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Parque Nacional Da Serra Da Capivara

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Por:   •  13/10/2014  •  4.500 Palavras (18 Páginas)  •  862 Visualizações

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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE

A ARTE PRÉ-HISTÓRICA NA SERRA DA CAPIVARA – REGISTROS E INTERPRETAÇÃO

Foto: Serra da Capivara – Fonte: Blog Essas e Outras

São Raimundo Nonato é um município do Piauí com 20606,8 km² e cerca de 30 000 habitantes. Nele se encontra a Parque Nacional da Serra da Capivara, região de 129.140 hectares protegida pela UNESCO.

O município criado em 1912 antes era formado por fazendas. Lá foram encontrados muitos vestígios arqueológicos que comprovam que a região era habitada pela Tribo dos Tapuias.

Foto: Serra da Capivara – Fonte: Blog Essas e Outras

A Tribo vivia em paz até a chegada de colonos e jesuítas que tomaram a região e iniciaram uma série de conflitos com os índios. O território acabou conquistado e dividido. Jesuítas iniciaram um processo de catequização dos índios que não foi aceito, o que ocasionou muitas revoltas e a emigração deste povo para as proximidades do Rio Tocantins. Com a conquista consumada a região pôde se desenvolver economicamente até se tornar um município.

Além se ser rica em belezas naturais, São Raimundo Nonato possui muitos pontos turísticos e históricos. O Museu do Homem Americano, por exemplo, é uma espécie de arquivo dos muitos achados pré-históricos da região. Existe ainda o um ponto no centro onde pessoas costumam fazer romarias, chamado Cruzeiro.

O Parque Nacional da Serra da Capivara, recebe o maior número de turistas e é responsável pelo reconhecimento mundial de São Raimundo Nonato. Lá acha-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres. É possível encontrar vestígios extremamente antigos da presença do homem .

Foto: Serra da Capivara – Fonte: Blog Essas e Outras

A fauna e flora são específicas e ainda pouco estudadas. Paisagens de uma beleza natural surpreendente, com excelentes pontos de observação. A área possui importante potencial para o desenvolvimento de um turismo cultural e ecológico.

A história geológica da região do Parque Nacional Serra da Capivara começa ainda no pré-cambriano (570 milhões de anos atrás), sendo registrada na forma de rochas cristalinas (granitos e gnaisses) e mármores que compõe a faixa de dobramentos Riacho do Pontal. Hoje, essas rochas encontram-se principalmente na depressão localizada à frente da Serra da Capivara, onde o relevo é pouco acidentado e essas rochas “formam ilhas de relevo” chamadas de Inselbergs, no caso das rochas cristalinas e serrotes de calcário no caso dos mármores. Essas ilhas de formas curiosas representam resquícios do antigo relevo que existia na região e são testemunhos da capacidade de erosão da água ao longo do tempo geológico. Além de servir como referência na paisagem essas formas de relevo, notadamente os serrotes de calcário, são importantes na formação de abrigos como grutas e cavernas, onde são encontrados vestígios arqueológicos e paleontológicos.

O relevo da região é formado principalmente pela cuesta, localmente chamada serra, que é uma elevação assimétrica com uma frente, formada por altas paredes, íngremes, face à planície da Depressão Periférica, e no chamado reverso da cuesta, está o planalto, suavemente inclinado na direção norte. Os canyons são o resultado dos processos erosivos. Como as rochas dominantes no planalto são arenitos e conglomerados o resultado da erosão é a formação de um relevo ruiniforme, criando “esculturas” naturais de rara beleza.

Figura 3: Canyon formado no arenito pela passagem da água.

O Clima

O clima que reina atualmente na região do Parque Nacional se caracteriza por uma temperatura média anual elevada (28° C). O mês mais frio é junho, com temperatura média de 25°C, máxima de 35°C e mínima de 12°C. No sopé da Serra da Capivara as noites são mais frias, com mínimas próximas a 10°C. O início da estação das chuvas em outubro e novembro é o período mais quente do ano. A temperatura média é de 31°C, com máximas de 48°C e mínima de 22°C.

A estação das chuvas estende-se, geralmente, de outubro até a metade de abril ou início de maio, mas a chuva pode chegar mais tarde ou terminar mais cedo. As chuvas são, em geral, de curta duração e extremamente localizadas..

A irregularidade inter-anual das precipitações oscila entre 250,5 mm em 1932, ano de seca catastrófica e, 1.269 mm em 1974. Este último valor, o mais elevado registrado em 70 anos, é, entretanto, muito inferior aos 1.462,4 mm de evapo-transpiração potencial anual. A média das precipitações é de 689 mm com um desvio padrão de 200 mm.

Exemplo da Caatinga na estação chuvosa. Fonte: Fundação Museu do Homem Americano - http://www.fumdham.org.br/clima.html

Em São Raimundo Nonato, o balanço hídrico precipitações/evapo-transpiração potencial é ligeiramente excedente no mês de março. O balanço dos outros meses é negativo, com os déficits atingindo 115 e 119 mm respectivamente no início e no fim da estação seca.

As variações da umidade relativa do ar, no decorrer do ano, não são muito marcadas. Elas oscilam entre 80 e 90% durante a estação das chuvas e, 70% na estação seca, mas podem-se observar mínimas absolutas de 35% em agosto.

A característica principal desta região semi-árida é a irregularidade inter-anual das chuvas e suas repercussões.

A presença da caatinga está ligada à uma pluviosidade inferior a 1.200 mm e, a uma estação seca, de cinco a seis meses. Essas formações decíduas suportam temperaturas inferiores a 16°C nos meses mais frios.

O clima da região do Parque Nacional, caracterizado por uma probabilidade superior a 75% de precipitações inferiores a 900 mm e, menos de 3 meses, com precipitações superiores à evapo-transpiração potencial, situa-se no limite entre árido e semi-árido.

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