Saude Publica
Trabalho Universitário: Saude Publica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marameloblog • 28/5/2014 • 2.785 Palavras (12 Páginas) • 557 Visualizações
Saúde publica
Mais Médicos: cubanos vão trabalhar em favelas cariocas
Grupo de 65 profissionais será alocado nos complexos do Alemão e da Maré, na Zona Norte, e em bairros da Zona Oeste a partir da próxima semana.
Cerimônia de recepção aos profissionais brasileiros do programa Mais Médicos, em Realengo no Rio (Estefan Radovicz/Agência O Dia/AE)
Um grupo de 65 médicos cubanos começará a atuar em favelas das zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro a partir da próxima semana. Eles estão na cidade como integrantes do programa Mais Médicos, do governo federal. Atualmente, 3.664 profissionais participam do programa no país, sendo 819 brasileiros e 2.845 estrangeiros. Até março de 2014, o governo quer atingir a meta de trazer 12.996 médicos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 31 médicos serão distribuídos por 18 unidades de atenção primária na Zona Norte e atenderão moradores do Complexo do Alemão, do Jacarezinho e da Maré - favela que ainda não recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Outros 34 serão alocados em 22 postos da Zona Oeste, nos bairros de Realengo, Cosmos e Costa Barros.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/mais-medicos-cubanos-vao-trabalhar-em-favelas-cariocas
O assunto que tomou conta do momento na mídia e nas redes sociais, a chegada dos médicos cubanos e as reações que elas ocasionaram! É necessária a vinda desses médicos?
Sim, com certeza! Existem centenas de cidades e consequentemente milhares de pessoas que não tem um médico sequer. Nos grotões desse imenso Brasil, há lugares distantes abandonados à própria sorte pelo poder público, sem acesso a saúde, educação, trabalho e outros itens básicos que condicionam uma vida digna e é direito de todo cidadão. Essa é uma tentativa mínima de sanar algumas destas deficiências.
A vinda de médicos cubanos irá resolver os problemas da saúde brasileira? Não! Definitivamente não, podem vir um milhão de médicos, de diferentes nacionalidades, que não resolverão, é preciso, além disso, investimento maciço em universidades, hospitais, postos de saúdes e equipamentos para os mesmos. E porque essa reação tão forte que ocorre por parte dos médicos brasileiros e da mídia, contra ação do governo em importar médicos? Isaac Newton responde com sua terceira lei: “A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade”. A grande questão aqui é que os médicos cubanos são especialistas em medicina da família e preventiva, ou seja, estão focados na saúde e não doença. Diferentemente do que ocorre por aqui, ou seja, vai-se ao médico quando se já está doente.
A medicina lucra na doença. Pessoas saudáveis, e este é um paradoxo cruel, destruiriam fábricas de medicamentos que florescem quando médicos receitam mais e mais remédios. Laboratórios não apenas patrocinam bocas livres de médicos para apresentar-lhes novidades como, muitas vezes, dão a eles uma espécie de comissão pelas receitas que os convidados passam a seus pacientes. Desta forma, ao se colocar médicos entre a “Casa Grande” e a “Senzala”, médicos estes que ao desembarcar no país, afirmaram não estarem preocupados com dinheiro, mas sim, em cumprir uma missão, pode levar uma quebra de paradigmas, e mudar padrões numa sociedade conservadora como a nossa e é algo que requer grandes esforços e disposição de lutar contra as forças contrárias.
Por exemplo, pessoas podem começar a questionar: por que este médico me atende tão bem, mesmo não tendo que pagar R$ 200,00, R$ 500,00, R$ 1.000,00 por uma consulta? Por que este médico não tem um carro zero importado, uma casa luxuosa? Por que estes podem ser chamados simplesmente de médicos, e não de doutores, como ocorre por aqui, o que acaba se alastrando para outras áreas da saúde, direito, às vezes até as engenharias? Quebram-se os paradigmas de profissões supervalorizadas em detrimento de outras.
As hipóteses sobre a reação truculenta dos médicos e dos setores mais conservadores da nossa sociedade são várias, aqui levantei algumas. No futuro veremos quais os ganhos e as consequências desta ação governamental.
PNE: texto do Senado reduz investimento em educação pública
A sutileza da mudança está na ordem das palavras. Em vez de obrigar o governo federal a investir em educação pública, o texto do PNE (Plano Nacional da Educação) aprovado no Senado exige investimento público em educação. De um modo geral, a troca de alguns trechos fez com que o Estado pudesse incluir no orçamento da educação verbas de programas que incluem parcerias com entidades privadas.
O texto ainda precisa passar por um longo caminho, mas especialistas temem que a nova redação tire dinheiro das escolas e instituições públicas de ensino.
"Na verdade, o que se tentou no Senado foi reduzir a participação da União no financiamento da educação", afirma o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que é o relator do projeto na CE (Comissão de Educação), próxima etapa do texto antes de ser submetido ao plenário.
O PNE é um projeto que estabelece uma série de obrigações até 2020, entre elas a erradicação do analfabetismo, o oferecimento de educação em tempo integral e o aumento das vagas no ensino técnico e na educação superior. Em teoria, deveria ter entrado em vigor em 2011. Um dos trechos alterados no Senado é o que destina 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação. Na versão da Câmara, a Meta 20 define que é preciso "ampliar o investimento público em educação pública". Já no texto dos senadores, "educação pública" é substituída apenas por "educação". Com a nova redação, podem entrar na conta do governo ações como o Prouni (Programa Universidade Para Todos), que dá bolsas em universidades privadas, além do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e de parcerias com instituições conveniadas.
"Somos favoráveis a programas como o Prouni, mas precisamos garantir que os recursos sejam utilizados preferencialmente pela educação pública", diz Cleuza Rodrigues Repulho, presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). Na visão da entidade, é preciso aumentar a participação da União nos gastos que são responsabilidade dos município.
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