Tecidos musculares
Por: Juliana Celani • 10/11/2016 • Resenha • 1.360 Palavras (6 Páginas) • 412 Visualizações
Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do coração e das artérias.
As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamento protéico: os de actina e os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células.
Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos de miosina. A célula diminui em tamanho, caracterizando a contração.
Tipos de tecido muscular
Há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso. Cada um deles tem características próprias, adequadas ao papel que desempenham no organismo.
Tecido muscular estriado esquelético
O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo dos vertebrados, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de tecido apresenta contração voluntária (que depende da vontade do indivíduo). Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma delas é uma célula dotada de muitos núcleos, chamado miócitos multinucleados. Feixes de células longas, cilíndricas, multinucleadas e contendo miofilamentos – miofibrilas.
[pic 1][pic 2]
Nas fibras musculares estriadas esqueléticas os numerosos núcleos se localizam na periferia.
Placa motora: local onde o nervo penetra na superfície da fibra muscular. Fica no epimísio.
Fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes, sendo envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo – epimísio (parte externa) que recobre o músculo inteiro.
O tecido muscular estriado esquelético é formado por feixes de fibras cilíndricas muito longas e multinucleadas, conhecidas por fibras musculares estriadas esqueléticas. Esses feixes são envolvidos pelo epimísio, uma membrana externa de tecido conjuntivo denso. Destas membranas partem septos de tecido conjuntivo muito fino, chamados perimísios, por onde os vasos sanguíneos entram nos músculos. São músculos de movimentos voluntários. Cada fibra, por sua vez, é envolvida por uma camada delgada de fibras reticulares que dá origem ao endomísio.
A união das fibras musculares é feita pelo tecido conjuntivo, o que permite a atuação da força de concentração gerada por cada fibra sobre o músculo inteiro chegando a outras estruturas como tendões, ligamentos, aponeuroses e ossos.
CARACTERISTICA
Contração forte, rápida, descontinua e voluntaria.
MIOFIBRILAS e ORGANIZAÇAO
As fibras musculares são delimitadas pelo sarcolema (membrana plasmática), e seu sarcoplasma(citossol) encontra-se preenchido por fibrilas paralelas chamadas miofibrilas, constituídas por quatro proteínas:
- Actina – sob forma de estruturas longas e fibrosas (actina F), é formada por duas cadeias de monômeros globulares (actina G) enroladas em hélice dupla.
- Tropomiosina – moléculas longas e finas unidas pelas extremidades, formando filamentos longos localizados sobre a actina.
- Troponina – um conjunto de três subunidades preso à uma molécula de tropomiosina:
TnT – ligada fortemente à tropomiosina.;
TnC – possui grande afinidade pelos íons cálcio;
TnI – inibe a interação entre a actina e a miosina; - Miosina – grande, complexa e de alto peso molecular, em forma de bastão, sendo que uma das extremidades apresenta uma saliência globular, com locais específicos para combinação com ATP. Dotada de atividade ATPásica, transformando o ATP em ADP, o que libera energia às reações de contração muscular.
As miofibrilas são contituidas por dois ipos de proteínas principais: Actina e Miosina.
Actina são filamentos finos Forma a banda 1 (os filamentos finos são formados por actina e pela junção das outras 2 proteinas)
Miosina filamentos grossos. Forma a banda H
A banda A é constituída por miosina e actina.
Actina e Miosina constituem a mior parte das proteínas nesse musculo
Essas proteínas permitem o movimento de contração do músculo
[pic 3]
A célula recebe estímulos através de impulsos nervosos mandados pelo cérebro para contrair. Nesse momento, os filamentos de actina deslizam pelos flamentos de miosina invadindo parte da banda H e realizando o movimento.
INICIO DA CONTRAÇÃO
A contração muscular ocorre com a saída de um impulso elétrico do sistema nervoso central que é conduzido até ao músculo através de um nervo. Esse estímulo elétrico desencadeia o potencial de ação, que resulta na entrada de cálcio (necessário à contracção) dentro da célula.
Durante o repouso, ATP liga-se à ATPase das cabeças da miosina. Miosina necessita da actina que atua como co-fator. Quando há disponibilidade de íons Ca+2, estes ligam-se com a nidade TnC da troponina. Isto muda a conformação espacial das três subunidades de troponina e empurra a molécula de tropomiosina mais para dentro do sulco da hélice de actina.
Ficam expostos os locais de ligação entre miosina e actina, ocorrendo interação das cabeças da miosina com a actina. Combinação de íons de Ca+2 com subunidade TnC ativa o complexo miosina-ATP que libera energia. Ocorre deformação da miosina, aumentando a curvatura da cabeça.
O movimento da cabeça da miosina empurra o filamento da actina, promovendo o deslizamento sobre o filamento de miosina. À medida que as cabeças de miosina movimentam a actina, novos locais para formação da pontes actina-miosina aparecem. A atividade contrátil, continua até que os íons Ca+2 sejam removidos e o complexo de troponina-tropomiosina cubra novamente o local de combinação da actina com a miosina.
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