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VERMES ASCARIS LUMBRICOIDES

Por:   •  19/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.225 Palavras (5 Páginas)  •  717 Visualizações

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POLITEC

4 AM ANÁLISES CLÍNICAS

NAME

VERMES PARASITAS

Recife

2015

ASCARIS LUMBRICOIDES

1.Morfologia

É um nematódeo (nematelminto), um verme de cor cara, corpo cilíndrico e extremidades mais finas, que costuma ter entre 15e 30 cm de comprimento.

2.Etiología

Um indivíduo contaminado pelo verme elimina diariamente milhares de ovos de Ascaris pelas fezes. Em locais sem saneamento básico adequado, estas fezes contaminam solos e água. A transmissão do Ascaris ocorre quando uma pessoa sadia ingere acidentalmente estes ovos presentes no ambiente.

Crianças costumam se infectar ao brincar em solos contaminados. As mãos sujas podem levar os ovos diretamente para a boca ou contaminar brinquedos ou objetos, que entrarão, posteriormente, em contato com a boca de outras crianças. Já os adultos, geralmente, se infectam ao ingerir água ou alimentos contaminados.

Uma vez no ambiente, os ovos de Ascaris são muito resistentes, podendo permanecer viáveis por vários anos, caso encontrem condições adequadas de umidade e temperatura. Filtragem da água, cozimento de alimentos e lavagem adequada de frutas e verduras cruas são suficientes para eliminar os ovos e impedir contaminações de novos indivíduos.

3.Patologia

Na maioria dos casos, a infecção é assintomática. Todavia, pacientes com número elevado de vermes em seu trato gastrointestinal podem apresentar sintomas na fase de migração da larva ou durante a fase adulta do verme.

Manifestações pulmonares: Um quadro inflamatório dos pulmões (pneumonite) durante a breve passagem das larvas pelo sistema respiratório é bastante comum. Manifestações, como tosse seca, bronquite, febre e dor torácica são chamadas de síndrome de Loeffler. No hemograma, o aumento do número de eosinófilos é típico desta síndrome. Durante os episódios de tosse, é possível que o paciente expila uma ou mais larvas de Ascaris pela boca.

Manifestações gastrointestinais: Os sintomas são dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, distensão abdominal e perda de peso. Crianças contaminadas podem apresentar desnutrição e atraso no crescimento, devido à redução na absorção de nutrientes importantes pelo intestino. Eliminação de vermes adultos nas fezes também podem ocorrer.

Em de grande infestação de vermes, um “bolo” de Ascaris pode causar obstrução intestinal, sendo necessária intervenção cirúrgica ou endoscópica para remoção dos vermes.

4.Diagnóstico

O diagnóstico da ascaridíase é habitualmente feito através da identificação de ovos de Ascaris lumbricoides nas fezes. O problema de exames parasitológico de fezes é que os primeiros ovos só aparecem nas fezes cerca de 40 dias depois do paciente ter se contaminado, Portanto, em fases precoces, como durante a infecção pulmonar, o exame de fezes costuma ser negativo.

5.Tratamento

Várias drogas podem ser usadas no tratamento, as opções mais comuns são:

  • Albendazol 400mg em dose única;
  • Mebendazol 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos;
  • Levamisol, 150mg, em dose única.

No caso de obstrução intestinal pelo Ascaris, as drogas indicadas são a Piperazina, 50 a 100 mg/kg/dia + óleo mineral, 40 a 60 ml/dia por 2 dias.

As drogas citadas acima são mais eficazes contra vermes adultos do que contra larvas. Por isso, após 3 meses, o paciente deve ser novamente testado para ascaridíase. Se for positivo, um novo tratamento deve ser indicado. É importante testar também pessoas que moram na mesma residência, já que a contaminação de membros da família é muito comum.

Schistossoma mansoni

1.Morfologia

Macho possui 10 mm de comprimento. E a fêmea 14 mm de comprimento.

2.Etiología

A esquistossomose chegou às Américas Central e do Sul provavelmente com os escravos africanos e ainda hoje atinge estados brasileiros, principalmente os do Nordeste. A infecção ocorre quando a pele entra em contato com a água doce contaminada com o parasita.

3.Patologia

A doença tem uma fase aguda e outra crônica.

Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e emagrecimento.

Na fase crônica, geralmente assintomática, episódios de diarreia podem alternar-se com períodos de obstipação (prisão de ventre) e a doença pode evoluir para um quadro mais grave com aumento do fígado (hepatomegalia) e cirrose, aumento do baço (esplenomegalia), hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago, e ascite ou barriga d’água, isto é, o abdômen fica dilatado e proeminente porque escapa plasma do sangue.

4.Diagnóstico

O diagnóstico laboratorial baseia-se no exame parasitológico de fezes com pesquisa de ovos do parasito. Outros métodos que podem ser utilizados são: biópsia retal, eclosão de miracídios, métodos imunológicos e PCR.

5.Tratamento

O tratamento da doença pode ser feito com medicamentos específicos que combatem o Schistossoma mansoni. Uma nova droga quimioterápica, o hicantone, já se mostrou eficaz para curar a doença na grande maioria dos casos.

Ancylostoma duodenale

1.Morfologia

Possui dois pares de dentes na cápsula bucal sublinguais. Os machos têm a cor esbranquiçada ligeiramente e uniformemente encurvado. Medindo 7 a 11 mm de comprimento. As fêmeas têm a mesma coloração do macho, medem 10 a 14 mm de comprimento, calibrosas, terminando em ponta romba e com espinho caudal.

2.Etiologia

É encontrado na zona do Mediterrâneo, Índia, China e Japão. A transmissão acontece por penetração ativa das larvas filarióides infestantes na pele ou mucosas, principalmente nas regiões dos pés, pernas, nádegas, mãos e ingestão das larvas junto com os alimentos.

3.Patologia

Ancilostomíase, Ancilostomose, Amarelona ou Necatoríase são doenças parasitárias infecciosas intestinais semelhantes causadas pelos nematodas relacionadas ao Ancylostoma duodenale.

4.Diagnóstico

É O diagnóstico é feito por exames de fezes, e em casos agudos a infestação pode ser detectada também por exame de sangue. Ambos feitos através da observação, com auxílio de microscópio.

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