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Mal De Parkinson

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Por:   •  9/9/2014  •  2.694 Palavras (11 Páginas)  •  727 Visualizações

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MAL DE PARKINSON

O Mal de Parkinson é uma doença do cérebro que provoca tremores e dificuldades para caminhar, se movimentar e se coordenar. Doença neurológica, degenerativa, crônica e progressiva, sem causa conhecida, que atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência da doença de Parkinson. De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55, 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos.

O QUE É A DOENÇA?

A Doença de Parkinson foi inicialmente descrita por James Parkinson em 1817, em um trabalho denominado “An Essay on the Shaking Palsy”. Para homenageá-lo, seu nome foi dado à doença depois de um tempo.

Não é considerada uma simples entidade, mas um complexo de sintomas, caracterizados por uma síndrome parkinsoniana resultante da deficiência do sistema dopaminérgico nigroestriatal que é definido como um conjunto de células responsáveis pelos movimentos.

A síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo se define pela presença de quatro sinais cardinais: tremor de repouso, rigidez, lentidão dos movimentos e alteração do equilíbrio. São necessários pelo menos dois sinais para se diagnosticar uma síndrome parkinsoniana.

SINTOMAS

Os sintomas da doença de Parkinson variam de um paciente para o outro. Em geral, no início, eles se apresentam da mesma maneira, ou seja, lenta, insidiosa e o paciente tem dificuldade de saber de forma precisa a época em que apareceram pela primeira vez.

A lentidão dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas pelos amigos e familiares, costumam serem os primeiros sinais da doença. A diminuição do tamanho das letras ao escrever ou a caligrafia se tornar menos legível também são outras características importantes.

Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; acinesia (redução da quantidade de movimentos); distúrbios da fala, se tornando menos articulada e mais monótona; dificuldade para engolir e para se concentrar; depressão; irritabilidade; dores musculares são comuns (principalmente na região lombar); tontura; e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.

O diagnóstico de DP persiste sendo feito essencialmente em bases clínicas. Tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural de intensidades variáveis individualmente, são os sinais e sintomas clássicos. Os sintomas são:

a) Tremor: a mão ou o braço treme. O tremor também pode afetar outras áreas, como a perna, o pé ou o queixo. Esse tremor para durante o sono ou diminui no movimento.

b) Rigidez: acontece porque os músculos não recebem ordem para relaxar. Pode causar dores musculares e postura encurvada.

c) Bradicinesia: movimentos lentos. Iniciar movimentos acaba exigindo um esforço extra, causando problemas para levantar de cadeiras e de camas. O andar pode limitar-se a passos curtos e arrastados. Pessoas com esta doença às vezes sentem-se "congeladas", incapazes de mover-se. As expressões faciais e o balançar os braços enquanto caminha torna-se mais vagarosos ou ausentes.

d) Alteração no equilíbrio: a pessoa anda com a postura levemente curvada para frente, podendo causar cifose ou provocar quedas (para frente ou para trás).

e) Voz: a pessoa passa a falar baixo e de maneira monótona.

f) Escrita: a caligrafia torna-se tremida e pequena.

g) Artralgia: é uma dor nas articulações encontrada na maioria dos pacientes com a DP que já desenvolveram algum grau de rigidez muscular.

h) Sistema Digestivo e Urinário: A deglutição e mastigação podem ficar comprometidas. Os músculos utilizados na deglutição podem acabar trabalhando de modo mais lento, podendo haver acúmulo de saliva e alimento na boca fazendo o paciente se engasgar ou derramar saliva pela boca. Além disso, alterações urinárias e constipação intestinal podem ocorrer pelo funcionamento inadequado do sistema nervoso autônomo. Alguns pacientes apresentam certa dificuldade para controlar o esfíncter da bexiga antes de uma micção iminente (urgência urinária) enquanto que outros têm dificuldade para iniciar a micção. A obstipação intestinal, ou prisão de ventre, ocorre porque os movimentos intestinais são mais lentos, mas fatores como atividade física limitada e dieta inadequada também podem ser responsáveis.

i) Determinados movimentos involuntários automáticos são gradualmente abolidos durante a evolução da DP. As pálpebras, por exemplo, ficam indolentes, piscando cada vez menos.

j) Braços que não balançam ao andar: resulta em uma marcha típica. No início da doença é comum que apenas um braço se movimente enquanto o outro fica imóvel. Posteriormente, ambos tornam-se imóveis.

k) Depressão e déficit cognitivo: A depressão é um sintoma bastante frequente e pode ocorrer cedo na evolução da doença. Provavelmente relacionada à redução de um neurotransmissor chamado serotonina (atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade à dor, movimentos e as funções intelectuais). Alterações emocionais tornam-se comuns. Pacientes podem sentir-se inseguros e temerosos quando submetidos a alguma situação nova. Podem evitar sair ou viajar e muitos tendem a retrair-se e evitar contatos sociais. Alguns perdem a motivação e tornam-se excessivamente dependentes de familiares. Alterações da memória, geralmente na forma de "esquecimentos" ou "brancos" momentâneos são comuns também. O raciocínio torna-se mais lento e pode haver dificuldades específicas em atividades que requerem organização espacial. Entretanto, de modo geral, as funções intelectuais e a capacidade de julgamento estão preservadas.

CAUSAS

Os motivos que levam a doença de Parkinson à degeneração, na maioria das vezes, são desconhecidos. Porém, a principal causa dessa doença devido aos sintomas que ocorrem é a morte das células do cérebro, em especial, na área conhecida como substância negra, responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos. O fator genético exerce influência, mas em números, é pouco representativo neste mal.

Os fatores que podem desencadear a síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo são:

a) Uso exagerado e contínuo de medicamentos. Um exemplo de substância

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