O Enfrentamento Do Crack No Contexto Da Saude Publica
Monografias: O Enfrentamento Do Crack No Contexto Da Saude Publica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cgwg • 9/5/2013 • 1.492 Palavras (6 Páginas) • 1.293 Visualizações
RESUMO
Este estudo tem como objetivo verificar o que tem sido feito para se combater o crack, o que os orgãos competentes e responsáveis pelas políticas setoriais relacionadas ao tema e produtoras de conhecimento sobre esses malefícios, tem feito para dissiminar da sociedade essa droga que avassala a vida de grande parte da população, direta ou indiretamente.
Através de pesquisas feitas na cidade de Brumado identificou-se que os usuários da droga está concentrada na população jovem, e que a participação da família tem sido um grande fator de ajuda na recuperação dos mesmos.Onde orgãos públicos como CAPS tem exercido um papel importante no combate e recuperação desta classe usuária.Os dados também são um alerta para a sociedade e o governo, uma vez que apontam claramente que o consumo individual e o tráfico de drogas provocam para o país gravíssimos danos, gerando custos econômicos e sociais que demandam a implementação de políticas descentralizadas, abrangentes e integrais que tenham como finalidade a sua redução.
1 – INTRODUÇÃO
Como visa a consolidar um amplo diagnóstico da situação de oferta e demanda de drogas na nossa cidade, foram realizada pesquisas com psicólogos, psicoterapeutas, médicos e servidores que atuam no CRAS, CREAS,CAPS E serviços de atendimento ao SUS, para coletar dados relevantes sobre a situação municipal do consumo de drogas e suas consequências.
A população avaliada é constituida por jovens brumadenses na faixa etária entre 13 e 25 anos, residentes num municipio com aproximadamente 65.000 habitantes ( de acordo com o censo de 2009).
Foram apresentados diversos indicadores, informações sobre saúde, ações de previdência de segurança pública associada a repressão do tráfico e a prevenção.
Não havendo distinção de usuários por classes socias,porém concentrando-se nas classes baixas e bairros da periferia, mas a vunerabilidade em que muitos se encontram requer mais atenção, precisando de cuidado integral dando ênfase a saúde mental e física.
Para que a familia (principal aliada) ajude o dependênte é de suma importância que ela compreenda que a dependência química é uma doença que deve ser tratada com ajuda de profissionais. A união e estabilidade familiar é peculiar e indispensavel para o êxito do tratamento.
2- DESENVOLVIMENTO
No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo. “O consumo do crack se alastrou no País por ser uma droga de custo mais baixo que é o cloridrato de coca, a cocaína refinada (em pó). Para produzi-la, os traficantes utilizam menos produtos químicos para fabricação, o que a torna mais “barata", explica Oslain Santana, diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal. O crack consumido no Brasil é produzido apartir da pasta base da cocaína. O crack não é uma droga nova, mas uma nova via de administração da cocaína. Estimulante cerca de cinco ou seis vezes mais potente que a cocaína, provoca dependência física e leva à morte por sua ação fulminante sobre o sistema nervoso central e cardíaco. É uma droga que de fato desorganiza os usuários, porque eles ficam muito dependentes e desestruturados. Os usuários de crack também são os que mais buscam tratamento, ou são levados a buscar pela família ou por outras pessoas. É uma droga que impacta, e é usada em grupos, em locais abandonados, e tudo isso atrai a atenção dos usuários.
Obter uma pedra de crack atualmente é como, comprar pão na padaria da esquina de casa, estamos entrando na normalidade. É poder ver um jovem ou criança na calçada de casa com um cachimbo surrado fumando sua pedra, ou um ricaço parando o carrão na porta de uma boate e adquirindo de primeira mão um produto de “qualidade”. O que antes era apenas um problema de cidades grandes, hoje é uma realidade em municípios e vilarejos com baixo numero populacional. Segundo a ONU, são 146 milhões de usuários de maconha no mundo, 2,3% da população mundial. Nos Estados Unidos, 11% da população consome a erva regularmente. Na Austrália, são 17%. E esses números estão crescendo a cada ano. .Quanto aos problemas conseqüentes do consumo da cocaína e crack são notórios, visto que os meios de informação de massa atuam constantemente informando e também orientando, fator natural nas sociedades que têm compromisso com os serviços sociais. O número de usuários hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. Os dados foram apresentados pelo psiquiatra Pablo Roig, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados. Roig é especialista no tratamento de dependentes do crack.
Muitos estudos foram feitos e em especial um realizado com 332 usuários de cocaína na cidade de São Paulo e detectou-se que dos entrevistados 50% apresenta problemas de saúde e outros problemas nos demais entrevistados como: enjoos, calor, desmaios, convulsões sem contar as infecções pelo HIV, problemas respiratórios, hepatite, suicídios, homicídios entre muitos outros. As mortes decorrentes do uso ilícito das drogas têm sido motivo para muitas discussões, estudos e ações dos mecanismos de informação, justiça, educação, saúde, utilidade pública e muitos outros setores privados, tendo em vista os problemas advindos de usuários em assaltos, discussões com outras pessoas que não têm nenhum envolvimento com o universo das drogas e até mesmo envolvendo os próprios usuários que não deixa de ser uma grande preocupação para as pessoas em geral.
O sentido de usar drogas varia de cultura para cultura e de
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