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Semana Da Arte Moderna

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Por:   •  26/1/2015  •  1.625 Palavras (7 Páginas)  •  469 Visualizações

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SEMANA DA ARTE MODERNA

Cleonice da Silva

Reginaldo Peixoto -Tutor Externo

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Artes Visuais– Prática do Módulo III

14/12/2012

RESUMO

O trabalho aborda SEMANA DA ARTE MODERNA. Ela ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa . Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.

Palavras-chave: Semana da arte moderna , Anita Malfaltti, modernismo, antropofagismo

1 INTRODUÇÃO

Alguns acontecimentos precedem a Semana da Arte Moderna, evento que não ocorre subitamente. Escritores brasileiros trazem , de volta da Europa, notícias de uma literatura em crise.

Na década de 1910 e 1920, observa-se entre os intelectuais um anseio de renovação artística e cultural.

Em 1912, Oswald de Andrade, na Europa toma conhecimento das idéias futuristas de Marinetti e as divulga em São Paulo.

Em 1913, dá-se a primeira mostra de arte não acadêmica feita no Brasil. O autor das obras é o pintor Lasar Segall, artista russo radicado em nosso país. Segall, entretanto, não desencadeia transformações radicais na arte brasileira. Esse papel será de Anita Malfatti. Sua exposição inaugurada ao voltar dos Estados Unidos (12/12/1917), escandaliza o ambiente intelectual paulista e provoca diversos ataques, inclusive o de Monteiro Lobato.

2 DESENVOLVIMENTO

SEMANA DE ARTE MODERNA

Liderada principalmente por Mário de Andrade , Manuel Bandeira e Oswald de Andrade, realizou-se em São Paulo, em 1922, a Semana de Arte Moderna , que marca oficialmente o início do Modernismo brasileiro.

O Teatro Municipal de São Paulo torna-se o palco de divulgação das idéias modernistas. Em três sessões , nos dias 13,15 e 17 de fevereiro,são lidos manifestos e poemas, ao mesmo tempo que aí se fazem exposições de esculturas de Brecheret, pinturas de Anita Malfatti e Di Cavalcanti, arquitetura de A. Moya.

A Semana foi um escândalo. As poesias declamadas não tinham rima nem métrica, falavam de coisas não poéticas.

Mário de Andrade declamava seu poema entre vaias,batidas de pé, gritos, batatas jogadas no palco. Mas os jovens modernistas sabiam que para construir o novo era preciso derrubar o que estava desgastado.

No saguão do teatro, havia enorme confusão:quadros chocantes estavam sendo expostos . Quadros cheios de manchas coloridas, de mulheres de cabelos verdes, de figuras desproporcionais. Eram as telas de Anita Malfatti, Di Cavalcati , Vicente Rego Monteiro e as esculturas de Brecheret.

Os acontecimentos desses três dias de fevereiro de 1922 foram o coroamento de todo um processo que se iniciará há dez anos. Uma nova era começava: a Semana de Arte Moderna deu início a uma nova fase da cultura brasileira.

PROGRAMA DOS FESTIVAIS

Noite de 13 de fevereiro

Graça Aranha profere a primeira conferência, “ A emoção estética da Arte Moderna “, acompanhado ao piano por Ernâni Braga, que toca uma paródia da Marcha Fúnebre de Chopin, composta por Eric Satie. São declamados poemas de Guilherme de Almeida e de Ronald de Carvalho. Em seguida, Villa-Lobos rege sua Sonata II para Violoncelo e Piano. É vaiado e tem que interromper sua apresentação.

A segunda parte da programação constou de uma palestra sobre “ A pintura e a escultura no Brasil”. Proferida por Ronald de Carvalho , e de solos de piano com danças africanas compostos por Villa –Lobos.

Noite de 15 de fevereiro

Menotti Del Picchia faz uma palestra ilustrada por poemas, trechos em prosa, danças etc. e é fortemente vaiado. Segundo depoimentos da época, a platéia o recebeu com “ relinchos e miados “. Enquanto isso, na escadaria do Teatro Municipal, Mário de Andrade lia trechos que constituiriam a obra A Escrava que Não É Isaura, sobre a poética modernista.

A estética parnasiana é atacada por Renato de Almeida, em sua conferência, e Villa-Lobos é novamente vaiado pela platéia.Por pouco não se generaliza um tumulto de graves proporções.

Noite de 17 de fevereiro

O público torna-se bastante reduzido, restrito apenas aos que estavam de fato interessados no evento. Villa-Lobos apresenta suas composições e é aplaudido.

Além das palestras e declamações de poesias, ocorre, nos saguões do teatro , a exposição de pinturas de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente Rego Monteiro e de esculturas de Brecheret, todas consideradas chocantes pelo público, pouco afeito às novas tendências artísticas.

Divulgação do movimento modernista ( os grupos e suas revistas)

Os grupos modernistas procuraram divulgar suas idéias por meios de revistas de vanguarda, em torno das quais se aglutinavam determinadas correntes. As principais foram:

Klaxon – Mensário de Arte Moderna

Publicada em São Paulo, de maio de 1922 a janeiro de 1923; representou a primeira tentativa de organizar as idéias expressas pela Semana da Arte Moderna.

Procurou contrapor duas correntes : o Futurismo (ligado à experimentação e a velocidade na linguagem ) e o Primitivismo (corrente mais próxima ao Surrealismo e ao Expressionismo, na busca do inconsciente).

Em seus três números de existência, esta revista trouxe farto material teórico, com a colaboração de Graça Aranha, Mário de Andrade, Manuel Bandeira e outros.

Movimento Pau-Brasil

Liderado por Oswald de Andrade, cujo manifesto foi publicado em 1924, no jornal Correio da Manhã, propunha a redescoberta do Brasil, através de uma arte voltada para as características do país.Pregava a liberdade, o verso livre, os neologismos. Seu manifesto sugeria” ver com olhos livres”.

Verde

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