Um olhar sobre histórias de vida
Resenha: Um olhar sobre histórias de vida. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: wevertong • 4/11/2014 • Resenha • 336 Palavras (2 Páginas) • 329 Visualizações
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1.3 O olhar para as histórias de vida
A rotina de uma instituição de acolhimento é normalmente cheia
de novos acontecimentos – lotada de tarefas, encaminhamentos e
emergências. Nesta dinâmica, educadores em seu dia-a-dia “correm”
para dar conta de tarefas urgentes: acordar as crianças, dar banho,
comida, escola, levar ao médico, terapia, entre outras tantas, que sistematicamente
vão deixando pouco ou nenhum espaço para tarefas
não urgentes, mas importantes como: conversar com uma criança
sobre como foi seu dia, o que aprendeu na escola, ler uma história ou
fazer um registro sobre alguma observação importante.
A prática do FMH nas instituições de acolhimento introduz a concepção
do trabalho cotidiano a partir do olhar para as histórias de vida de
cada criança e adolescente acolhido.
Para que as histórias de vida se tornem um instrumento que ajude a
compreender o cotidiano da casa e as relações que ali se constroem,
é preciso que circulem entre a equipe e que existam espaços onde
sejam discutidas, pensando-se em encaminhamentos. Assim, conseguimos
construir uma atuação menos repressora e mais acolhedora,
onde apesar de ter um limite claro, a criança ou adolescente tem a
chance de rever o seu comportamento.
PARA PENSAR
É possível fazer o Fazendo Minha História em grupo
numa casa em que as crianças são muito agitadas e
agressivas?
O grupo é um espaço protegido, dentro do abrigo, no
qual aquilo que é vivido no dia-a-dia das crianças e
adolescentes pode se repetir e, a partir da mediação
do facilitador e da troca com os outros integrantes,
pode se transformar. O grupo pode ajudar as crianças
e adolescentes a “reorganizarem” seus afetos, dando
novos sentidos a eles. Em casas agitadas, quando
conseguimos implementá-lo, ele se torna um grande
aliado para que as crianças e adolescentes encontrem
novas formas de se relacionar. São facilitadores neste
processo: um espaço fixo para o grupo (acontece
sempre no mesmo lugar); um horário fixo; começar
com poucas crianças (3 ou 4) e ir ampliando o grupo;
colocar
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