Protocolo De Monitoramento rápido De Cobertura (MRC) pós - Campanha De Seguimento Com A Vacina Tríplice Viral Em Crianças De 1 A 6 Anos De Idade, Brasil, 2011
Artigo: Protocolo De Monitoramento rápido De Cobertura (MRC) pós - Campanha De Seguimento Com A Vacina Tríplice Viral Em Crianças De 1 A 6 Anos De Idade, Brasil, 2011. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fariasberg • 22/6/2013 • 4.667 Palavras (19 Páginas) • 1.086 Visualizações
Protocolo de monitoramento rápido de cobertura (MRC) pós - campanha de seguimento com a vacina tríplice viral em crianças de 1 a 6 anos de idade, Brasil, 2011
Versão Final
Outubro / 2011
Conteúdos
1. Justificativa
2. Objetivo
3. Metodologia
4. Critérios de inclusão e exclusão
5. Setorização e seleção das localidades
6. Organização e programação do trabalho de campo
7. Coleta dos dados
8. Análise de resultados e tomada de decisões
9. Algumas perguntas para orientar a tomada de decisões
10. Informe de resultados
11. Referências
Anexos
Anexo 1: Planilha de monitoramento rápido de coberturas
Anexo 2: Tabela de resultados de coberturas vacinais
Anexo 3: Perguntas para orientar a análise das coberturas
1. Justificativa
No ano de 2010, foram registrados no Brasil três surtos de sarampo: Pará (três casos), Rio Grande do Sul (oito casos) e Paraíba (57 casos), com identificação do genotipo D4, B3 e B3, respectivamente. Todos os casos confirmados foram de vírus importados. O genótipo D4 na época circulava em países da Europa como Inglaterra, França, Holanda e Itália e não havia circulado anteriormente no Brasil, e o genótipo B3 provavelmente foi proveniente da África do Sul.
O surto do estado da Paraíba, 2010, notificou 391 casos suspeitos de sarampo, dos quais 57 (14,6%) foram confirmados e 334 (85,4%) descartados por critério laboratorial. Dentre os 57 casos confirmados, 53 (93%) eram residentes do município de João Pessoa, dois (4%) de Santa Rita, um (2%) de Bayeux, um (2%) de Conde, municípios esses da região metropolitana com local provável de infecção João Pessoa. O surto apresentou apenas um genótipo viral (B3).
A análise epidemiológica evidenciou que no período de janeiro a julho de 2011, foram confirmados dezessete casos de sarampo (SP: 03; MS: 01; RS: 07; RJ: 04; DF: 01; BA: 01) com identificação do genótipo D4, cujo sequenciamento genético é similar ao circulante no continente europeu. A faixa etária acometida foi entre 1 ano e 43 anos de idade, a mediana foi de 5 anos de idade e observou-se que 6 casos (31%) ocorreram em crianças menores de cinco anos de idade evidenciando que havia um grupo de suscetíveis na respectiva faixa etária, observou-se a incidência de 0,20/100.000 habitantes evidenciando que havia um grupo de suscetíveis na respectiva faixa etária.
A campanha de seguimento contra sarampo para crianças entre 1 e 6 anos de idade (1 a <7 anos de idade) compreendem atividades de vacinação, melhor forma de prevenir a doença na população, realizadas periodicamente, de forma indiscriminada, com o objetivo de vacinar crianças suscetíveis buscando suprimir bolsões de suscetíveis acumulados em média de cinco anos. Desta forma, estas ações têm tido impacto importante na redução da morbimortalidade por sarampo e por isso, todos os municípios brasileiros devem manter coberturas vacinais mínimas de 95%. A realização do monitoramento rápido de cobertura (MRC) pós campanha de seguimento é importante para identificar se realmente a área está com as crianças bem vacinadas com o objetivo de evitar possíveis suscetiveis, futuros surtos ou mesmo e a reintrodução dos vírus do sarampo e da rubéola no país.
Coberturas vacinais com a tríplice viral no Brasil.
As coberturas vacinais no Brasil para a vacina tríplice viral para as crianças de um ano de idade, no contexto nacional, mostraram-se com excelentes resultados desde a sua implantação na rotina em todo país no ano de 2003, ano no qual se concretizou a implantação desta vacina na rotina em todos os municípios brasileiros. Atingiram valores superiores a 100% a partir de 2004. As coberturas vacinais são elevadas porém a homogeneidade ainda está abaixo do estabelecido, ou seja, ≥95%. No período 2003 a 2010, os índices variaram entre 99,7% (2005) e 113,0% (2003), conforme demonstrado na figura1.
As campanhas de seguimento contra o sarampo instituidas no Brasil desde o ano 1995 tem o propósito de eliminar falhas vacinais, resgatar não vacinados e oferecer a oportunidade da segunda dose com a vacina tríplice viral neste grupo. São realizadas em princípio, a cada cinco anos ou quando a situação epidemiológica indicar. A última campanha de seguimento ocorreu no Brasil no ano de 2004. A cobertura vacinal ficou acima de 95%, porém, em relação às demais estratégias de vacinação já adotadas, foram heterogêneas no contexto dos municípios.
No ano de 2011, o Brasil realiza a campanha de seguimento em todo país, inicialmente em oito estados conforme INFORME TECNICO da campanha de seguimento contra o sarampo, 2011, o público alvo, crianças de um a seis anos de idade (1 a <7anos). Este grupo foi escolhido com base na avaliação da série histórica de uma e duas doses da vacina tríplice viral, aplicadas no período de 2006 a 2010. Este período corresponde as crianças que em 2011 estão na idade entre 1 e 6 anos. Esta avaliação mostrou que uma parcela importante de crianças a partir de quatro anos não tem duas doses da vacina. Figura 2.
Considerando cada grupo de idade, as coberturas foram mais elevadas e homogêneas no grupo de 1 a 6 anos de idade (total), no qual 4.619 (86,50%) dos 5.565 municípios atingiram a meta de vacinação. Foi seguido pelos grupos de 1 ano 4.619 (83%); 2 anos e de idade 4.431 (79%) e de 4 anos de idade com 4.331 (77%) municípios com coberturas adequadas (≥95%), figura 3
Ressalta-se que nos municípios as coberturas foram heterogêneas em que pese a homogeneidade de 86,5% (4.814 municípios com coberturas ≥95%). Em 751 municípios as
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