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Bioquímica dos hormônios

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Por:   •  1/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.720 Palavras (11 Páginas)  •  412 Visualizações

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1 BIOQUÍMICA DOS HORMÔNIOS

Endocrinologia é o estudo da natureza, regulação, mecanismo de ação e efeitos biológicos dos hormônios na saúde e na doença, e é também uma extraordinária especialidade médica.As glândulas endócrinas foram originalmente definidas como aquelas desprovidas de ductos e, portanto, secretoras diretamente na corrente sangüínea.Os hormônios, seus produtos, originalmente se referem a substâncias que circulam pelo organismo via sangüínea para atuarem em locais anatomicamente distantes, onde estimulariam vários processos.Hoje se conhecem hormônios que assim se comportam (chamados telécrinos), mas a função parácrina (local) e autócrina (ação na própria secretora) foi descritas.

Telécrinos: Lançados na corrente sangüínea para agir à distância

Parácrinos: Liberados localmente para agir nas células vizinhas

Autócrinos: Atuam sobre a própria célula que os produziu

A despeito da origem grega (hormein = eu excito), nem todo hormônio estimula a função de suas células-alvo: há hormônios inibidores, por outro lado, muitos hormônios são produzidos por células individuais, e não por conglomerados celulares glandulares.

1.1RETROALIMENTAÇÃO

O único princípio unificador quanto à função do sistema endócrino é a sua regulação. O mecanismo fundamental é o Feedback (retroalimentação), que pode ser positivo ou negativo. No feedback positivo, aumentos circulantes no nível de um hormônio deflagra mecanismos que resultam em aumento adicional de sua concentração. No feedback negativo, o aumento no nível do hormônio resulta em respostas que limitam a produção adicional deste mesmo hormônio. A hipófise controla a produção de hormônio tiroidiano através do TSH (hormônio estimulante da tireóide, ou tireotropina). O TSH estimula a produção de hormônio tiroidiano que inibe a hipófise a produzir mais TSH, deste modo limitando sua própria produção. O resultado é que os níveis circulantes de TSH e hormônio tiroidiano tendem a ser mantidos constantes na corrente sangüínea. Num outro exemplo, a redução da calcemia (concentração plasmática de cálcio) é percebida pelas glândulas paratireóides, que secretam paratormônio. Em resposta a esta secreção, a calcemia se eleva, por conta da ação do hormônio, e a normalização da calcemia resulta em queda na velocidade de secreção do paratormônio. Qualquer elevação na glicemia é percebida pela céluladas ilhotas de Langerhans pancreáticas, a qual secreta quantidade adicional de insulina, determinando assim uma redução da glicemia ao promover a entrada de glicose nas células-alvo.

1.1.1 Tipos de defeitos

Uma deficiência na concentração de hormônio circulante pode resultar de um defeito básico na glândula alvo que produz o hormônio, sendo a condição denominada DEFICIÊNCIA PRIMÁRIA, ou na hipófise, sendo chamada a condição de DEFICIÊNCIA SECUNDÁRIA; caso o defeito se situe no hipotálamo, teremos a disfunção TERCIÁRIA.

Primária: Na glândula periférica

Secundária: Na hipófise

Terciária: No hipotálamo

Por outro lado, a superprodução de um hormônio hipofisário ou de hormônio de liberação hipotalâmico pode resultar em estimulação excessiva da glândula alvo. O resultado final consiste em hiperplasia dessa glândula alvo, como se dá, por exemplo, em tumores hipofisários produtores de ACTH, que resultará na hiperplasia adrenal da doença de Cushing. Como os hormônios atuam, processos metabólicos intracelulares podem ser controlados por sinais provenientes de fora da célula, oriundos de outras células. O Sistema endócrino é o mais conhecido meio de comunicação molecular entre células. Hormônios são fundamentais na regulação da Homeostasia. O sistema é controlado superiormente pelo SNC (sistema nervoso central) que envia mensagens com instruções ao hipotálamo. Hormônios hipotalâmicos atuam sobre a hipófise que, por sua vez, produz hormônios que modulam o funcionamento de outras glândulas ou estruturas do organismo. Hormônios da hipófise podem ser trópicos (= estimulam a função) ou tróficos (= estimulam o trofismo, ou crescimento do órgão) sobre suas células-alvo.

1.2 TIPOS DE HORMÔNIOS

Habitualmente, os hormônios são bioquimicamente catalogados em quatro grupos, a saber: esteróides, hormônio tireoidiano, peptídeos e catecolaminas. Os hormônios esteróides e tireoidiano exibem receptores intracelulares que, sob a forma de complexo receptor hormônio, se ligará ao genoma da célula alvo, induzindo a síntese de RNAm específico. Os hormônios peptídeos e as catecolaminas possuem receptores na superfície celular, exigindo a existência de segundo mensageiro que irá, no citoplasma, mimetizar as ações do hormônio. Receptores hormonais são estruturas celulares que fazem o reconhecimento da molécula hormonal, por mecanismos muito semelhantes aos vistos entre substrato e centro ativo enzimático inclusive em termos de especificidade.

1.2.1Classificação

Os hormônios têm sido classificados de modos diversos, utilizando-se diferentes critérios. O critério estritamente bioquímico enfatiza a natureza química da molécula e pode ser resumidamente apresentada do seguinte modo:

• HORMÔNIOS PEPTÍDICOS E PROTÉICOS:

• HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS

• HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS

• HORMÔNIOS DO PÂNCREAS E DO TRATO GASTRINTESTINAL

• HORMÔNIOS QUE REGULAM O METABOLISMO DO CÁLCIO E DO FOSFATO

• HORMÔNIOS DERIVADOS DE AMINOÁCIDOS

• HORMÔNIOS DA TIREÓIDE

• CATECOLAMINAS

• MELATONINA

• HORMÔNIOS TÍMICOS

• HORMÔNIOS ESTERÓIDES

• HORMÔNIOS DO CÓRTEX

• ADRENAL

• HORMÔNIOS DAS GÔNADAS.

• CICLO MENSTRUAL.

• ANABOLISANTES.

A Classificação mais moderna divide os hormônios de acordo com a localização de seus receptores, separando-os em dois grupos: I e II. Essa classificação traz embutida

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