Relatório de Aula de Campo - Biogeografia

UNIVAG – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

GPA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, BIOLÓGICAS E ENGENHARIAS.

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS.

SOLANGE

AVALIAÇÃO ECOLÓGICA DA POPULAÇÃO DE ARARAS (ARA: PSITTACIDAE) EM ÁREA COM EXPLORAÇÃO TURISTICA NO MUNICÍPIO DE CHAPADA DOS GUIMARÃES, MATO GROSSO.

VÁRZEA GRANDE – MT

OUTUBRO – 2014.

SOLANGE

AVALIAÇÃO ECOLÓGICA DA POPULAÇÃO DE ARARAS (ARA: PSITTACIDAE) EM ÁREA COM EXPLORAÇÃO TURISTICA NO MUNICÍPIO DE CHAPADA DOS GUIMARÃES, MATO GROSSO.

Projeto apresentado à Disciplina de Ecologia de Populações, ministrada pelo Prof. Msc. Luiz Solino de Carvalho, como Instrumento de Avaliação Parcial, para aferir nota do 2º. Bimestre.

VÁRZEA GRANDE – MT

OUTUBRO – 2014.

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INDICE

I.        INTRODUÇÃO        

II.        OBJETIVOS        

        OBJETIVOS GERAIS        

        OBJETIVOS ESPECÍFICOS        

III.        JUSTIFICATIVA        

IV.        MATERIAL E MÉTODOS        

V.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:        

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1. INTRODUÇÃO

O município de Chapada dos Guimarães está localizado sobre um trecho dos planaltos divisores entre as bacias dos rios da Prata e Amazonas, estando totalmente inserido no bioma Cerrado (LOPES et al., 2009). Sua rede de drenagem abriga as cabeceiras de diversos rios importantes para a planície cuiabana, como o Aricazinho, Coxipó, Mutuca, córrego Salgadeira e outros.

O município é considerado o centro geodésico da América do Sul, localizado a apenas 50 km da capital do Estado de Mato Grosso, Cuiabá. A área do município é de aproximadamente 6.000 km2, está situado na borda do Planalto Central Brasileiro, estando a 860m acima do nível do mar.

A paisagem da região é compreendida por amplos tipos vegetacionais, onde se pode observar as diferentes formas fisionômicas do Cerrado sentido restrito, como: as matas de galeria, as matas secas deciduais e semideciduais e os campos rupestres, onde ocorrem vários nos afloramentos rochosos (LOPES et al., 2009).

A fauna existente no município, e seu entorno é muito variada, principalmente pelo fato de o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, uma das maiores e mais conhecidas Unidades de Conservação Federal estar localizada no perímetro do município. O referido Parque foi criado através do Decreto 97.656, de 12 de abril de 1989, e possui uma área 33.000 ha.

Os principais representantes da fauna da região são cágados (Phrynops vanderhaegaei) e o jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus). E ainda, alguns animais ameaçados de extinção como: tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trudactyla) e tatu canastra (Priodontes giganteus). Ainda diversas aves como a águia-real (Harpia harpya), o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) e o raro socó-boi (Tigrinosa fasciatum); ainda chamam atenção pelo canto e coloração exuberante o tucano-açu (Ramphastos toco) e a arara-vermelha (Ara chloroptera).

Pinho et al. (2006) comentam que apesar da Chapada dos Guimarães constituir a localidade tipo de 18 espécies e subespécies de aves, nenhuma forma é endêmica a esta região. Além da arara-vermelha, outras espécies do gênero Ara compõem a avifauna da região, segundo Salztein (2012) se pode citar: Arara Canindé (Ara ararauna) e Ararinha-maracanã-pequena (Ara nobilis).

A maioria das araras possui vida livre e apresentam uma dieta a base principalmente, de frutas, sementes, insetos e castanhas. Costumam utilizar a força e resistência dos bicos para furar os galhos e troncos de árvores em busca de larvas de insetos, e fazem seus ninhos nos troncos ocos de árvores (ARAUJO, 2011). São animais que se destacam pela beleza, tamanho e comportamento.

De modo geral, os termos “arara” e “ará” são designações dadas para várias aves de grande porte, cauda longa e bico muito forte, com penas de coloração exuberante; pertencente aos gêneros Ara e Anodorhynchus da família Psittacidae (FRANCISCO E MOREIRA, 2012).

Este grupo possui o maior número de espécies ameaçadas, e no Brasil, 16 espécies constam na Lista Vermelha de animais ameaçados de extinção. A captura da natureza para fomentar o mercado ilegal de animais silvestres e a perda do habitat decorrente da degradação ambiental, são as principais ameaças (SILVESTRE e STRAUBE, 2010).

Purificação e Castilho, (2009) comentam que os levantamentos avifaunísticos são ferramentas de grande utilidade para a avaliação da qualidade de ecossistemas terrestres e no monitoramento das alterações ambientais, pois as aves apresentam grande diversidade e exploram diferentes nichos ecológicos.

Assim sendo, com base no fato de que o gênero Ara, é um dos grupos mais ameaçados, e ainda, que o Cerrado é um dos biomas menos estudados e mais ameaçados, o presente estudo pretende avaliar a população de araras em área com exploração turística no município de Chapada dos Guimarães.