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Infecção Urinária

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Por:   •  1/3/2014  •  1.974 Palavras (8 Páginas)  •  993 Visualizações

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RESUMO:Entre as doenças mais comuns está a infecção do trato urinário, afetando mais de um sítio ou um único local como a uretra (uretrite), próstata (prostatite), bexiga (cistite) ou rins (pielonefrite).

A urina é considerada estéril e pode sofrer contaminação de bactérias da pele, da roupa ou da genitália. Por isso, se não colhida, armazenada e transportada adequadamente, pode-se obter falsos resultados em exames bacteriológicos.

Bactérias da família Enterobacteriacea estão envolvidas em quase todas as uretrocistites não gonocócicas, sendo a Escherichia coli o agente causal de aproximadamente 80% dos casos entre mulheres na idade fértil, sem lesões do trato urinário. Outros microrganismos, incluindo Klebsiella sp., Enterobacter sp., Proteus sp., Pseudomonas sp. e Enterococcus sp., são freqüentemente encontrados em pacientes com lesões obstrutivas ou doenças paralíticas, afetando a função renal. Staphylococcus saprophyticus é um importante patógeno oportunista na infecção do trato urinário em humanos, especialmente em mulheres jovens, sexualmente ativas.

O paciente deve ser informado quanto aos procedimentos recomendados, relacionados com o horário da colheita, modo de obtenção e toda a assepsia necessária, assim como o profissional deve estar bem atualizado quanto às técnicas utilizadas para o isolamento, identificação e antibiograma.

Atualmente, existem métodos químicos automatizados e kits excelentes para o diagnóstico presuntivo de infecções urinárias, auxiliando e agilizando os processos de identificação e de tratamento eficaz ao paciente infectado.

UNITERMOS:Infecções Urinárias. Diagnóstico Laboratorial. Bacteriúria.

Medicina, Ribeirªo Preto, 34: 70-78, jan./mar. 2001REVISˆO

1. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS

A infecção do trato urinário (ITU) é uma das doenças bacterianas mais comuns; a conduta clínica adequada exige o conhecimento do número e tipos de bactérias envolvidas. Assim, quando métodos quanti- tativos ou semiquantitativos são usados, o exame bacteriológico de urina pode ser uma ajuda valiosa no diagnóstico e no controle terapêutico.

A urina é um excelente meio de cultura para a maioria dos microrganismos que infectam o trato urinário e o crescimento bacteriano pode ocorrer na

Bacteriologia das infecções urinárias urina “in natura”, resultando em contagens elevadas em infecções estabelecidas não tratadas, ou mesmo por contaminação da genitália externa(1). Mas, bacteriúria pode ocorrer em várias condições clínicas, envolvendo a invasão microbiana de qualquer tecido do trato urinário ou pode resultar de simples multiplicação na urina, sem invasão do tecido.

Como critérios de avaliação de bacteriúria considerável, utilizam-se, na prática, dois critérios: o de

Kass(2,3) e o de Stamm et al.(4,5) .

Segundo Kass, são consideradas amostras compatíveis com ITU aquelas com contagem de colônias igual ou maior a 100.0 UFC/mL (Unidades formadoras de colônia por mililitro de urina).

Já, segundo Stamm, são consideradas amostras compatíveis com ITU aquelas com contagem de colônias igual ou maior a 100 UFC/mL.

A utilização deste ou daquele critério é de competência do clínico a cada situação isolada, já que o de Kass é mais específico, enquanto o de Stamm é mais sensível.

Sendo a urina um elemento estéril, a simples presença de bactérias, independente de sua quantidade, deveria indicar ITU, o que, na prática, não se demonstra. Deve-se considerar a possível contaminação da amostra através da microbiota vaginal, o que aumentaria muito o número de resultados falso-positivos, se o critério utilizado for o de Stamm. Porém, como veremos adiante, este critério se adequa melhor à realidade pediátrica, na qual, muitas vezes, os critérios de Kass são pouco sensíveis a determinadas situações clínicas.

O critério de Stamm auxilia a diferenciar casos de contaminação dos casos de ITU, porém, o critério não é, atualmente, muito apreciado pelos microbiologistas devido ao elevado índice de resultados falsonegativos, demonstrando a alta especificidade, e, também, a baixa sensibilidade.

Utilizando somente os critérios de Kass, o número de mulheres com cistite aguda e microbiota inferior a 100.0 UFC/mL foi altíssimo; sendo assim, foram interpretados como “não infectadas”, segundo tais critérios. Já no caso de utilização dos critérios de Stamm, para estes mesmos casos, o número de culturas ditas positivas foi de 36%.

Demonstra-se, através desta discussão, que ambos os critérios deverão ser utilizados, sempre acompanhados de dados clínicos compatíveis para que se diagnostique ITU. Atualmente, os critérios de Stamm são utilizados para crianças e mulheres jovens.

Além dos casos citados, critérios de Stamm e o de Kass, outras preconizações são aceitas. Nos pacientes sem tratamento, sintomáticos ou assintomáticos, apresentando contagens maiores que 105 bactérias por mL, indicativas de infecção(6) e contagens menores que 104 bactérias por mL, podendo ser indivíduos sadios, recomenda-se a identificação do mi-

O emprego de um único espécime, provavelmente, oferece uma precisão de 80%, entretanto, um único espécime obtido, por micção espontânea, de um paciente masculino adulto, deve ser considerado diagnóstico, desde que tenha havido preparo adequado do paciente e cuidado na colheita e transporte do espécime.

Em mulheres, segundo Kass(2,3), se dois espécimes sucessivos de urina, colhidas por micção espontânea, contêm o mesmo microrganismo e uma concentração de, pelo menos, 105 bactérias por mL, a probabilidade de ter bacteriúria é de 95%.

Em crianças, casos de ITU podem vir acompanhados de bacteriúria ao redor de 103 UFC/mL, passando, muitas vezes, despercebida aos olhos dos bacteriologistas, que a consideram como contaminante dentro do contexto de bacteriúria considerável pro-

Coletas pediátricas podem ser problemáticas e devem contar com uma pequena série de cuidados, principalmente em casos de uso de coletores plásticos.

A infecção pode afetar um único local, tal como a uretra (uretrite), próstata (prostatite), bexiga (cistite) ou rins (pielonefrite), embora, freqüentemente, mais de um sítio esteja envolvido. Infecção restrita à urina pode apresentar-se como bacteriúria assintomática, mas pode, subseqüentemente,

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