Unidade De Conservação Cabeça Do Cachorro

A Unidade de Conservação Cabeça do Cachorro foi implantada em 27 de novembro de 1990 no extremo oeste paranaense na cidade de São Pedro do Iguaçu, e é administrada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

O parque foi criado com o objetivo inicial de proteger as margens do rio do Corvo Branco e também de preservar sua floresta nativa e sua biodiversidade.

A reserva é composta de 60,98 ha de floresta nativa, e por obter uma grande biodiversidade na região, o parque serve atualmente como base, apoio e laboratório para a conectividade entre as Unidades de Conservação e fragmentos remanescentes.

O clima nessa região, bem como no estado do Paraná, em virtude de sua posição geográfica e seus aspectos físicos, predomina o clima subtropical, constantemente úmido e com chuvas bem distribuídas. Utilizando a classificação de Köppen para se determinar o tipo climático da região, considerou-se os três tipos climáticos existentes no Paraná: o Cfa, Cfb e o Af.

A região, situa-se no terceiro planalto paranaense. Segundo a classificação de Köppen, a mesma se enquadra no clima Cfa que caracteriza-se como subtropical onde os verões são quentes e há pouca frequência de geada. A tendência é que o período chuvoso ocorra nos meses de verão, sem estação seca definida.

O solo dessa região está estreitamente relacionado com os aspectos socioeconômicos devido ao seu uso e tipo de ocupação. A região do Parque Estadual da Cabeça do Cachorro, como a maioria das regiões agrícolas paranaenses, sofre as consequências do sistema de preparo e cultivo convencional. Esse tipo de uso e manejo provocou a destruição das estruturas dos solos, o aumento do escoamento superficial, a diminuição da matéria orgânica, o empobrecimento de argila nos horizontes superficiais e ainda, subsequente diminuição da fertilidade do solo, o que teria facilitado o desencadeamento dos processos erosivos no estado.

Na região em questão ocorrem superfícies com relevo suave a ondulado, com solos bem desenvolvidos, apresentando como principais características físicas a profundidade, boa drenagem, boa aeração e resistência à processos erosivos. Quimicamente, são solos considerados de boa fertilidade natural, com altos teores de ferro presente.

A formação vegetacional do Parque Estadual da Cabeça do Cachorro é de grande importância pois é quase idêntica a encontrada no parque Nacional do Iguaçu. Aonde algumas espécies de arvores ameaçadas de extinção são encontradas neste local, quando em outros lugares da região não encontra-se mais. Insere-se no contexto da Floresta Estacional Semidecidual da bacia do rio Paraná. Segundo Ab’Saber (1977), esta formação compreende uma parte do bioma da Floresta Atlântica. Maack (1968) descreveu, para a Floresta Estacional Semidecidual do Estado do Paraná, duas fisionomias semelhantes, mas com composições florísticas um pouco diferentes às quais denominou Mata pluvial-tropical dos planaltos do interior e Mata pluvial subtropical. Como exemplo de vegetação existente no parque encontra-se: o Jatobá, a Peroba, a Timbaúva o Jerivá, entre outros.

Em relação a fauna, Cabrera & Willink (1973) descreveram a ocorrência de um Domínio Amazônico da Região Neotropical. Este Domínio compreende um território biogeográfico de clima predominantemente quente e úmido, coberto por uma vegetação