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SAUDE DOS DOCENTES

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Por:   •  26/2/2014  •  1.272 Palavras (6 Páginas)  •  266 Visualizações

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3 REFERENCIAL TEORICO

3.1 Trabalho e saúde dos docentes

O trabalho é uma necessidade é a forma de sobrevivência humana, mas também está ligada a satisfação e auto-estima. Por outro lado também pode ser uma fonte de adoecimento quando existem fatores de risco para a saúde e o empregador não dispõe medidas suficientes para prevenção destes riscos, surgindo então às doenças ocupacionais.

Segundo Levy (1994), as doenças ocupacionais são aquelas que foram demonstradas plenamente sua relação com fatores causais específicos relacionados ao trabalho, os quais podem ser identificados, medidos e, eventualmente controlados.

De acordo com a legislação brasileira Art. 20 da Lei 8.213, as doenças ocupacionais podem apresentar-se de duas formas:

Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário;c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

As doenças ocupacionais tem tido uma alta significativa nos últimos anos, o que eleva à diminuição de produtividade, e o aumento de indenizações e demandas judiciais contra empregadores, e causado prejuízo na qualidade de vida do trabalhador. (Ong, 1994).

Especialistas apontam que os ambientes de trabalho dos professores estão desencadeando doenças ocupacionais, tais como estresse que despontam nas pesquisas como a principal causa de adoecimento, porém e apenas parte do problema, a tensão diária por causa do alto grau de exigência imposto pelas instituições e a carga horária pesada podem desenvolver doenças que comprometam a saúde física e mental onde o profissional corre o risco de ficar incapacitado para o trabalho (SINPRO 2006).

Os docentes é uma das categorias mais expostas e cobradas dentre as categorias profissionais. Nos últimos anos é comum ver as lutas da classe reivindicando respeito e condições mais dignas de trabalho. ( FREITAS, CRUZ 2008).

3.2 Fatores de risco a saúde dos docentes

A preocupação com a saúde dos professores é um assunto recente, no entanto já indicam que as doenças ocupacionais que afetam a categoria estão diretamente relacionadas a um conjunto de fatores, entre os quais destacamos: o tipo de trabalho exercido, o excesso de trabalho, a precarização do trabalho, a perda de autonomia, a sobrecarga de trabalho burocrático, o quadro social e econômico e as condições de vida dos alunos (AGUIAR 2006).

A assembleia legislativa do estado de São Paulo criou um projeto lei para desenvolver um programa que trabalhe com maios para prevenir as doenças ocupacionais entre os professores estaduais, onde decreta que:

Artigo 1º - Fica instituída a Política Estadual de Prevenção às Doenças Ocupacionais que acometem o docentes e os demais profissionais da educação.

Parágrafo único: Para efeito desta lei são classificadas como doenças ocupacionais dos educadores e demais profissionais da educação as seguintes moléstias: problemas de coluna, problemas alérgicos, problemas oftalmológicos, problemas de voz e síndrome de Burnout e todas as de cunho emocional. Artigo 2º - A política instituída pelo art. 1º tem por objetivos:

I – informar e esclarecer os professores e os profissionais da área de educação sobre o risco da manifestação de doenças decorrentes do exercício profissional;

II - orientar sobre os métodos e formas preventivas de combate aos referidos males; III - encaminhar o profissional enfermo para o adequado tratamento das moléstias de que seja vítima em virtude da ocupação. Artigo 3º - Às Secretarias Estaduais de Educação e Saúde caberá elaborar as diretrizes dessa política e instituir um grupo de coordenação, responsável pela efetivação dessa política na rede estadual de escolas, composto por profissionais da saúde e da educação.

O trabalho é citado hoje como a principal causa de estresse isso porque é muito comum que o profissional mantém um nível constante de alerta por conta das longas jornadas de trabalho, das exigências que são cada vez maiores e também por causa de questões financeiras.

De acordo com Sinpro 2006, muitos professores trabalham três turnos, isso certamente tem um impacto negativo na qualidade de vida desses profissionais, a tensão constante faz com que desencadeie o estresse e passa a se tornar crônico, onde pode ocasionar problemas emocionais, hipertensão, ulceras, gastrites, fadiga crônica, diabetes e alterações no sono, dentre outro problemas de saúde.

Para Esteve 1999, uma jornada de trabalho extensa, falta de exercício físico e a alimentação inadequada pode levar o esgotamento emocional ou a lesão. Ele ainda aponta a

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