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Sistema Renal

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Por:   •  26/11/2013  •  1.566 Palavras (7 Páginas)  •  597 Visualizações

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Sistema Renal

Nossas células ficam imersas em ambiente aquoso, que é, provavelmente, de composição semelhante à do mar primordial, onde a vida se originou. A constância desse “ambiente interno” de líquido extracelular é um requisito para a vida, e o processo de manutenção dessa constância é chamado de homeostasia.

Os rins, junto com os pulmões, são órgãos de maior importância, para assegurar a composição química constante de nosso líquido extracelular.

A importância dos rins pode ser avaliada pelo fato de eles receberem 1/5 do débito cardíaco de sangue, isto é, 1 litro a cada minuto.

Porém, a real importância dos rins só é vista na pessoas cujos rins pararam de funcionar e que dependem das máquinas de diálise para manter a composição de sangue; elas só podem viver normalmente por poucos dias, durante os quais seus corpos acumulam escórias, antes que tenham que recorrer a um “rim artificial”.

Rim

Os rins são órgãos pares, em forma de caroços de feijão, situados por trás do revestimento peritoneal da cavidade abdominal. Com cerca de 11cm de comprimento, de 5 a 7cm de largura, e 2,5cm de espessura.

É o principal órgão do sistema excretor e osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram dejetos (especialmente uréia) do sangue, e os excretam, com água, aurina; a urina sai dos rins através dos ureteres, para a bexiga.

O rim é formado por um córtex externo e pela medula interna, o que reflete a posição e a disposição dos túbulos renais (néfrons). Cada túbulo consiste do glomérulo, do túbulo contorcido proximal, da alça de Henle e do túbulo contorcido distal. Os túbulos contorcidos distais se unem, para formar ductos coletores, que drenam para a pelve renal e para o ureter. Todos os glomérulos ficam no córtex; os néfrons corticais tem alças de Henle curtas, que apenas mergulham na medula, enquanto os néfrons justamedulares tem longas alças de Henle, que mergulham profundamente, na medula.Artéria e a veia renal, os linfáticos renais e ureter entram e saem do rim por sua superfície côncava – o hilo.

Néfron

O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.

Cada néfron tem seu início na cápsula de Bowman – a extremidade ‘cega’ do túbulo. A cápsula de Bowman contém uma nodulação de capilares, que é suprida por uma arteríola aferente e drenada por uma arteríola eferente. Esta estrutura completa é conhecida como um glomérulo e filtra plasma.

O líquido passa da cápsula de Bowman para o túbulo proximal, para os ramos descendentes e ascendentes da alça de Henle e dali para o túbulo contorcido distal, que começa em uma estrutura especializada conhecida como o aparelho justaglomerular. No aparelho justaglomerular, o túbulo passa entre as arteríolas aferentes e eferentes do seu próprio glomérulo. Esta parte do túbulo é conhecida como a mácula densa e está em contato com uma região especializada da arteríola aferente, que secreta renina.

Como funcionam os rins

O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.

O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a cápsula de Bowman, processo denominado filtração. Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Bowman constituem o filtrado glomerular, que é semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares.

O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido proximal, cuja parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre reabsorção ativa de sódio. A saída desses íons provoca a remoção de cloro, fazendo com que a concentração do líquido dentro desse tubo fique menor do que do plasma dos capilares que o envolvem. Com isso, quando o líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle, há passagem de água por osmose do líquido tubular para os capilares sangüíneos – ao que chamamos reabsorção.

O ramo descendente percorre regiões do rim com gradientes crescentes de concentração. Conseqüentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos, de forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do líquido tubular é alta.

Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça de Henle, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção por osmose para os capilares sangüíneos. Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água.

Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente

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