Trabalho de Conclusão de Curso

Pseudomonas aeruginosa em água de consumo humano.

Pseudomonas aeruginosa in
human drinking water.

Pseudomonas aeruginosa em água de consumo humano.

Clarissa Fernanda de Menezes Pinto1, Andréa Gobetti Coelho Bombonatte2

Clarissa Fernanda de Menezes Pinto

(013) 99167-2463

Rua: Benedito Frizzo, 38, Cidade da Criança, Praia Grande - SP

[e-mail]

        

1 Graduanda em Ciências Biológicas Bacharel pela Universidade Paulista UNIP, Santos-SP.

2 Docente, Universidade Paulista UNIP, Santos-SP. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Santos, Especialista em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) – SP, Mestre em Ciências pela Coordenadoria dos Institutos de Pesquisa e Doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Declaro que a presente pesquisa não possui conflito de interesse.

Esse artigo está relacionado com a área de Microbiologia e Saúde Pública

Resumo

Objetivo: Apresentar estudos que relatem a ocorrência de P. aeruginosa em água potável da rede de abastecimento público. Método: O levantamento bibliográfico foi efetuado através de artigos, dissertações e teses, revistas científicas e livros, as buscas foram feitas através de plataformas e banco de dados como Scielo, Google Acadêmico e Pubmed. Resultados: Os estudos foram capazes de mostrar a importância da instalação de uma ETA visando evitar cominações biológicas, porém também demonstraram a resistência adquirida pela P. aeruginosa aos desinfetantes dispostos em água de consumo e somente uma porcentagem prejudicial à saúde humana seria capaz de viabilizar sua retirada d’água, assim a criação de uma legislação torna-se possível desde que a importância dessa ferramenta seja exposta de forma didática e científica. Conclusão: O estudo evidencia a necessidade de incluir esta bactéria em uma portaria atualizada do Ministério da Saúde, pois além do todo, a sua formação de biofilmes em locais úmidos favorece muito sua proliferação hospitalar, causando preocupação entre pessoas com imunidade debilitada e crianças, já que a P. aeruginosa também é uma bactéria oportunista e se aproveita de organismos imunodeficientes para se proliferar.  

Palavra chave: Pseudomonas, Análise, Água.

Abstract  

Objective - The objective of this research is to compare studies of P. aeruginosa in drinking water from the public water supply. Although the absence of P. aeruginosa in any legislation in force in the country, wait in this article to prove the importance of inserting the analysis of this microorganism in current legislation through research that analyze, because they were taken from waters that are always analyzed by the Municipal Health Surveillance. Method - The bibliographic survey was made through articles, dissertations and theses, scientific journals and books, the searches were done through platforms and databases such as Scielo, Google Scholar and Pubmed. Results - The studies were able to show the importance of the installation of an ETA to avoid biological combinations, but also showed the resistance acquired by P. aeruginosa to disinfectants disposed in drinking water and only a percentage harmful to human health would be able to remove it. water, thus the creation of legislation becomes possible as long as the importance of this tool is exposed in a didactic and scientific way. Conclusion - Finally it is evident the need to include this bacterium in an updated ordinance of the Ministry of Health, because in addition, your formation of biofilms in humid places greatly favors hospital proliferation, causing concern between people with weakened immunity and children, since P. aeruginosa is also an opportunistic bacterium and takes advantage of immunodeficient organisms to proliferate.

Keyword: Pseudomonas, Analysis, Water.

Introdução

A Portaria de Consolidação Nº 5 de 28 de setembro de 2017¹ é a responsável por medir diversos índices físicos, químicos e biológicos; a mesma não denomina parâmetros adequados ou inadequados da bactéria P. aeruginosa no abastecimento público de água. Essa bactéria é considerada um micro-organismo de fácil colonização, muito resistente e oportunista, ou seja, aproveita-se da baixa taxa de imunoresistência de seu hospedeiro para se instalar². Devido ao seu alto índice de resistência e por sobreviver em condições severas com poucos nutrientes, o biofilme formado por sua cepa pode se instalar em ambientes úmidos – sendo um grande problema aos ambientes hospitalares – e causadora de sepses³.

Segundo os anexos da Portaria 2.914/2011⁴, existem análises biológicas apenas para bactérias do tipo Coliformes Totais e Coliformes Fecais que, são bactérias gram-negativas em formato de bastonetes, podendo ser anaeróbias ou aeróbias e que fermentam lactose em temperatura corpórea ambiente (35ºC), sendo que os Coliformes Fecais diferem apenas na temperatura, alcançando fermentação entre 44,5ºC e 45,5ºC⁵. Essas bactérias são consideradas como indicadores de condições higiênicas e por isso, são bastante importantes para aferir a qualidade de água.

Assim como na Portaria de 2017, a Portaria Nº 1.469, de 29 de dezembro de 2000 – que já fora substituída – também não discorre sobre P. aeruginosa, sendo de suma importância destacar o Art. 11º de seu anexo “Norma de Qualidade da Água Para o Consumo Humano” que demonstra todos os itens biológicos analisados pela Vigilância Sanitária, tratando apenas de Coliformes Fecais e Coliformes Totais⁶ como também já citados.

De acordo com a Portaria de Consolidação Nº 05/2017, água potável é considerada aquela que tem como objetivo final o consumo humano, é distribuída de forma coletiva e própria para o uso pessoal, como higiene pessoal e na preparação de alimentos. Esta Portaria é imposta pelo Ministério da Saúde (MS) e rege as normas de água natural controlando, vigiando e padronizando a sua potabilidade.

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