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Vírus no contexto da origem da vida

Por:   •  5/7/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  715 Palavras (3 Páginas)  •  240 Visualizações

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UNIVERSIDADE FDERAL DO SUL DA BAHIA

Discente: Loize Carol                            Componente Curricular: Biologia Geral

Vírus: Onde estão os Vírus no contexto da Origem da Vida?

        Segundo Amabis e Martho, vírus são seres extremamente pequenos e simples, situados no limite entre o vivo e não-vivo. Eles diferem de todos os seres vivos, pois são acelulares, ou seja, precisam utilizar a maquinaria de uma célula hospedeira para se replicar e se propagar. Eles carregam consigo apenas um tipo de ácido nucléico. São considerados organismos vivos por apresentarem capacidade de autoduplicação e a variabilidade.

        Os vírus foram descobertos no final do século 19, por meio de experimentos nos quais extratos de tecidos doentes eram passados por filtros capazes de reter bactéria e fungos, as menores formas de vida então conhecidas, e o material filtrado era depois inoculado em tecido são, no qual a doença reaparecia. Esse reaparecimento levou alguns cientistas a conceber a existência de um ‘fluido’ – uma espécie de toxina ou veneno – capaz de transmitir doenças, e deram a este a denominação vírus (em latim, ‘veneno’).  Assim, os vírus foram chamados, por muito tempo, de agentes filtráveis associados à doença e morte.

        Os vírus foram excluídos da ‘árvore dos seres vivos’ pelo fato da comunidade cientifica os verem apenas como entidades não dotadas de vida, tendo a noção de que eram apenas toxinas. A ‘árvore da vida’ agrupa todos os organismos celulares presentes em nosso planeta. Essa árvore teve seu modelo proposto em no final de 1970 pelo microbiologista norte-americano Carl Woese.

        Muitos cientistas defendem a ideia de que os vírus são entidades genéticas autônomas desprovidas de vida. Porém, os desdobramentos os desdobramentos da presença de um vírus para a biologia e para a evolução do hospedeiro são muito maiores do que seria de se esperar de moléculas inertes. Os vírus podem transmitir informações genéticas entre diferentes hospedeiros, contribuindo assim, na geração de variabilidade e participando do movimento e construção da vida, fazendo assim com que os vírus estejam entre os principais agentes da evolução. Partindo desse pensamento, os vírus estariam incluídos na árvore da vida relacionados a todas as outras formas de vida celular.

        Os vírus estão presentes das mais diversas formas em nosso contexto atual. É comum pensarmos nos mesmos de uma forma maléfica, porém, alguns exemplos como a placenta e o útero materno, nos provam que eles tem muito mais a dizer do que parece. Entre a placenta e o útero é formada uma camada de células que permite a fusão de dois tecidos, criando a troca entre feto e mãe. Na década de 1970 foram observadas partículas virais brotando dessa região, indicando assim que algum provírus poderia estar sendo replicado ali. Estudos posteriores indicaram a sequencia de um gene viral que determina a produção de uma proteína. Esta proteína esta envolvida na fusão de tecidos e na supressão da resposta imunológica, garantindo a tolerância ao feto.

        Apesar da a origem dos vírus ser desconhecida, provavelmente os vírus já existiam dentro dos organismos vivos desde a origem da vida. Não há comprovações da sua possível origem. Além disso, as altas taxas de mutação atrapalham a deduzir como eram os vírus ancestrais. Exemplos como o da placenta, nos mostra que o papel deles vai muito além de serem agentes causadores de doenças e podemos afirmar que o que se conhece de vírus é apenas uma parte de tudo o que eles representam para o planeta, sendo que todos os organismos são infectados por eles.

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