DETERMINAÇÃO DO ÁCIDO ASCÓRBICO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PRESENTES NA FRUTA DE GOIABA VERMELHA (Psidium guajava L.)
Por: Luciane Barros • 11/4/2018 • Artigo • 1.561 Palavras (7 Páginas) • 352 Visualizações
DETERMINAÇÃO DO ÁCIDO ASCORBICO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIOXIDANTE PRESENTES NA FRUTA DE GOIABA VERMELHA (Psidium guajava L.)
LUCIANE BARROS SILVA 1
ALEX BRUNO LOBATO RODRIGUES 2
RESUMO
As Frutas são consideradas uma boa fonte de antioxidantes que são benéficas na proteção do corpo humano contra danos induzidos por espécies reativas. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o teor bioativo desse resíduo através do ácido ascórbico e atividade antioxidante (radical DPPH). Foram observados valores expressivos de ácido ascórbico, de acordo com a literatura. A amostra apresentou relevante atividade antioxidante. Os resultados mostram a presença de importantes fitoquímicos do fruto da Goiaba, sugerindo assim, como um potencial ingrediente para a indústria de alimentos e farmacêutica.
Palavras-chave: Antioxidantes; ácido ascórbico; DPPH.
1.0 INTRODUÇÃO
As Frutas são uma parte essencial do ser humano. Muitos estudos epidemiológicos mostram que o conteúdo de antioxidantes naturais, especialmente flavonoides, pode ser benéfico na proteção do corpo humano contra danos induzido por espécies reativas. Isso é importante para manter o equilíbrio redox fisiológico. Estes alimentos fornecem vários antioxidantes, como: o ácido ascórbico (vitamina C), tocoferóis e tocotrienóis (vitamina E), carotenoides (provitamina A) e vários compostos fenólicos (flavonoides, isoflavonas, flavanonas, antocianinas e catequinas). Em geral, caráter que determina a atividade antioxidante de um flavonóide é o estado redox do radical formado a partir do flavonóide original (HEIM et al., 2002).
Dentre as estruturas que se enquadram nesta descrição está a quercetina, ver Figura 1, um flavonóide bastante conhecido, encontrado em frutas, vegetais e ervas (cebola, maçã, Gingko biloba, vinho tinto) (KEREM et al., 2004; WATSON e OLIVEIRA, 1999; HERTOG et al., 1992). A quercetina tem sido investigada pelas suas atividades farmacológicas, que incluem: antitumoral (KANADASWAMI et al., 2005), antiinflamatória (COMALADA et al., 2005), antioxidante (INAL e KAHRAMAN, 2000), e hepatoprotetora (LEE et al., 2003).
Figura 01 – (a) Estrutura do ácido ascórbico e (b) quercetina
[pic 1][pic 2][pic 3]
A produção mundial de frutas apresenta um contínuo crescimento, o valor total da produção agrícola foi de R$ 317,5 bilhões, 20,0% maior do que em 2015. A produção de goiaba e banana contribuiu com 1,9% no valor nacional das frutíferas (IBGE, 2016).
- OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo a avaliação do resíduo da goiaba vermelha. Para isso, são apresentadas a atividade antioxidante e o ácido ascórbico. Tendo como resultado a pretensão do valor bioativo desse resíduo, encontrado em abundancia no Brasil.
3.0 PARTE EXPERIMENTAL
O fruto da goiaba foi proveniente de plantas localizadas no Município de Santana do Estado do Amapá. Depois foram transportadas para o Laboratório de Química e Bioquímica da Unifap – Campus Maco Zero. O resíduo foi posteriormente utilizado para o preparo dos extratos aquosos para as determinações de ácido ascórbico e atividade antioxidante.
3.1 METODOLOGIA
3.1.1 Amostragem
O experimento foi realizado na disciplina de Química Analítica Experimental I, entre o período de outubro a dezembro de 2017. A coleta das amostras foi aleatória.
3.1.2 Obtenção da Extração
No Laboratório as amostras foram descascadas, extraídas manualmente e homogeneizado para realização das análises a partir de 5 mL de suco.
Em seguida, a amostra foi separada e reservado em um recipiente (Figura 2).
Figura 02 – Fluxograma de procedimentos da obtenção dos extratos para a realização das
análises
[pic 4]
A avaliação das análises físico-químicas foi realizada no suco, após a sua homogeneização, de acordo com as seguintes variáveis: pH determinado em Phâmetro; acidez total titulável (% de ácido cítrico.100 mL-1 de suco), determinada por titulometria com solução de hidróxido de sódio 0,1 N e fenolftaleína como indicador (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008).
3.1.3 Concentração de ácido ascórbico
As condições utilizadas para extração do AA (ácido ascórbico) foram as otimizadas por Instituto Adolfo Lutz (2008), pela reação com bicarbonato de sódio e sulfato ferroso, sendo pesado a quantidade de amostra necessário para que concentração de AA estivesse aproximadamente 1%. Foi filtrado e pipetado 4 mL para um tubo de ensaio, adicionando em seguida 0,1 g de bicarbonato de sódio e 0,02 g de sulfato ferroso, em seguida deixado repousar. Por fim, adicionou-se 5 mL de ácido sulfúrico a 10%, até desaparecer a coloração violeta- escuro, confirmando o volume utilizado pela solução titulante.
3.1.4 Teste do radical 1,1 – Difenil-2-picrilhidrazil (DPPH)
A avaliação da capacidade antioxidante foi aplicada o método do sequestro de radicais livres DPPH (2,2 difenil-1-picrilhidrazil) descrito por Couto et al. (2010). O suco dos citros foi diluído, adaptado, em metanol de 0,8g de suco/ 25 mL de metanol. Foi adicionado no tubo de ensaio 500 μL do suco da amostra diluído, 300 μL de solução de DPPH (0,5 mM) e 3 mL de metanol. (Figura 3). Posteriormente, o sobrenadante foi separado e envolvido com papel para evitar degradação pela luz e deixado em repouso por 15 minutos. As amostras de controle realizadas conforme o procedimento acima, sem adição do extrato e metanol, como linha de base.
Figura 03 – Fluxograma de procedimentos para a amostra submetida à avaliação de atividade antioxidante [pic 5]
As soluções foram submetidas por leitura em espectrofotômetro a 517 nm. O porcentual de decréscimo foi seguido pela sequência de Couto et al. (2010) na absorbância foi medido e a capacidade de sequestrar radicais livres foi calculada com base no decréscimo da absorbância observada, que foram em percentual de atividade antioxidante usando a Equação 1:
[pic 6]
[pic 7]
3.1.5 Delineamento estatístico
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