O Que E Placenta.
Artigo: O Que E Placenta.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 19721986 • 8/4/2014 • 1.390 Palavras (6 Páginas) • 605 Visualizações
1 Placenta
Vital para o feto, a placenta se forma como um órgão especial para a ele servir. Serve como pulmão, trato intestinal e rins para o feto, funcionando como um órgão para troca de nutrientes entre mãe e feto, também como órgão endócrino produzindo hormônios para manutenção da gravidez. A característica funcionante da placenta inclui diversas atividades como o transplante de oxigênio e metabólitos, eliminação de produtos degradados pelo feto, e a produção de hormônios protéicos e esteróides para suprir as necessidades do feto (ZIEGEL; CRANLEY, 1986).
De acordo com Ziegel e Cranley (1986) a placenta é descolada da parede uterina juntamente com as membranas fetais imediatamente após o nascimento. Ao fim da gestação, a placenta se encontra achatada, regularmente arredondada e esponjosa, direcionando-se a margem onde estão as membranas fetais delgadas. Pesa cerca de 500 a 600g variando de acordo com tamanho da criança.
2 Descolamento Prematuro de Placenta (DPP)
É caracterizado pelo deslocamento espontâneo parcial ou total da placenta durante a gestação a partir de 20 semanas ou no primeiro e segundo períodos do parto. É uma complicação obstétrica, exige diagnóstico precoce, soluções urgentes e causa freqüente numero de mortes perinatal e materna. Já recebeu denominações como abruptio placentae, apoplexia uteroplacentária e hemorragia retroplacentária (CORRÊA, 1999).
Existem 2 tipos principais de DPP: descolamento com hemorragia oculta, que é mais perigoso devido a não identificação do sangramento que fica confinada na cavidade uterina e descolamento com hemorragia externa. A classificação mais empregada no DPP é dividida em 4 graus, sendo os seguintes: Grau 0 onde o mesmo é assintomático e diagnosticado após o parto quando descobre um coágulo retroplacentario pequeno. Grau 1 quando há sangramento vaginal, sem sinais de choque materno ou sofrimento fetal. Grau 2 onde pode haver ou não sangramento externo, não há sinais de choque materno e há sinais de sofrimento fetal e o Grau 3 onde pode haver ou não sangramento extenso, dor abdominal persistente, choque materno e morte fetal (KNUPPEL; DRUKKER, 1996).
2.1 Etiologia
De acordo com Lemoine (1980) a etiologia do DPP divide-se em: Descolamentos traumáticos (exemplos: queda ou traumatismo sobre o abdome, versão por manobra externa e cordão muito curto) e os Descolamentos espontâneos (exemplos: síndromes vasculorrenais e intercorrência inopinada)
2.2 Incidência
Segundo Knuppel e Drukker (1996) a incidência de DPP é de 1 para 250 a 1 para 155 de gestações, sendo as de grau 3 possuem incidência de 1 para 500 gestações. Contrapondo essa afirmativa Corrêa (1999) afirma que não existem números confiáveis para esse problema obstétrico variando conforme o local de pesquisa.
2.3 Causas
Não existem causas exatas de DPP, mais parecem ser fatores predisponentes as seguintes condições: trauma abdominal, cordão umbilical curto, polihidramnio, descompressão súbita do uterino, miomas, anomalias uterinas, oclusão da parte inferior da veia cava inferior, placenta circunvalata e distúrbios hipertensivos.
Acrescentando Carvalho (2002) cita ainda a toxemia da gravidez, mal uso de oxitócitos na indução do parto e parto gemelar onde a placenta do segundo é traumatizada.
2.4 Manifestações clínicas
Conforme Carvalho (2002) as manifestações clínicas são as seguintes: hemorragia discreta ou intensa, dor geralmente súbita ou intensa provocada pelo acumulo de sangue atrás da placenta e pela infiltração do miométrio, rigidez e sensibilidade uterina, contrações uterinas começam espontaneamente, movimentos fetais excessivo indicativo de sofrimento fetal por anóxia, ausência de batimento cardíacos, choque manifestados por dispnéia, palidez, agitação e outros.
A paciente relata na maioria das vezes dor abdominal intensa acompanhada de sangramentos com coágulos e diminuição dos batimentos fetais ou interrupção do mesmo. A sintomatologia depende diretamente da extensão da área descolada da placenta podendo ser mais ou menos intensa (CORRÊA, 1999).
2.5 Diagnóstico
O diagnóstico de DPP é realizado de duas formas: através da anamnese, onde a paciente relata dor abdominal, sangramento genital e alterações na movimentação fetal, e de exame físico onde se comprova a hipertonia uterina, ausência ou alterações dos batimentos cardiofetais e ao exame pélvico comprova-se o sangramento genital (CORRÊA, 1999).
Conforme Knuppel e Drukker (1996) nos casos mais de DPP se pode identificar sofrimento fetal pelos padrões de freqüência cardíaca com desacelerações tardias e pela taquicardia. Monitoramento interno da pressão uterina irá indicar, geralmente, aumento da pressão em repouso e polissístoles. Habitualmente os casos mais graves são anunciados pelos sinais e sintomas, deve-se afastar a placenta previa e outras causas de sangramento vaginal através da inspeção clinica e Ultrassonografia.
2.6 Tratamento
Por ser um problema agudo e passível de complicações, para tratar DPP devem-se adotar medidas rápidas e apropriadas que, variam conforme estado materno e fetal. Eleva-se a taxa de morbimortalidade materna e perinatal quando ocorre o atraso no diagnóstico e na terapêutica. A solução definitiva para o caso é a extração fetal e placentária, o que nem sempre pode ou se deve fazer de imediato, pois a precipitação pode agravar o problema (CORRÊA, 1999).
Para tratar DPP devem-se seguir os seguintes princípios: 1) Regra dos 30 (manutenção do débito urinário mínimo de 30 ml/hora e hematócrito de 30%, de infusão endovenosa de cristalóides ou por transfusão sanguínea), 2) Realiza o parto o mais rápido possível independente do estado do feto, 3) Faz-se precocemente Amniotomia com a finalidade de diminuir a amnioinfusão na corrente circulatória
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