Situação Clínica Em Que A Proteína Ajude O Enfermeiro.

Situação clínica onde o conhecimento a respeito de proteína auxilie o enfermeiro.

As proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas células e perfazem 50% ou mais de seu peso seco. São encontradas em todas as partes de todas as células, uma vez que são fundamentais sob todos os aspectos da estrutura e função celulares. Existem muitas espécies diferentes de proteínas, cada uma especializada para uma função biológica diversa. Além disso, a maior parte da informação genética é expressa pelas proteínas.

São os constituintes básicos da vida: tanto que seu nome deriva da palavra grega "proteios", que significa "em primeiro lugar". Nos animais, as proteínas correspondem a cerca de 80% do peso dos músculos desidratados, cerca de 70% da pele e 90% do sangue seco. Mesmo nos vegetais as proteínas estão presentes.

A importância das proteínas, entretanto, está relacionada com suas funções no organismo, e não com sua quantidade. Todas as enzimas conhecidas, por exemplo, são proteínas; muitas vezes, as enzimas existem em porções muito pequenas. Mesmo assim, estas substâncias catalisam todas as reações metabólicas e capacitam aos organismos a construção de outras moléculas - proteínas, ácidos nucléicos, carboidratos e lipídios - que são necessárias para a vida.

É de fundamental importância o conhecimento do papel dessas moléculas orgânicas nos diversos processos fisiológicos do corpo humano e auxiliam o enfermeiro em diversas situações da prática clínica. Exemplo disso, compreende o processo de formação e cicatrização de feridas e o tratamento usual empregado. Sabe-se que a cicatrização de feridas envolve uma série de processos em que inúmeras proteínas são relacionadas.

As feridas crônicas cursam com deposição de fibrina que é uma proteína insolúvel formada a partir do fibrogênio pela ação proteolítica da trombina durante a coagulação normal do sangue. Na lesão, a fibrina é aderente aos tecidos e tem coloração esbranquiçada ou amarelada.A terapia empregada nessas lesões visam eliminar a camada de fibrina e tecido desvitalizado,expondo a camada de tecido vivo,garantindo condições adequadas de cicatrização.

Nesse contexto, outra proteína deve ser lembrada: a Papaína. Esta consiste em uma enzima proteolítca extraída do látex do mamoeiro (Carica papaya) e poderá ser utilizada in natura, em creme ou liofilizada, dissolvida em solução fisiológica. É bastante empregada no manejo de feridas crônicas com os seguintes mecanismos de ação:

1. Atua como desbridante químico ou enzimático, estimulando a degradação do tecido desvitalizado e cobertura de fibrina e facilitando o processo cicatricial.

2. Tem ação bacteriostática, bactericida e antiinflamatória.

3. Proporciona alinhamento das fibras de colágeno, promovendo crescimento tecidual uniforme.

Não há dúvidas quanto a importância do conhecimento a respeito das protéinas pelo profissional de enfermagem, tomando aqui como exemplo o processo de cicatrização e a utilização da papaína nesse contexto. O manejo de feridas crônicas acompanha a prática diária de um enfermeiro, conhecer o processo fisiológico envolvido,bem como a terapêutica vigente envolvem o reconhecimento do papel