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A CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Por:   •  17/6/2017  •  Artigo  •  5.051 Palavras (21 Páginas)  •  669 Visualizações

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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE (in vitro) DO FRUTO DO CAMAPÚ (Physalis peruviana, L.)

Enaldo FLORES¹, Kayse SANTOS¹, Ediluci MALCHER²

¹Acadêmicos de Biomedicina na faculdade Estácio de Macapá

²Professora na faculdade Estácio de Macapá

RESUMO: Informações a respeito das características químicas e do valor nutricional dos frutos do Camapú são essenciais para estimular o consumo e a geração de novos produtos, no entanto, poucos dados estão disponíveis na literatura especializada com relação à composição química e sua aplicação tecnológica, o que ressalta a necessidade de pesquisas científicas sobre o assunto. Realizou-se o presente estudo com o objetivo de caracterizar quimicamente e determinar a atividade antioxidante in vitro do fruto de Physalis comercializado na região. Analisaram-se as características químicas: umidade, cinzas, lipídeos, proteínas, e carboidratos, a vitamina C, o conteúdo de polifenol total, carotenoides, flavonoides e antocianinas, e a atividade antioxidante pelo método DPPH e β-caroteno/ Ácido Linoleico. As amostras foram analisadas em triplicata. Para a análise dos dados, foi elaborado um banco de dados no programa excel. Os resultados obtidos para os compostos bioativos em mg/100g foram: 1,35 de Antocianinas, 63,33 de Polifenol,  8,23 de Flanonoides, 65,13 de Carotenoides. Os valores obtidos na caracterização química foram: 80,74% de umidade, 1.98% de cinzas, 5,37% de proteínas, 0,99% de lipideos e 10.92% de carboidratos pra cada 100g de amostra. Também foi obtido o valor de 24mg/100g de vitamina C. E os frutos apresentaram excelente capacidade antioxidante, 79% pelo método de DPPH, expresso em capacidade de reduzir em 50% a atividade do radical livre. E 91% e 88% nas respectivas concentrações 15.000 e 20.000 no método β-caroteno/ Ácido Linoleico. Concluiu-se, portanto, que os frutos pesquisados apresentam alto valor nutritivo, e funcional pelo conteúdo dos compostos bioativos e atividade antioxidante. Portanto, o seu consumo e produção devem ser estimulados.

PALAVRAS CHAVE: Camapú. Physalis peruviana, L. Antioxidantes. Radicais livres.


ABSTRACT:
 Information about the chemical characteristics and nutritional value of the fruits of Camapú are essential to stimulate the consumption and generation of new products, however, few data are available in the specialized literature regarding the chemical composition and its technological application, which stands out The need for scientific research on the subject. The objective of this study was to characterize the in vitro antioxidant activity of Physalis fruit marketed in the region. The chemical characteristics were: moisture, ash, lipids, proteins, and carbohydrates, vitamin C, total polyphenol content, carotenoids, flavonoids and anthocyanins, and antioxidant activity by the DPPH and β-carotene / Linoleic Acid method. The samples were analyzed in triplicate. For the analysis of the data, a database was elaborated in the excel program. The results obtained for the bioactive compounds in mg / 100g were: 1.35 Anthocyanins, 63.33 Polyphenol, 8.23 ​​Flanonoides, 65.13 Carotenoids. The values ​​obtained in the chemical characterization were: 80.74% humidity, 1.98% ash, 5.37% protein, 0.99% lipids and 10.92% carbohydrates per 100g of sample. The value of 24mg / 100g of vitamin C was also obtained. The fruits presented excellent antioxidant capacity, 79% by the DPPH method, expressed in the capacity to reduce free radical activity by 50%. And 91% and 88% in the respective concentrations 15,000 and 20,000 in the β-carotene / Linoleic Acid method. It was concluded, therefore, that the fruits researched present high nutritional value, and functional by the content of the bioactive compounds and antioxidant activity. Therefore, their consumption and production should be stimulated.

KEY WORDS: Camapú. Physalis peruviana, L. Antioxidants. Free radicals.

INTRODUÇÃO

Quando frutas e vegetais fazem parte da alimentação diária das pessoas, os riscos de morte por doenças crônicas diminuem. Essa relação acontece devido os constituintes químicos desses alimentos, como antioxidantes e vitaminas, que ajudam a proteger o corpo de vários problemas, como as enfermidades degenerativas, câncer, doenças cardiovasculares, e cerebrovasculares. (HINNEBURG et al., 2006).

Realizou-se o presente estudo com o objetivo de caracterizar  quimicamente e determinar a atividade antioxidante in vitro do fruto de Physalis peruviana L. Encontrados nos supermercados da região. Essas informações ainda são pouco vistas e discutidas na literatura, e quantificar características químicas e o valor funcional do Camapú são essenciais para o incentivo do consumo do fruto, para a produção e formulação de novos produtos. (SILVA et al., 2008).

A Physalis é uma frutífera que possui elevado valor nutracêutico e econômico, e está se incorporando ao quadro das pequenas frutas no Brasil. Por ser uma planta rústica e de boa adaptação, o cultivo se torna uma excelente alternativa de economia agrícola para pequenos e médios produtores, e com boas perspectivas de comercialização no mercado brasileiro. (HOFFMANN, 2003).

Há indicações de que ela seja proveniente da Amazônia ou da Colômbia, a Colômbia que além de ser um dos locais apontados como de principio da fruteira, também é o de maior produção. (FRANCO et al., 2007). No Brasil, encontra-se principalmente no Norte e Nordeste, sendo conhecido como: camapu, camambu, camaru, joá-decapote,joá-poca, balão-rajado, saco-de-bode, bucho-de-rã e mata-fome (LORENZI; MATOS, 2002; CARRASCO; ZELADA, 2008).

O nome Physalis é de origem grega, onde “Physa” significa bolha ou bexiga, relacionando-se com a aparência do cálice que sustenta seus frutos. (TOMASSINI et al., 2000). Trata-se de uma planta herbácea, ereta, medindo 40-70 cm de comprimento (LORENZI & MATOS, 2008). Eles são pequenos e redondos, com coloração alaranjada quando maduros, (FREITAS & OSUÑA, 2006).

A espécie Physalis peruviana L., é da família das Solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas. Contém compostos bioativos como os alcalóides, os flavonoides, os esteróides, bem como ácidos graxos de cadeia linear, carotenóides e ácido ascórbico (ARRUDA, 2008). Apresenta bom potencial farmacológico, pode ser utilizado na prevenção e, ou, na cura de diversas doenças tais como a malária, asma, hepatite, dermatite e reumatismo.

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