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Microscopia

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Por:   •  19/11/2013  •  Seminário  •  2.535 Palavras (11 Páginas)  •  866 Visualizações

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Ao longo de nosso trabalho mostraremos que desde que os microscópios surgiram, houveram inúmeros avanços. O resultado foi o surgimento de diversos tipos de microscópios, todos com o mesmo objetivo, a ampliação, porém em diversos graus. Fabricantes de óculos do século XVI, através de suas observações descobriram que lentes montadas apropriadamente em um tubo, tinham a capacidade de ampliar imagens, permitindo assim a observações de substâncias invisíveis ao olho nu.

A história das Lentes

Desde 721 a.c, há relatos de um cristal de rocha com propriedades de ampliação da imagem. No entanto, foi só no século XIII que esse cristal passou a ser conhecido

e utilizado, por volta de 1280, na Itália, com a invenção dos óculos. Através da sua popularização logo começaram as primeiras experiências de combinação de lentes para o uso na ampliação de imagens. O resultado foi a criação do primeiro microscópio composto (de duas ou mais lentes).

Objeto de Cristal da Rocha Conhecido como Lente de Lanyard. Pode ter sido a primeira lente criada pelo homem.

O surgimento do microscópio

O pai de Zacharias Janssen, o ajudou a unir duas lentes em um tubo, marcando a invenção do que se chamaria posteriormente de microscópio. O pai de Zacharias era fabricante de lentes

e essa invenção foi feita por volta de 1595. Esse microscópio era feito de dois tubos que deslizavam um dentro do outro e tinha uma lente em cada extremidade. A ampliação dele era de 3 a 9 vezes, e no início era usado como um brinquedo para ver objetos de perto.

Zacharias Janssen e um microscópio que acreditava-se ter sido fabricado por ele.

Essa invenção tornou a percepção do mundo muito diferente, em 1611, Johannes Kepler (1571-1630) demonstrou as vantagens da lente objetiva e da lente ocular, e inventou um microscópio composto por uma única lente com uma amplificação de potência tão grande quanto os microscópios atuais, porém, nunca mostrou a sua invenção. Entre os anos de 1660-1680, o holandês Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), aperfeiçoou o instrumento e usou na observação de seres vivos. Dotado apenas de uma lente de vidro, os primeiros microscópios permitiam o aumento de até 300 vezes com razoável nitidez. Com esse instrumento, um mundo invisível aos olhos humanos foi revelado e Leeuwenhoek estudou os glóbulos vermelhos do sangue e constatou a existência dos espermatozoides. Desvendou, também, o mundo dos micróbios, hoje conhecidos como microrganismos.

O inglês Robert Hooke aperfeiçoou esse instrumento. Ao examinar um pedaço de cortiça, ele observou numerosas cavidades que pareciam um favo de mel, e as chamou de “células”, palavra latina que significa “pequenas celas ou quartos”. Em 1665, Hooke publicou o livro 'Micrografia', que o consagraria no meio científico europeu. Nele descreveu o primeiro microscópio feito de partes móveis, composto de uma lente objetiva, aquela que permanece perto do objeto a ser estudado, e uma ocular, com a qual a pessoa faz a observação. O foco era ajustado por meio de um parafuso que deslocava o ângulo de observação. Nesta obra, ele também apresentou 60 ilustrações de objetos observados ao microscópio, registrando um grande número de descobertas fundamentais. Entre elas, destacam-se a descrição do olho da mosca caseira, da metamorfose da larva do mosquito e da estrutura das penas das aves.

Leeuwenhoek (1632-1723; esq.), seu microscópio (centro) e o microscópio utilizado por R. Hooke

Os Microscópios ópticos modernos atuais são descendentes do microscópio de Hooke e muito mais poderosos do que os pequenos instrumentos usados pelos cientistas no início do século XVII. Eles são dotados de dois sistemas de lentes de cristal (oculares e objetivas) que produzem ampliações de imagens que vão em geral de 100 a 1000 vezes, revelando detalhes invisíveis aos nossos olhos.

Microscópios ópticos

O microscópio óptico utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras.

Componentes mecânicos

• Pé ou base – apoio a todos os componentes do microscópio

• Braço – fixo a base, serve de suporte às lentes e à platina

• Platina – base de suporte e fixação da preparação, tem uma abertura central (sobre a qual é colocada a preparação) que deixa passar a luz. As pinças ajudam à fixação da preparação. A platina pode ser deslocada nos microscópios mais modernos, nos antigos tinha que se mover a própria amostra, segura pelas pinças.

• Revólver – suporte das lentes objetivas, permite trocar a lente objectiva rodando sobre um eixo

• Tubo ou canhão – suporta a ocular na extremidade superior

• Parafuso macrométrico – permite movimentos verticais da grande amplitude da platina

• Parafuso micrométrico – permite movimentos verticais lentos de pequena amplitude da platina para focagem precisa da imagem

Componentes ópticos

• Condensador – sistema de duas lentes (ou mais) convergentes que orientam e distribuem a luz emitida de forma igual pelo campo de visão do microscópio

• Diafragma – regula a quantidade de luz que atinge o campo de visão do microscópio, através de uma abertura que abre ou fecha em diâmetro (semelhante às máquinas fotográficas)

• Fonte luminosa – atualmente utiliza-se luz artificial emitida por uma lâmpada incluída no próprio microscópio com um interruptor e algumas vezes com um reóstato que permite regular a intensidade da luz. Os modelos antigos tinham um espelho de duas faces: a face plana para refletir luz natural e a face côncava para refletir luz artificial.

• Lente ocular – cilindro

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