1978), pois a mulher não está preparada para a gestação por fatores físicos que a impedem de sempre ser segura. Ocorrendo o aumento na taxa de morbidade e mortalidade da mãe e do filho. Existe maior incidência de anemia, toxemia (pré-eclampsia e eclampsia), infecção urinária, baixo ganho de peso materno, prematuridade, baixo peso ao nascer, baixo índice de Apgar, desmame precoce, além de baixa cobertura pré-natal. Os indicadores de partos em adolescentes, segundo o Sistema de Informação sobre nascidos vivos (SINASC) foram: Brasil, 25%; Ceará, 26,4%; e Fortaleza 21%, nos anos de 2006.
A gravidez na adolescência decorre, principalmente, da não-utilização do método contraceptivo e em menor porcentagem, da utilização inadequada desses métodos. Um estudo realizado na América Latina demonstrou que menos de 20% dos homens e 15% das mulheres usavam algum tipo de método anticoncepcional na primeira relação. Os fatores biológicos em relação à vulnerabilidade dos adolescentes estão relacionados ao não uso de anticoncepcionais, uso de álcool, drogas, carências nutricionais e menarca precoce.
Conforme Duarte (1977), podemos compreender que a gravidez na adolescência não é um episódio, mas um processo de busca, onde a adolescente pode encontrar dificuldade e acaba por assumir atitudes de rebeldia.
Ao passar dos anos podemos observar o quanto que as informações sobre métodos contraceptivos têm crescido, mas acredita-se que essas informações, não são o bastante para a conscientização da gravidade de uma gestação nesta fase da vida. Observa-se também que as crianças já começam a ter informações sobre sexo e sexualidade muito cedo, que de uma forma ou de outra, estimula o campo físico e psicológico do organismo desde a infância para esse assunto.
Os jovens antes de começarem a desenvolver sua sexualidade, deve primeiramente saber como fazer isso com segurança. Ou seja, antes que seja consumado o ato sexual é preciso que as pessoas envolvidas saibam do risco que elas correm se não fizerem corretamente. Esses riscos são as DSTs e gravidez indesejada.
De acordo com HEILBORN (1998), devem ser estudadas as condições da adolescente de acordo com a estrutura social que ela ocupa, pois assim é possível determinar o tipo de necessidade que essa adolescente precisa.
As dificuldades encontradas pela adolescente variam de acordo com a sua base familiar e classe social, sendo que dessa forma é determinado o futuro que essas adolescentes terão. Estudos relatam que a adolescente grávida de classe mais inferior, enfrenta problemas maiores já que é submetida muitas das vezes ao rejeito e o abandono, ou muitas das vezes também é obrigada a trabalhar e abandonar seus estudos. Já em classes sociais mais altas, a gravidez na adolescência é tratada de forma diferente, adolescente muitas das vezes é obrigada pela família a construir um casamento precoce ou até mesmo abortar o feto.
Porém, o sentimento de culpa da gestante independe de classe social, a adolescente começa a se questionar porque aceitar o filho se aquela gravidez é indesejada, principalmente após o parto. Por isso a adolescente deve receber atenção especializada para lidar com os problemas psicológicos e físicos ocasionados pela gravidez, principalmente aquelas que não são bem aceitas pelo pai do seu filho ou pela sua família. Essa atenção especializada deve ser o pré-natal com profissionais competentes para atender a essa faixa etária de gestantes. Em muitos dos casos há também um descaso do parceiro da gestante, não apoiando sua gestação, ou então o despreparo para essa situação acarreta grandes problemas psicológicos na jovem, tal como depressão pós-parto. Neste momento a adolescente se sente sozinha e desamparada, nestes casos então a atenção de saúde pública especializada é essencial para que haja integridade da saúde física e mental da gestante e do feto.
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