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Trabalho de Biologia da Conservação: Educação Ambiental e Serviços Ecossistêmicos

Por:   •  12/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.164 Palavras (5 Páginas)  •  178 Visualizações

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Trabalho de Biologia da conservação:

Educação Ambiental e Serviços Ecossistêmicos

Apresentada por Fritjof Capra, tendo como base o estudo de problemas ecossistêmicos, a educação ambiental (EA) é uma ferramenta para a sustentabilidade mundial, sendo também o início de um pensamento crítico. 

Sendo muitas transformadas em unidades de conservação, as áreas de vegetação nativa ou regenerada são um marco na proteção da biodiversidade, assim como na manutenção dos serviços ecossistêmicos. Já a educação ambiental segue diretamente relacionada com a alfabetização ecológica e a visitação de áreas verdes, mostrando que as ações de EA vão além de um simples passeio em um parque, fazendo parte de discussões pertinentes à sustentabilidade.

A biodiversidade é definida como a variabilidade dos organismos existentes, compreendendo os ecossistemas. A diversidade biológica contém três patamares: espécie (todos os organismos existentes); variação genética entre as espécies; os ecossistemas e comunidades (as interações entre eles). Vale ressaltar que esses patamares são essenciais à natureza e do ponto de vista antropocêntrico, serviços ecossistêmicos, como a polinização e o controle de pragas, indispensáveis à vida, são fornecidos integralmente e “gratuitamente” ao homem. Além disso, é fundamental que o ser humano proteja melhor a biodiversidade e seus patamares, pois todas as espécies têm direito à existência, independentemente de representarem ou não, valor material à sociedade.

As unidades de conservação, também chamadas por áreas protegidas, são áreas terrestres ou marítimas, que são utilizadas para a preservação da biodiversidade e a gestão de seus recursos, sendo de grande interesse mundialmente para a conservação de espécies. A maneira mais eficaz para se manter a biodiversidade é através da manutenção dos ecossistemas, com a definição de áreas protegidas e reabilitação da presença de comunidades em locais afetados. O uso de iniciativas fora da natureza (ex-situ), como manter indivíduos em zoológicos, são restritas, já que a criação em cativeiro não é algo possível para diversas espécies.

O principal objetivo na maioria das áreas de preservação ambiental não é reduzir a pobreza de biodiversidade do local, mas sim conservar a diversidade biológica e promover serviços ecossistêmicos.

                Estes serviços ecossistêmicos são fornecidos pelas áreas protegidas tanto para as populações que nela vivem, quanto para a sociedade como um todo. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio (MEA) divide estes serviços em quatro categorias. Estas categorias são: Serviços de provisão, aqueles serviços que fornecem produtos naturais com valor de consumo ou de comércio, como água potável, lenha, animais, plantas medicinais, Serviços reguladores, provenientes de funções do ecossistema, como regulação climática, polinização e sequestro do carbono, Serviços culturais, que são benefícios não materiais obtidos a partir do ecossistema como valores religiosos, turismo, educação e herança cultural e Serviços de suporte, que são aqueles fundamentais para a produção de todos os outros serviços, como formação de solo, ciclo de nutrientes e produção primária.

A dependência da utilização dos recursos naturais, correspondente à realidade de algumas comunidades rurais menos desenvolvidas do Brasil, as quais normalmente não possuem um repertório adequado de conservação ambiental, é um problema tanto social, quanto ambiental. Um manejo ecologicamente equilibrado (conseguido com uma boa educação ambiental) junto com uma clara concepção e instrução de serviços ecossistêmicos são essenciais para um desenvolvimento sustentável e uma inclusão social para essas comunidades. A extração e caça devidamente planejada, agricultura e pecuária não extensiva, aproveitamento da fauna e flora para um turismo ecologicamente saudável são alguns dos exemplos dos quais podem ser utilizados para manter uma manipulação sustentável dos serviços ecossistêmicos de provisão e de informação sem sobrecarregar os serviços de suporte e regulação que garantem não somente um equilíbrio ecológico, mas também um bem-estar para toda a sociedade.

O uso de argumentos em prol da conservação ambiental perdeu seu poder de convencimento e é a partir disso que surgiu o uso dos serviços ecossistêmicos na educação, na busca de inspirar um maior interesse e um modo de pensar voltado à conservação da natureza. Trazer para a sala de aula este tema apresenta um grande impacto positivo devido ao aprofundamento sobre temas da conservação e diversidade biológica que deve ser feita para entender estes serviços, além disso o estudo em campo deste assunto gera um maior interesse e atenção sobre estas áreas e funções de proteção ambiental, sendo assim a garantia e verificação de que estes continuem funcionando é maior, gerando também um maior envolvimento da população nestas áreas. É importante que no estudo dos serviços ecossistêmicos seja ressaltada a importância da manutenção de serviços ecológicos e as consequências caso não sejam preservados, como a perda de habitats e espécies. O estudo deve focar também no fator econômico, visando esclarecer que o prejuízo de explorar os recursos naturais em grande quantidade é muito maior que o ganho com este. 

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