Renascimento
Ensaios: Renascimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: moloquino • 8/3/2015 • 1.035 Palavras (5 Páginas) • 626 Visualizações
O Renascimento (ou Renascença), como o próprio nome indica, significa o revivescimento de algo que se considerava morto. Os cristãos já empregavam essa expressão quando aludiam à ressurreição dos mortos, por ocasião do Juízo Final. Entretanto, no caso específico do Renascimento Cultural do início dos Tempos Modernos, o termo ganhou outro significado: o de ressurgimento da cultura clássica (greco-romana).
O Renascimento Cultural não foi um acontecimento isolado. Ele faz parte de uma ampla gama de transformações culturais, econômicas, sociais, políticas e religiosas que caracterizaram a transição do feudalismo para o capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval.
Como manifestação de uma nova visão de mundo, o Renascimento deslocou o centro de interesses do plano religioso, típico da Idade Média, para o campo profano ou secular (isto é, fora do âmbito da Igreja). Os renascentistas voltaram sua atenção para o mundo e para a realidade humana, não mais se atendo apenas ao sobrenatural e ao divino. O novo enfoque estava ligado ao humanismo, que, embora fosse um termo utilizado originalmente para designai" o conhecimento de Humanidades (disciplinas ligadas à Antiguidade Clássica), frequentemente é interpretado como o estudo e a glorificação do ser humano.
O humanismo foi o veículo por meio do qual os renascentistas tomaram consciência de seu tempo. E, por constituir a parte essencialmente intelectual do Renascimento, o humanismo se tomou um de seus mais importantes elementos definidores.
Fatores do Renascimento Italiano
A nova cultura artística despontou em primeiro lugar nas cidades italianas, em consequência de vários fatores. Um deles foi o precoce desenvolvimento do pré-capitalismo na região, no início da Baixa idade Média, através de grandes empreendimentos comerciais. Paralelamente, a burguesia italiana adquiriu características sociais definidas, formando uma aristocracia do dinheiro. O individualismo econômico burguês proporcionou as condições psicológicas e materiais indispensáveis à emancipação dos espíritos em todos os ramos da cultura, ou seja, ao Renascimento.
Formou-se, assim, o gosto burguês pelas artes e letras; famílias abastadas e eclesiastas puderam subvencionar artistas e intelectuais através do mecenato, como fizeram os Médicis de Florença, os Sforzas de Milão, os Gonzagas de Mântua e, em Roma, os papas Nicolau V, Júlio II e Leão X.
O fluxo comercial, iniciado já na Idade Média, propiciou o contato direto das cidades italianas com as civilizações bizantina e muçulmana, o que, por sua vez, possibilitou ao Ocidente aproximar-se da cultura grega, por eles conservada e divulgada.
A sobrevivência da tradição clássica nas cidades italianas, onde os monumentos eram visíveis por toda parte, foi outro fator artístico importante.
Finalmente a fragmentação política da Itália em cidades-estado e em cortes principescas engajadas numa forte rivalidade deu à arte acentuada expressão, criando as condições necessárias para o desenvolvimento da cultura renascentista.
Veja mais em: Renascimento Italiano.
A difusão do Renascimento
Os artistas e intelectuais europeus consideravam a arte renascentista italiana um modelo ideal a ser seguido. Influenciados pelos novos elementos estéticos, viajavam constantemente às cidades italianas — transformadas em grandes centros culturais —, onde permaneciam.
Nesse processo de difusão cultural, a imprensa também ocupou lugar de destaque, por propagar as novas ideias.
O fluxo comercial italiano preponderante até meados do século XVI possibilitou o total intercâmbio entre intelectuais europeus e a cultura italiana.
Países Baixos
Nos Países Baixos, a penetração da estética renascentista foi lenta e difícil. Na pintura, a preocupação com a arte nacional desde o início do século XV fez os artistas voltarem-se mais para os problemas religiosos do que para o neoplatonismo. Assim, os irmãos Van Eyck propuseram uma pintura inscrita na linha do realismo minucioso ainda dominado pelas formas góticas.
Jerônimo Bosch (1450-1516), outro exemplo de independência da estética italiana, criou um mundo fantástico de formas e seres
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