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O infarto agudo do miocárdio

Tese: O infarto agudo do miocárdio. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/6/2013  •  Tese  •  6.675 Palavras (27 Páginas)  •  1.101 Visualizações

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Introdução

O infarto agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como infarto do coração, enfarte ou ataque cardíaco, é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Muitas delas morrem ou têm problemas cardiológicos permanentes por não buscarem socorro médico de forma rápida. Atualmente existem excelentes tratamentos para o infarto agudo do miocárdio, que podem salvar vidas e prevenir incapacidades físicas. No entanto, o tratamento é mais efetivo quando iniciado dentro da primeira hora de início dos sintomas. Por isto, é tão importante reconhecer um episódio de infarto.

O que é infarto agudo do miocárdio?

Infarto agudo do miocárdio se refere à morte de parte do músculo cardíaco (miocárdio), que ocorre de forma rápida (ou aguda) devido à obstrução do fluxo sanguíneo das artérias coronárias para o coração.

1. Infarto Agudo do Miocárdio

1. 1. Anatomia e Fisiologia

Anatomia e Fisiologia das Artérias e Veias Coronárias

>> Artéria Coronária Esquerda:

A Artéria Coronária Esquerda surge de um óstio único localizado no centro da metade superior do seio coronário esquerdo da aorta, que nesse caso causa uma saliência entre a artéria pulmonar principal e o corpo do átrio esquerdo. Não existe nenhum ramo da artéria coronária esquerda principal proximal à sua divisão em ramos descendente anterior e circunflexo. Este grande vaso situa-se livremente na gordura epicárdica. Durante o enchimento sistólico das artérias coronárias, curva-se com facilidade em virtude de não estar ligado inferiormente ao miocárdio por ramos semelhantes aos da artéria descendente anterior.

A divisão da artéria coronária esquerda é geralmente considerada uma bifurcação, mas é muito mais comum existir neste ponto três ou mais divisões igualmente grandes. A artéria descendente anterior esquerda se forma pelo grande ramo que desce no sulco interventricular anterior. O ramo que penetra no sulco átrio ventricular esquerdo constitui a artéria circunflexa esquerda. Os ramos intermediários da artéria coronária principal esquerda distribuem-se diagonalmente sobre a parede livre do ventrículo esquerdo que costumam ser proporcionalmente espaçados entre as artérias descendentes: anterior e circunflexa. Os ramos, em número de um a três, que passam entre o sulco interventricular anterior e o marco obtuso em direção ao ápice do coração, são denominados ramos ventriculares diagonais esquerdos.

* Artéria descendente anterior esquerda:

Em vista frontal, a artéria descendente anterior esquerda assemelha-se como uma continuidade direta da artéria coronária principal esquerda, formando as duas uma curva reversa em S ¹, com a volta inicial situada ao redor da base da artéria pulmonar, no sulco interventricular anterior; e a segunda volta, ao redor do ápice cardíaco, para cima e para o interior do sulco interventricular posterior. A artéria descendente anterior emite ramos grandes em duas direções: os que passam sobre a parede livre do ventrículo esquerdo e os que penetram e fazem uma curva posterior no interior do sépto interventricular ². Na parede adjacente do ventrículo direito, um número menor de ramos distribuí-se, embora um único vaso grande possa surgir, em vários casos da artéria descendente anterior, para cruzar diagonalmente sobre a parede anterior do ventrículo direito. Em nível de válvulas pulmonares, uma pequena artéria curva-se em torno do cone pulmonar para encontrar um ramo semelhante do lado direito. Juntas formam um importante marco anatômico, descrito pela primeira vez por Vieussens.

A partir do tronco de origem, ramos da artéria descendente anterior esquerda surgem num ângulo agudo, distribuindo-se para a parede livre do ventrículo esquerdo ou para o septo interventricular. Em número de três a cinco em diferentes corações, os ramos septais da artéria descendente anterior fixam-se ao epicárdio e limitam sua variação de amplitude durante o enchimento sistólico. Também em número de três a cinco, os ramos para a parede livre do ventrículo esquerdo, geralmente seguem um trajeto paralelo aos ramos diagonais da artéria coronária principal esquerda. Raras vezes a artéria descendente anterior termina na superfície anterior do ápice, o que se pode observar mais comumente é que esta artéria se curva quase sempre ao redor do sulco interventricular posterior, distribuindo ramos para as superfícies posteriores do ápice dos ventrículos esquerdo e direito. Ao chegar ao seu término, encontra-se com ramos distais da artéria descendente posterior.

* Artéria circunflexa esquerda:

Surge tipicamente num ângulo exato de 90° ou mais, seguindo, em certas ocasiões, um trajeto numa direção quase oposta a da artéria coronária principal esquerda ¹. A aurícula esquerda se sobrepõe na porção proximal da artéria circunflexa esquerda e na maior parte da área de “bifurcação” da artéria coronária principal esquerda. A partir de sua origem, próximo à aorta e a artéria pulmonar, a artéria circunflexa esquerda sobe no sulco coronário esquerdo ¹. Esta artéria emerge sob a margem lateral da aurícula, proximalmente ao margo obtuso, para em seguida ser recoberta por gordura epicárdica. Costuma virar-se para baixo no ventrículo esquerdo, no margo obtuso, em direção ao ápice do coração.

“Fornece sempre grandes ramos para a superfície posterior (diafragmática) do ventrículo esquerdo durante seu trajeto ao longo do margo obtuso, incluindo um ou mais ramos bastante grandes que continuam no sulco átrio-ventricular em direção ao sulco interventricular posterior onde se encontram com ramos terminais da artéria coronária direita” (J. Willis Hurst, p.36).

A maior parte do átrio esquerdo e da parede lateral e da parte da parede posterior do

ventrículo esquerdo são supridos pelos ramos da artéria circunflexa esquerda. O nódulo sinusal e a artéria circunflexa atrial esquerda são supridas pelos dois ramos atriais principais. A artéria circunflexa atrial esquerda, que em certas ocasiões costuma terminar sobre a parede posterior do átrio esquerdo, cruza por trás, sobre o sulco átrio-ventricular, para suprir a porção superior do ventrículo esquerdo superior. Ramos ventriculares desta artéria surgem em

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