Importância Da água Na Dormência De Sementes
Artigo: Importância Da água Na Dormência De Sementes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AndersonMarques • 6/5/2014 • 1.590 Palavras (7 Páginas) • 986 Visualizações
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como finalidade preconizar a importância da água na quebra de dormência de sementes.
Dormência é o fenômeno pelo qual sementes de uma determinada espécie, mesmo sendo viáveis e tendo todas as condições ambientais para tanto, deixam de germinar. O estado de dormência não se confunde com o de quiescência, que é o estado de repouso que, estando viável a semente, é facilmente superável com o fornecimento das condições ambientais necessárias.
O desenvolvimento da semente é o resultado normal do processo de polinização. Entretanto, isto nem sempre ocorre, pois após a fertilização, o embrião inicia seu crescimento, porém, às vezes, não consegue completar seu desenvolvimento. Isto pode estar relacionado com as condições fisiológicas que envolvem o endosperma. Em geral, o desenvolvimento do fruto e da semente ocorrem simultaneamente e de forma sincronizada. Alguns frutos podem desenvolver sementes sem que a polinização e a fertilização tenham ocorrido, processo conhecido como partenocarpia. Existem também, frutos partenocárpicos que possuem óvulos maduros não fecundados, isto é, sem embrião. O crescimento do fruto envolve a divisão celular, elongação e diferenciação, e requer água, carboidratos, compostos nitrogenados, sais minerais e substâncias de crescimento. A escassez de um ou mais desses elementos diminui a taxa de crescimento. A germinação, que ocorre quando as sementes estão maduras e se as condições ambientais forem adequadas, é o processo de reativação do crescimento do embrião, culminando com o rompimento do tegumento da semente e o aparecimento de uma nova planta. As condições básicas requeridas para a germinação das sementes são a água, o oxigênio, a temperatura ( 20°C a 30ºC) e, para algumas espécies, a luz.
1. DEFINIÇÃO
A dormência é um acontecimento essencial para a semente, que elabora um mecanismo natural de resistência a fatores externos imposto pelo meio, que podem apresentar dormência no tegumento, dormência no embrião e, também por desequilíbrio de substâncias inibidoras de germinação.
2. SIGNIFICADO ECOLÓGICO
Pelo conceito atual, o fenômeno da dormência é tido como um recurso pelo qual a natureza distribui a germinação das sementes no tempo. Os vegetais desenvolveram, juntamente com a semente a capacidade de conquistar o espaço e o tempo, ou seja, as dimensões do universo. Os vegetais conquistaram o espaço, via sementes, quando dotaram-nas de diferentes tipos de apêndices, que, associados a diversas outras características (como o tamanho, por exemplo), permitiram que a semente adquirisse mobilidade. Assim, uma pequena semente de uma gramínea, dotada de um tufo de “pelos”, flutua no ar e movimenta-se a grande distâncias; outra, de formato circular, chata e fina como uma ficha, flutua na água, sendo por ela transportada. Desta forma, a germinação de determinada semente pode vir a acontecer num local totalmente diferente daquele em que foi produzida, possibilitando, à espécie, contar com um maior número de combinações climáticas, o que, no final, resulta em maior possibilidade de sobrevivência.
A distribuição da capacidade de germinação no tempo o vegetal consegue dotando suas sementes de diferentes intensidades de dormência. Para exemplificar, se uma planta qualquer produzisse 100 sementes numa determinada combinação ecológica, poder-se-ia esperar a seguinte distribuição de intensidade de dormência:
100 sementes
3. TIPOS DE DORMÊNCIA
O termo dormência de sementes aplica-se à condição das sementes viáveis que não germinam apesar de lhes serem fornecidas as condições ambientais adequadas para germinarem (ex. água e temperatura conveniente). O fenómeno de dormência nas sementes provém da adaptação das espécies às condições ambientais em que se reproduzem. É, portanto, um recurso utilizado pelas plantas para germinarem na época apropriada ao seu desenvolvimento, e que visa a perpetuação da espécie.
Consideram-se fundamentalmente três tipos de dormência:
(i) Dormência inata ou dormência primária
(ii) Dormência induzida ou dormência secundária
(iii) Dormência forçada ou dormência ambiental
Dormência inata: descreve a dormência que se encontra presente imediatamente após a paragem do crescimento do embrião, quando a semente se encontra na planta mãe. Esta dormência já existe, portanto, quando colhemos as sementes. Este tipo de dormência impede a semente de ter uma germinação vivípara, bem como, durante algum tempo após o amadurecimento e a colheita das sementes. Existe sempre alguma variação na duração do período de dormência das sementes de uma planta (polimorfismo).
Dormência induzida: descreve a dormência que resulta de se fornecerem condições para a semente germinar (ex. água) mas por ser desfavorável qualquer fator ambiental a semente não germina, e persiste dormente, mesmo que se remova o fator inibitório da germinação.
Dormência forçada descreve a dormência que resulta das condições em que as sementes viáveis não germinam por alguma limitação ambiental mas que germinam após a remoção do fator inibitório da germinação.
3.1 ALGUMAS CAUSAS DE DORMÊNCIA DAS SEMENTES:
Tegumento impermeável: as sementes com estas características, são chamados de sementes com casca dura, por não conseguirem absorver água e/ou oxigénio.
Embrião fisiologicamente imaturo ou rudimentar: no processo de maturação da semente o embrião não está totalmente formado, sendo necessário fornecer condições favoráveis para o seu desenvolvimento.
Substâncias inibidoras: são substâncias existentes nas sementes que podem impedir a sua germinação.
Combinação de causas: necessariamente as sementes não apresentam somente um tipo de dormência, podendo haver na mesma espécie mais de uma causa de dormência.
3.2 ALGUNS PROCESSOS PARA QUEBRA DE DORMÊNCIA DAS SEMENTES:
Escarificação química:
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