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Meningite Bacteriana associada ao HIV

Por:   •  19/4/2018  •  Artigo  •  3.500 Palavras (14 Páginas)  •  683 Visualizações

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RELATO DE CASO

Meningite bacteriana associada ao HIV

Case report

Bacterial Meningitis associated with HIV

Larissa Ribeiro da Cruz, Lucas Santana e Vanessa Luiza de Sousa.

Estudantes do 5º período do curso de Biomedicina do Centro Universitário UNA

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RESUMO

O presente caso clínico é uma revisão sobre um caso de meningite bacteriana (MB), suas formas de contágio, suas complicações, seus diagnósticos e tratamentos, correlacionando com outras doenças virais (HIV) e parasitárias (Toxoplasmose). A meningite é uma inflamação das meninges e é causada, principalmente, por bactérias ou vírus. O diagnóstico preciso e rápido das meningites é fundamental para a tomada de decisão em tempo hábil pela abordagem terapêutica adequada para cada forma de meningite. No caso aqui relatado o diagnóstico foi feito rapidamente e o tratamento foi eficaz levando a uma melhora significativa do quadro clínico apresentado pelo paciente.

Palavras chave: Meningite bacteriana (MB); diagnóstico e tratamento de MB; Relatos de Caso; HIV; Toxoplasmose.

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ABSTRACT

The present clinical case is a review about a case of bacterial meningitis, its forms of infection, its complications, its diagnosis and treatment, correlating with other immunological diseases (HIV), and parasitic (Toxoplasmosis). Meningitis is an inflammation of the meninges which are the membranes that surround the brain; and is caused mainly by bacteria or viruses. Accurate diagnosis and quick of meningitis is key to decision-making in a timely manner by the appropriate therapeutic approach for each form of meningitis.

Key words: bacterial Meningitis (MB); diagnosis and treatment of MB; Case Reports; HIV; Toxoplasmose.

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INTRODUÇÃO

A meningite é caracterizada pela inflamação das membranas meníngeas - dura máter, aracnoide e pia máter - que circundam o encéfalo e a medula espinhal. Esta doença pode resultar de inúmeras causas, infecciosas ou não, e é comumente classificada em asséptica ou bacteriana¹.

A meningite bacteriana, que é o foco deste estudo, é caracterizada pela resposta inflamatória exacerbada no sistema nervoso central (SNC) podendo evoluir para o desenvolvimento de sequelas neurológicas permanentes ou óbito².

A MB é uma das dez principais causas de morte por infecções no mundo, sendo que, segundo dados estatísticos, aproximadamente metade dos sobreviventes desenvolvem sequelas neurológicas permanentes. Os principais patógenos causadores desta doença são: Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae³.


O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um caso clínico demonstrando a relação entre o HIV, meningite bacteriana e toxoplasmose e suas complicações.

O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos da revisão de literatura sobre um caso clínico de meningite bacteriana que foi desenvolvido a partir de material já elaborado, constituído de livros, revistas e artigos científicos publicados nos últimos 15 anos, relacionando aspectos        hematológicos,        imunológicos, parasitológicos e microbiológicos que estejam associados ao tema, visando correlaciona-los a fim de se obter a interdisciplinaridade.

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RELATO DE CASO

Paciente do sexo masculino com 26 anos, residente em Contagem, Minas Gerais, com peso atual de 60 quilos, altura de 182 centímetros, com índice de massa corporal (IMC) estimado em 18 kg/m².

O indivíduo relata que trabalha como barman em uma casa noturna de grande porte no centro de Belo Horizonte e possui histórico de alimentação   saudável,   ingere   bebida   alcoólica


regularmente, não fuma e pratica exercícios diariamente. O mesmo relatou que fez uso de drogas injetáveis durante uma festa há 1 (um) mês.

Ao ser questionado se possui animais em casa o paciente informou que possui uma ONG que adota e cuida de gatos de rua da sua cidade e que possui cerca de 22 gatos em domicílio, e que nem todos foram vacinados por motivos financeiros.

O paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de seu próprio bairro, com queixa de cefaleia  holocraniana  intensa, erupções cutâneas, fotofobia, febre e sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca, Kernig, Brudzinski). Por relatar o uso de drogas injetáveis, ele foi submetido ao teste imunoenzimático (ELISA) para o vírus do HIV. O teste reagiu positivo e observando assim a presença do antígeno do vírus da HIV. Por falta de estrutura e profissional adequado para o paciente foi transferido ao Pronto Socorro do Odilon Behrens4.

Ao chegar ao Pronto Socorro, foi solicitado o hemograma para triagem e foi detectada uma queda acentuada das células TCD4+, levando a uma leucopenia, confirmada posteriormente pelo leucograma. O teste de ELISA já havia sido realizado na UPA, e como reagiu positivamente para HIV, foi feito um teste confirmatório chamado Western Blot, que foi suficiente para diagnosticar o paciente como soropositivo5.

Os        exames        imunofluorescência        indireta (não reagente), ELISA (reagente somente para o HIV),        hemograma                (alterado.        Tabela        01), hemocultura                (Positiva)        e        coleta                de        líquido cefalorraquidiano  (LCR)  foram  solicitados  para elucidação do caso clínico.  Após a realização de todos os testes e com os devidos resultados, foi receitado Ceftriaxona para combater a bactéria6,7,8.

O paciente ficou internado por 25 dias e após a melhora do quadro clínico foi liberado. Continuou sendo acompanhado por seu médico fazendo a contagem de CD4 regularmente para o monitoramento do HIV e inicio do tratamento adequeado9.

DISCUSSÃO

De acordo com os sintomas clínicos (rigidez de nuca, erupções cutâneas, fotofobia, Kernig, Brudzinski, febre e fadiga) e laboratoriais (leucopenia) foi levantada a hipótese de contágio por Toxoplasma gondii (Toxoplasmose) ou infecção por algum vírus ou bactéria levando respectivamente a Meningite Viral e Meningite Bacteriana. Foi solicitado a imunofluorescência indireta e o teste imunoenzimático (ELISA) para a suspeita de toxoplasmose, coleta de LCR e hemocultura para as meningites.

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