Fermentações Etanólicas: Fabricando cerveja e produzindo biocombustíveis

Quadro 14-3 – Fermentações Etanólicas: Fabricando cerveja e produzindo biocombustíveis

A produção da cerveja é uma prática passada de geração em geração até os dias atuais onde esta cerveja é refinada e produzida em grande escala. Seus produtores fazem a cerveja a partir da fermentação etanólica de carboidratos encontrados em grãos que estão na sua composição como a cevada,  essa fermentação é realizada pelas enzimas glicolíticas encontradas nesses grãos. No processo chamado de maltagem, as sementes da cevada irão germinar até que estejam formadas as enzimas hidrolíticas necessárias para que haja a quebra dos polissacarídeos existentes. Ao chegar nesse ponto a germinação é interrompida por aquecimento controlado, a partir daí o produto será o malte que irá conter enzimas que catalisam a hidrólise das ligações Beta da celulose e de outros polissacarídeos presentes na parede celular da casca da cevada. A próxima etapa é a preparação do mosto, que é o meio nutriente necessário para a fermentação feita pelas células da levedura, ao final do processo, o mosto liquido será fervido juntamente ao lúpulo para dar sabor, depois ele será resfriado e aerado. O malte será misturado com água, sendo então macerado, permitindo que as enzimas que foram produzidas na fase de maltagem hidrolisem os polissacarídeos dos cereais, a partir daí é formada a maltose, glicose e outros açucares simples. Nas etapas finais da produção da cerveja, a espuma é ajustada e controlada, esta que é resultante de proteínas que foram dissolvidas. Esse controle é feito por enzimas proteolíticas que surgiram no processo da maltagem e se essas enzimas atuarem nas proteínas por muito tempo, a produção da espuma sera muito baixa, e a cerveja ficará ‘’choca’’, já se elas não agirem por tempo determinado a cerveja ficara turva quando gelada. Sobre a tecnologia utilizada no processo da fabricação da cerveja, muitos produtores e industrias encontra aplicação dessa tecnologia no processo de produção de etanol como combustível renovável por conta da diminuição do estoque dos combustíveis fosseis e o aumento do preço do combustível para motores de combustão interna existe um crescente interesse no uso do etanol como um combustível substituto ou complementar. A vantagem da produção do etanol é que sua matéria-prima é bastante barata e renovável e geralmente essa matéria-prima é convertida quimicamente em monossacarídeo que são fornecidos como alimento para as leveduras presentes em um fermentador, essa fermentação pode não apenas gerar o etanol como também ter como subproduto proteínas essenciais que são utilizadas em rações para animais.

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