Zoologia de invertebrados

Acanthocephala

Acanthocephala é um filo de parasitas. Na fase adulta, as pouco mais de 1100 espécies descritas de acanthocephalans são parasitas intestinais obrigatórios em vertebrados, principalmente peixes. Caracterizam-se pela presença de uma probóscida reversível, munida de espinhos e que serve para fixar o animal ao intestino do hospedeiro. O tamanho desses animais varia muito, a partir de formas de poucos milímetros de comprimento até aqueles que medem de 10 a 65 centímetros. A superfície do corpo do Acanthocephala é peculiar. Externamente, a pele tem uma fina camada de tegumento que cobre a epiderme, que é constituída por um sincício sem paredes celulares. Sua microestrutura de fibras musculares se assemelha aos de nematoides. Músculos da parede do corpo tem forma de tubos e são repletos de fluido. Esses tubos nos músculos continuam pelo sistema lacunar, desse modo, a circulação do sistema lacunar consegue levar nutrientes e retirar resíduos dos músculos. O corpo é apoiado pelo tegumento fibroso e as qualidades hidrostáticas do blastocelo e do sistema lacunar. Os músculos e ligamentos adicionam um pouco de integridade estrutural a este sistema de apoio. Não existe coração ou sistema circulatório, e a contração dos músculos move o fluido do sistema lacunar através dos canais e dos músculos.

Trocas gasosas, de nutrientes e resíduos ocorrem principalmente por difusão, a qual é facilitada pelo sistema lacunar. Cerca de 80% da espessura do tegumento dos acanthocephalans é a zona radial da fibra, que contém um sistema lacunar de canais cheios de líquido ramificados. Os nutrientes são absorvidos através da parede do corpo. A parede exterior do corpo é multicamada, sincicial, de tegumento vivo, a qual se sobrepõe a de músculos circulares e longitudinais. O tegumento inclui camadas de fibras densas, bem como o que parecem ser folhas de membrana plasmática, e uma camada de tecido conjuntivo do tipo interna assemelha-se a lâmina de rotíferos esqueléticos. O tegumento é perfurado por numerosos canais que se conectam a um conjunto complexo de canais circulatórios chamados o sistema lacunar. Os canais tegumentares perto da superfície do corpo pode facilitar pinocitose de nutrientes do hospedeiro.

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Acanthocephalans não têm trato digestivo, e eles devem absorver todos os nutrientes através do seu tegumento. Eles podem absorver várias moléculas por um especifico mecanismo de transporte de membrana, e outras substâncias podem atravessar a membrana do tegumento por pinocitose. O tegumento apresenta algumas enzimas, tais como as peptidases, que podem clivar vários peptídeos, assim os aminoácidos são então absorvidos pelo verme.

Quando presente, o sistema excretor consiste em um par de protonefrídeos com células flama. Estes se unem para formar uma abertura de tubo comum no duto de esperma ou do útero.

Seu sistema nervoso tem um gânglio central junto ao receptáculo e os nervos do probóscida, e o corpo do animal. Também há terminações sensitivas no probóscida e na genital. No entanto, como muitos endoparasitas obrigatórios, tanto o sistema nervoso e órgãos dos sentidos destes animais são muito reduzidas.

Os Acanthocephalans são dióicos. Os machos têm um par de testículos, cada um com um canal deferente, e um ducto ejaculatório comum que termina em um pênis pequeno. Durante a cópula o esperma é ejetado para dentro da vagina, viaja até o ducto genital, e é liberado para o pseudoceloma da fêmea. Nas fêmeas o tecido ovariano é dividido ovos (bolas ovarianas) que são liberados a partir dos ligamentos genitais no pseudoceloma. Um dos ligamentos leva a um funil de abertura contínua com o útero que recebe os embriões em desenvolvimento e os passa para o útero. Embriões completamente desenvolvidos são ligeiramente mais longos do que os imaturos, esses são ativamente selecionados e transmitidos para o útero, enquanto os ovos imaturos são rejeitados e guardados para posterior maturação. Os embriões que são descarregados em fezes de seu hospedeiro vertebrado, não chocam até comido por um hospedeiro intermediário. A característica mais notável do Acanthocephala é a presença de uma probóscida que é geralmente coberta com ganchos espinhosos. A probóscida leva anéis de ganchos recurvados dispostos em fileiras horizontais e é por meio destes ganchos que o animal se liga aos tecidos do hospedeiro. A probóscida é usada para perfurar a parede do intestino do hospedeiro final, e manter o parasita fixo enquanto ele completa o seu ciclo de vida. Sua contração provoca a envaginação da probóscida em sua cavidade isto é efetuado por dois músculos retratores que se deslocam a partir da parte posterior do septo para a parede do corpo.

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Alguns dos acanthocephalans podem inserir sua probóscida no intestino do hospedeiro e abrir o caminho para a cavidade abdominal.

Mesozoa Mesozoa é um filo de animais ciliados e vermiformes minúsculos e extremamente simples contendo por volta de 20 a 30 células sendo organizada em duas camadas. Todos os Mesozoas são parasitas de invertebrados marinhos e tem o tamanho variando de 0.5 a 7 mm de comprimento, além disso, são divididos em 2 grupos ,Rhombozoa que contem 75 espécies conhecidas e Orthonectida que contem 20 espécies. Esse filo tem formato vermiforme é composto de duas camadas células, sendo a única estrutura externa os cílios presentes nas células epidérmicas. Vivem em seus hospedeiros, que são invertebrados marinhos, sobrevivendo por parasitismo dos mesmos. Devido a serem animais de muita baixa complexidade não apresentam sistema muscular e se locomovem apenas utilizando cílios presentes em suas células. Os Mesozoas não possuem sistema digestivo, sendo a absorção do alimento feita por fagocitose e os nutrientes transportados passivamente. Não há a presença de sistema respiratório, nem circulatório nesses animais sendo todas as trocas de gases e nutrientes acontecendo por difusão, assim como o sistema de excreção. Os organismos desse filo não contem sistema nervoso. Os dois grupos do filo Mesozoa são bem diferentes quanto ao sistema de reprodução. Os Rhombozoas se reproduzem tanto sexuadamente quanto assexuadamente, sendo a ultima mais comum em hospedeiros que não chegaram à fase adulta. A reprodução assexuada acontece quando o nematogeno da origem a larvas vermiformes que crescem de forma direta para a formação de novos namatogenos. Porem, quando a população cresce e a densidade fica alta algumas dessas larvas se transformam em estruturas com funções de gônadas masculinas e femininas que produzem gametas , sendo que o zigoto formado cresce e é eliminado na agua marinha pela urina do hospedeiro. Já Orthonectida

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