Woodki Vs Willy Moon
Casos: Woodki Vs Willy Moon. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: danfer • 5/3/2013 • 978 Palavras (4 Páginas) • 775 Visualizações
Woodkid é mais conhecido por realizar vídeo-clips de pop stars como Katy Perry, Yelle,
Lana del Rey, Rihanna, mas não satisfeito, decidiu invadir o universo da musica.
Yoann Lemoine decidiu mostrar o seu talento musical, com um cunho muito particular e
cinematográfico, marca com que tem vindo a assinar nos seus trabalhos audiovisuais.
Ao andar à deriva pela internet, à procura de informações sobre Woodkid acabei por
perceber que são seria um tema suficientemente interessante para este trabalho. Claro que
é relevante entender este projecto como uma simbiose audiovisual, um trabalho criativo
com uma estética marcada, repleto de momentos de grande intensidade com um leve
tempero trágico.
So I guess both (music and video) are very complementary, and mixing both in a single
project really connected me to my art in a deep and wide level, as an artist it's extremely
satisfying!i
Com a pesquisa reconheço que esta complementaridade torna o trabalho de Woodkid um
objecto artístico onde ambos os media são complementares. Acabamos sempre por ficar no
limbo entre a musica e o vídeo.
Tendo em conta que este trabalho é sobre um tema musical, preciso de procurar algo mais
livre e desembaraçado de outras muletas que não sejam musicais.
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Salto então para um assunto que me tem despertado muita curiosidade e como tal,
merecedor de uma investigação mais concentrada e mote para este trabalho.
Willy Moon – I Wanna Be Your Man
Ao pesquisar na internet apercebo-me que falamos de um projecto sem grandes meios, nem
grandes produções. Não encontramos imagens na internet, a não ser os três ou quatro
vídeos no YouTube. Partimos do principio que estamos a falar de alguém com uma atitude
mais minimalista e uma força renovadora.
Não quero com isto dizer que não exista uma produção visual cuidada. Falamos de uma
personagem que nunca revela o verdadeiro nome. O próprio afirma que conhecer a sua
verdadeira história é totalmente irrelevante.
Estamos portanto à frente de um projecto que tem em conta um produto (musica) que é
dirigido a um consumidor (ouvinte) mas que procura despertar o nosso interesse quase
numa onda contra corrente.
...Voltemos a ouvir I Wanna Be Your Man
Soa muito diferente de tudo o resto que se tem ouvido recentemente. Isso agrada-me. Mas
ao mesmo tempo consigo encontrar muitas referências do que está para trás e detalhes de
sonoridades bem actuais.
Willy Moon cresceu em Wellington, Nova Zelândia. Filho de dois professores substitutos,
acabou por correr várias cidades e países, por força do trabalho dos pais, encontrando um
poiso em Londres para trabalhar num bar. Mas não satisfeito com a sua experiência em
Londres, fugiu para Berlim. Foi lá onde todas as experiencias e referencias musicais que foi
recolhendo ao longo das suas viagens se fundiram.
O difícil é mesmo encontrar mais matéria de estudo sobre Willy Moon. Nos últimos meses
têm aparecido alguns artigos online, mas dificilmente conseguimos sair do material
anteriormente disponível.
Quando falamos em pop stars como Lady Gaga e Lana Del Rey, sabemos bem que têm
vindo a mostrar inícios de monotonia. Em contra partida Moon tem uma sonoridade fresca e
sólida, que parece ter saído de uma veia criativa, completamente formada. E não formatada.
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Falamos de uma brilhante e estranha fusão do rock dos anos 50 com as técnicas de produção do
hip hopii
A guitarra vibrante (lembrando outros tempos do rock'n'roll) marcada pelas batidas digitais
e uma voz ecoando um Buddy Holly, faz-nos pensar que poderia ser apenas mais um
outro retrocesso vintage. Mas a produção “enérgico-eletrónica” leva-nos a um novo lugar.
Ao ouvir I Wanna Be Your Man é inevitável pensar no tema Not Fade Away de Buddy
Holly.
Na base, ambas as musicas têm a mesma vibração. Talvez Moon tenha uma guitarra
predominante que se mescla com batidas mais modernas inspiradas no hip hop e R&B, mas
claramente sente-se a vibração dos inícios do rock’n’roll.
Se em I Wanna Be Your Man “apagarmos” a batida samplada, e apenas ficarmos com a
guitarra eléctrica e a voz levemente temperada com soul, parece que reencontramos um
sobrinho afastado de Buddy Holly com a latência das raízaes coutry, blues, R&B e gospel.
O ritmo é marcado por respirações sampladas. A “guitarra baixo” em Willy Moon
desaparece
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