PAPILOMA VIRUS HUMANO
Ensaios: PAPILOMA VIRUS HUMANO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carolinahuller • 18/9/2013 • 2.340 Palavras (10 Páginas) • 778 Visualizações
Introdução
Human Papilomavirus ou HPV
Os papilomavírus possuem predileção por tecidos de revestimento (pele e mucosas) e provocam na região infectada alterações localizadas que resultam no aparecimento de lesões decorrentes do crescimento celular (células) irregular. Estas lesões são denominadas verrugas ou são conhecidas popularmente como "crista de galo".
Existente desde a antiguidade, as infecções genitais pelo HPV chamaram atenção a partir da década de 80, quando se identificou a correlação destas lesões como câncer de colo uterino. Mais de 100 tipos até o momento foram identificados, dos quais apenas 30 tipos podem infectar a região genital feminina e masculina.
Nas páginas seguintes veremos como o vírus se manifesta nos indivíduos, observando as propriedades do bioagente e como este se comporta dentro do organismo humano.
HPV
O Papilomavírus Humano é um vírus que infecta os queratinócitos da pele ou mucosas, e possui mais de 100 variações diferentes. Pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. Também conhecida como condiloma acuminado, crista de galo. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer) dependendo da imunidade de cada indivíduo.
Infectividade
A infectividade do HPV é alta, estimando-se que 60% dos parceiros de pacientes infectados adquirem o vírus após um único contato sexual. As lesões ocorrem em áreas sujeitas a trauma durante o ato sexual, pois é necessária a existência de lesões epiteliais para penetração do vírus. O grau de contágio é relativamente alto, onde as lesões provocadas pelo HPV se disseminam rapidamente pelas regiões circunvizinhas através de um processo de auto-inoculação. É importante lembrar que o HPV penetra na pele a partir de células basais e parabasais.
Patogenicidade
Os HPVS infectam a pele e mucosas e iniciam o ciclo infeccioso no momento em que penetram as camadas mais profundas do tecido epitelial da cérvice uterina, em especial na junção escamo-colunar ou em regiões com micro lesões que podem ocorrer durante o intercurso sexual. Após um período de incubação, que varia de meses a anos, podem surgir manifestações clínicas como lesões vegetantes (verrugas) até o câncer cervical.
Virulência
O HPV tem a sua virulência aumentada, onde a infecção do trato genital pelo HPV representa a doença viral sexualmente transmissível mais comum na atualidade, afetando cerca de 20% a 40% da população feminina sexualmente ativa e é um problema importante de saúde pública devido à sua associação evidente ao câncer do colo uterino na mulher e potencialmente a outras doenças malignas ano-genitais. O HPV, um vírus de DNA que infecta as células epiteliais estratificadas de maneira específica, pode causar uma diversidade de doenças na mulher, que incluem desde o aparecimento de lesões benignas da genitália externa e interna (verrugas genitais), até o desenvolvimento de displasia cervical e do câncer do colo uterino.
Dose Infectante
A partir do momento que o indivíduo entra em contato com a mucosa (lesão/verruga) do hospedeiro suscetível, o vírus já começa a se difundir no organismo.
O HPV pode levar o hospedeiro a óbito se este não se prevenir adequadamente. Entretanto, se o indivíduo estiver infectado com o vírus do tipo 16,18,31 e 45, pode ocorrer mutação, consequentemente, causando cânceres que poderão se tornar de alto risco e quando não tratados, o resultado final é o próprio óbito.
Poder Invasivo
Após o contato com uma pessoa infectada, o vírus prenetra no hospedeiro através de microtraumatismo. Logo, seu genoma é transportado para o núcleo das células basais onde irão ocorrer a tradução e a transcrição.
Esta é a fase da inoculação. O período de incubação, varia de 2 - 3 semanas a 8 meses e está relacionada com o estado imunológico de cada indivíduo. A progressão dessa fase para a expressão ativa depende de três fatores: do estado imunológico do hospedeiro, do tipo de vírus e da permissividade celular.
Na fase precoce, três meses após o surgimento das primeiras lesões, inicia-se uma resposta imune que pode conter a infecção, onde ocorre a regressão ou então se essa resposta for insuficiente para eliminá-la ocorre, então, a fase de expressão ativa.
Aproximadamente nove meses depois do aparecimento das primeiras lesões, ocorre a fase tardia, onde dois tipos de situações podem se apresentar:
1) A continuidade da remissão (potencialmente infectantes);
2) A recidiva, expressando doença ativa.
Esses estágios finais do ciclo de vida viral (maturação e liberação) são difíceis de ser interpretados isoladamente, pois frequentemente ocorrem simultaneamente.
Maturação: fase na qual o vírus se torna infeccioso, pode ocorrer mudanças estruturais na partícula viral, com mudanças estruturais no capsídeo, detectado com diferença na antigenicidade.
Liberação: fase em que o vírus é eliminado da célula, ocorrendo uma ruptura celular, conhecido como desabrochamento.
Imunogenicidade
Em muitas infecções virais se desenvolve a imunidade humoral e a mediada por células. A humoral permite o diagnóstico. Porém no caso do HPV, como a imunidade humoral não está bem estabelecida, o diagnóstico baseia-se nas alterações celulares (estudo histopatológico das lesões), a sorologia tem sido de valor limitado, e a dificuldade está em se obter autênticos antígenos para serem usados como alvos para os anticorpos do HPV. Os testes de DNA viral tem sido importantes para o diagnóstico e a tipagem deste vírus.
Um método de proteção é a vacina a longo prazo, onde abrange os HPVs 16,18(cânceres);31 e 45. Porém, isto não impede que o indivíduo seja infectado por outros tipos de vírus do HPV.
Hospedeiro Suscetível
O HPV
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