Uma proposta de melhoria de qualidade de vida na terceira idade
Pesquisas Acadêmicas: Uma proposta de melhoria de qualidade de vida na terceira idade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renatamaglis • 4/11/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.606 Palavras (7 Páginas) • 789 Visualizações
ACADEMIA DA SAÚDE: UMA PROPOSTA DE MELHORIA DE QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE
RESUMO
O processo de envelhecimento envolve alterações em todo o organismo humano e está relacionado com inúmeras alterações psicológicas e físicas que interferem na área motora, concorrendo para a inatividade e contribuindo para o aparecimento e agravamento de determinadas doenças, além de influenciar negativamente a realização das atividades de vida diária. A prática regular de exercício físico é uma estratégia atrativa e eficaz para retardar o declínio das funções corporais na terceira idade. Os benefícios são evidentes tanto na aptidão física quanto na esfera psicológica, levando essa população a maior integração na sociedade. Portanto, a prática de atividade física é fundamental para o idoso, não só na prevenção de doenças como na reabilitação de suas habilidades motoras, promovendo um estilo de vida saudável que é fator preponderante para a melhoria da qualidade de vida. Objetivou-se com o presente estudo identificar os benefícios das atividades físicas na terceira idade, como elas contribuem para uma melhor qualidade de vida e qual o papel do enfermeiro na promoção da atividade física. Conclui-se que os enfermeiros são peça fundamental
Palavras-chave: Idoso; Atividade Física; Qualidade de Vida; Enfermagem.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos 50 anos, a população brasileira modificou seu perfil, revelando uma nova realidade. O Brasil ainda é um país considerado jovem, porém com o aumento do percentual de idosos, somado à diminuição da natalidade, em breve ele se tornará um país com uma população idosa Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2030, o número de idosos deverá superar o de crianças e adolescentes em cerca de quatro milhões, diferença que aumentará para 35,8 milhões em 2050. (HERÉDIA; FERLA; LORENZI, 2012).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento da expectativa de vida fará do Brasil o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas até 2025 (SILVA et al., 2012).
São considerados idosos os indivíduos acima de 65 anos de idade. Contudo o envelhecimento pode ser conceituado de diferentes formas, dentre as quais a definição mais difundida é a perda da eficiência dos processos envolvidos na manutenção da homeostase do organismo, implicando decréscimo da viabilidade ou aumento da vulnerabilidade ao estresse (PAULA; PAULA, 1998).
Dentro desse contexto, Toscano e Oliveira (2009) afirmam que as modificações morfológicas e funcionais relacionadas ao envelhecimento constituem uma das maiores preocupações para os profissionais da área da saúde, sobretudo no que se refere à prevenção de doenças e melhora da qualidade de vida.
Os idosos não formam um grupo homogêneo. O processo de envelhecimento no indivíduo saudável está relacionado com inúmeras alterações físicas e psicológicas.
A maior parte das pessoas apresenta deterioração em sua condição física entre as idades de 65 e 85 anos. Com isso, eles podem ser classificados e divididos apenas com base na idade cronológica: "idoso jovem" (65 a 75 anos de idade), "idoso médio" (75 a 85 anos) e "muito velho" (maior que 85 anos). Essa classificação ignora as diferenças potenciais de indivíduos da mesma faixa etária, que apresentem características fisiológicas bem diferentes (KOPILER, 1997).
Com o objetivo de diminuir as diferenças entre os indivíduos classificados no mesmo grupo, foi desenvolvida a classificação funcional, que divide os grupos de modo mais uniforme. Segundo Kopiler (1997), o "idoso jovem" é considerado o grupo de pessoas que estão livres das responsabilidades com cuidados de filhos, geralmente aposentados e que podem viver de forma independente, com pouca ou nenhuma restrição a atividades físicas. O "idoso médio", em face do aumento da incapacidade física, como resultado de doença crônica, ou pelos efeitos da idade, ou ambos, necessita de uma maior assistência em suas atividades diárias. Já os "muito velhos" são aqueles totalmente dependentes, necessitando de suporte de familiares devotados, ou enfermagem treinada, ou muitas vezes internados em instituições para maiores cuidados.
O envelhecimento conduz a uma perda progressiva das aptidões funcionais do organismo, aumentando o risco do sedentarismo. Essas alterações, nos domínios biopsicossociais, põem em risco a qualidade de vida do idoso, por limitar a sua capacidade para realizar, com vigor, as suas atividades do quotidiano e colocar em maior vulnerabilidade a sua saúde (ALVES et al., 2004).
A diminuição da força muscular e flexibilidade articular altera a coordenação motora e o equilíbrio, interferindo negativamente na manutenção de um estilo de vida saudável e na prática das atividades de vida diária, podendo ser facilmente observada pela dificuldade de realização de tarefas simples como carregar compras ou subir em ônibus. Essas alterações interferem na área motora e, associadas a outras como a diminuição da acuidade visual e auditiva e da memória, concorrem para o isolamento, podendo contribuir para a depressão e para a inatividade (PAULA; PAULA, 1998).
O sedentarismo, que tende a acompanhar o envelhecimento e vem sofrendo importante pressão do avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas, é um importante fator de risco para as doenças crônico-degenerativas, especialmente as afecções cardiovasculares, principal causa de morte nos idosos (ALVES et al., 2004).
Segundo Paula e Paula (1998), a inatividade no idoso poderá propiciar o aparecimento e/ou agravamento de algumas doenças que são erroneamente atribuídas ao envelhecimento, como a osteoporose, artrite, doença arterial coronariana, diabetes, obesidade e hipertensão arterial, dentre outras. Além disso, as quedas e suas conseqüências são também episódios bastante comuns.
Alves et al. (2004) afirmam que a prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso, seja na sua vertente da saúde como nas capacidades funcionais.
Neste sentido, a atividade física regular e sistematizada ou exercícios físicos regulares têm demonstrado serem capazes de minimizar os efeitos deletérios do envelhecimento, como a redução na massa muscular, colaborando para a manutenção da capacidade física e autonomia do idoso.
Faz-se necessário compreender o perfil atual dos idosos, abrangendo aspectos de atividade física,
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