Resenha Crítica
Trabalho Escolar: Resenha Crítica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Inghrid • 4/5/2014 • 851 Palavras (4 Páginas) • 736 Visualizações
PRADO, Marta Lenise do Prado. REIBNITZ, Kenya Schmidt. GELBCKE, Francine Lima. Aprendendo a cuidar: a sensibilidade como elemento plasmático para formação da profissional crítico-criativa em enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, abril-junho, 2006. Vol.15, n.2 Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis-SC- Brasil, PP. 296-302
Ser professor implica desenvolver competências distintas daquelas esperadas para uma enfermeira, embora reconhecemos o inerente papel de educador implicado no cotidiano da prática de enfermagem. Cuidar, gerenciar e educar compõe três ações básicas presentes no processo de trabalho da enfermeira, as quais não são dissociadas, mas possuem objetivos específicos, de acordo com cada processo particular, visando, de uma maneira geral, o bem-estar do ser humano, objeto do processo de trabalho da enfermagem. Reconhecemos que o cuidado do ser humano em sua complexidade tem sido apontado como objeto epistemológico da enfermagem, por diversos autores. O cuidado terapêutico é uma ação que se desenvolve e termina com a pessoa, este como ação da Enfermagem carrega consigo um compromisso social. Educar é muito mais do que treinar para o desempenho de destrezas, é contribuir na formação de um ser inconcluso, que é o ser humano, sendo, neste contexto, papel do educador criar possibilidades para produção e construção do conhecimento. Educar envolve relação, pois quem educa, educa alguém, ou seja, educar é um princípio de esperança. Estas noções que envolvem o educar, também estão presentes no cuidar, já que cuidar traduz uma ação de tratar alguém, atender alguém, sendo o recebedor do cuidado, um ser humano também incompleto, inconcluso, que tem diferentes dimensões. O atendimento aos requerimentos em saúde implica na capacidade das profissionais em conjugar a objetividade e a subjetividade. A formação de uma profissional crítico-criativa requer uma revisão nos modos de ensinar-aprender enfermagem. O cuidado de enfermagem constitui-se num trabalho vivo em ato (se desenvolve no momento da ação e não pode ser totalmente capturado). O ser humano é complexo e traz em si caracteres antagonistas. Não só vive da racionalidade e da técnica; ele se desgasta. A compreensão dessa multidimensionalidade do ser humano aponta a dimensão de nosso desafio como profissão em alcançar esse humano em nós, individuais e como coletivo múltiplo profissional. O reconhecimento e a valorização da multidimensionalidade do ser humano remetem aos docentes de Enfermagem um duplo desafio ao abordar o cuidado. Se o cuidado pressupõe relação de troca, inter-relação, diálogo, há que se refletir sobre o que significa cuidar do outro (cliente e aluno), não apenas como algo objetificado, mas como alguém que tem emoções, identidade, saber próprio, que deve ser considerado, o que pressupõe uma ausculta sensível. É preciso valorizar a sensibilidade humana como aquela que permite sentir empatia e a compaixão, de se deixar tocar pelas vidas, sofrimentos e alegrias, esperanças e desejos das outras pessoas. Uma estratégia para resgatar a sensibilidade no aprender-ensinar Enfermagem consiste em incorporar a ludicidade como elemento que estimula a imaginação e permite a construção de significados e interpretações que impulsionam o processo crítico-criativo. A ludicidade no processo pedagógico facilita a aprendência. A formação lúdica se assenta em pressupostos que valorizam a criticidade, o cultivo
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