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Renascimento

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Por:   •  8/3/2015  •  1.035 Palavras (5 Páginas)  •  631 Visualizações

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O Renascimento (ou Renascença), como o próprio nome indica, significa o revivescimento de algo que se considerava morto. Os cristãos já empregavam essa expressão quando aludiam à ressurreição dos mortos, por ocasião do Juízo Final. Entretanto, no caso específico do Renascimento Cultural do início dos Tempos Modernos, o termo ganhou outro significado: o de ressurgimento da cul­tura clássica (greco-romana).

O Renascimento Cultural não foi um acontecimento isolado. Ele faz parte de uma ampla gama de transforma­ções culturais, econômicas, sociais, políticas e religiosas que caracterizaram a transição do feudalismo para o capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultu­ral, com a estrutura medieval.

Como manifestação de uma nova visão de mundo, o Renascimento deslocou o centro de interesses do plano religioso, típico da Idade Média, para o campo profano ou secular (isto é, fora do âmbito da Igreja). Os renascentis­tas voltaram sua atenção para o mundo e para a realidade humana, não mais se atendo apenas ao sobrenatural e ao divino. O novo enfoque estava ligado ao humanismo, que, embora fosse um termo utilizado originalmente para designai" o conhecimento de Humanidades (disciplinas ligadas à Antiguidade Clássica), frequentemente é inter­pretado como o estudo e a glorificação do ser humano.

O humanismo foi o veículo por meio do qual os renascentistas tomaram consciência de seu tempo. E, por constituir a parte essencialmente intelectual do Renasci­mento, o humanismo se tomou um de seus mais impor­tantes elementos definidores.

Fatores do Renascimento Italiano

A nova cultura artística despontou em primeiro lugar nas cidades italianas, em consequência de vários fatores. Um deles foi o precoce desenvolvimento do pré-capitalismo na região, no início da Baixa idade Média, através de grandes empreendi­mentos comerciais. Paralelamente, a burguesia italiana adqui­riu características sociais definidas, formando uma aristocracia do dinheiro. O individualismo econômico burguês proporcio­nou as condições psicológicas e materiais indispensáveis à emancipação dos espíritos em todos os ramos da cultura, ou seja, ao Renascimento.

Formou-se, assim, o gosto burguês pelas artes e letras; famílias abastadas e eclesiastas puderam subvencionar artistas e intelectuais através do mecenato, como fizeram os Médicis de Florença, os Sforzas de Milão, os Gonzagas de Mântua e, em Roma, os papas Nicolau V, Júlio II e Leão X.

O fluxo comercial, iniciado já na Idade Média, propiciou o contato direto das cidades italianas com as civilizações bizanti­na e muçulmana, o que, por sua vez, possibilitou ao Ocidente aproximar-se da cultura grega, por eles conservada e divulga­da.

A sobrevivência da tradição clássica nas cidades italianas, onde os monumentos eram visíveis por toda parte, foi outro fator artístico importante.

Finalmente a fragmentação política da Itália em cidades-estado e em cortes principescas engajadas numa forte rivali­dade deu à arte acentuada expressão, criando as condições necessárias para o desenvolvimento da cultura renascentista.

Veja mais em: Renascimento Italiano.

A difusão do Renascimento

Os artistas e intelectuais europeus consideravam a arte renascentista italiana um modelo ideal a ser seguido. Influen­ciados pelos novos elementos estéticos, viajavam constante­mente às cidades italianas — transformadas em grandes cen­tros culturais —, onde permaneciam.

Nesse processo de difusão cultural, a imprensa também ocupou lugar de destaque, por propagar as novas ideias.

O fluxo comercial italiano preponderante até meados do século XVI possibilitou o total intercâmbio entre intelectuais europeus e a cultura italiana.

Países Baixos

Nos Países Baixos, a penetração da estética renascentista foi lenta e difícil. Na pintura, a preocupação com a arte nacional desde o início do século XV fez os artistas voltarem-se mais para os problemas religiosos do que para o neoplatonismo. Assim, os irmãos Van Eyck propuseram uma pintura inscrita na linha do realismo minucioso ainda dominado pelas formas góticas.

Jerônimo Bosch (1450-1516), outro exemplo de inde­pendência da estética italiana, criou um mundo fantástico de formas e seres

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