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A AUTOESTIMA E O BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS

Por:   •  28/6/2022  •  Artigo  •  3.316 Palavras (14 Páginas)  •  262 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL – FACIMED

CURSO DE BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA

AUTOESTIMA E O BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS: ANÁLISE DO PERFIL DOS DEFICIENTES FÍSICOS PRATICANTES DA MODALIDADE DA ASSOCIAÇÃO DE DEFICIENTES FÍSICOS DE OURO PRETO DO OESTE – ASDEFOPO.

        

LIMA, Luciene Arruda[1]

CARNEIRO, Juliano César Pereira[2]

RESUMO

Autoestima é a julgamento e o anseio que cada um tem por si próprio. É ter consciência do seu autovalor, acreditar, respeitar e confiar em si. O basquetebol em cadeira de rodas é semelhante à do basquetebol convencional, tendo apenas algumas adaptações. O esporte adaptado, além de promover benefícios para seu bem-estar e qualidade de vida, também oportuniza testar seus limites e potenciais, promover a integração social e a reabilitação dos deficientes. O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil da modalidade do Basquetebol em cadeira de rodas na autoestima dos deficientes físicos, com o intuito de compreender melhor essa relação. A amostra foi composta por 08 indivíduos, todos do sexo masculino, com idades de 25 a 68 anos, praticantes da modalidade de Basquetebol de cadeira de rodas. Para avaliar a Autoestima foi utilizado a Escala de Autoestima de Rosenberg, e para avaliar a relação entre a modalidade do Basquetebol e Autoestima utilizou-se um Questionário semiestruturado de medidas e opiniões de autoestima e prática esportiva. Após análise estatística verificou-se que de maneira geral que o grupo possui autoestima Alta e levando em consideração que a prática do Basquetebol em cadeira de rodas possibilita a quem o pratica melhorias psicológicas e físicas, portanto constata-se que a modalidade influencia positivamente na autoestima de deficientes físicos praticantes a mesma.

Palavra Chave: Autoestima, Basquetebol em cadeira de rodas, Deficiência.

INTRODUÇÃO

A pesquisa parte da investigação do perfil da autoestima dos deficientes físicos em relação a prática da modalidade de Basquetebol em cadeira de rodas. A autoestima está relacionada em tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos ser, por isso o autoconhecimento é de fundamental importância para aumentar a autoestima (Medina, 1995 apud Botelho, 2006).

O dicionário Aurélio conceitua Perfil como uma descrição de uma pessoa que resultam suas características básicas. O conceito da palavra perfil é uma descrição ou relato em que se faz os traços rápidos o relato moral e físico da pessoa.

A Agência Brasil – ABR (2003), aponta que no Brasil senso 2000 existem 24,5 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência - e que 43% vivem abaixo da linha da pobreza, sobrevivendo com menos de um salário mínimo por mês. A pesquisa ainda mostra que a exclusão social ainda é muito forte e o nível de escolaridade abaixo da média.

De acordo com Cardoso (2011), a prática de atividades desportivas para pessoas com deficiências além de proporcionar todos os benefícios para seu bem-estar e qualidade de vida, também é a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social e a reabilitação da pessoa com deficiência.

O basquetebol em cadeira de rodas assim como os demais esportes adaptados possibilita a oportunidade de noções e vivências que estimulam seus praticantes a participar de grupos, estes que poderão se articular e descobrir outros semelhantes e assim formar clubes esportivos de deficientes, como já ocorreu nos primeiros clubes existentes, onde os deficientes físicos encontraram meios de reconstruir suas identidades.

A relação de autoestima e o basquetebol em cadeira de rodas está associada a uma possível melhora física corporal e os benefícios proporcionados pelas reações fisiológicas advindas da prática esportiva.

De acordo com Ramos (2011), a prática esportiva regulada traz inúmeros benefícios para saúde, física e mental dos praticantes, além de melhorar a qualidade de vida, para pessoas com deficiência “a prática de esportes pode representar muito mais que saúde, equilíbrio e o repertório motor, no aspecto social, o esporte proporciona a oportunidade de socialização entres pessoas com e sem deficiências”, além de tornar mais independente ao dia a dia.

A autoestima é caracterizada principalmente pelo aspecto psicológico, mas pode ser influenciada por alguns aspectos como o aspecto físico, ou seja, pelo crescente acometimento das funções dos sistemas fisiológicos decorrentes da deficiência física que comprometem a saúde, e no aspecto social no sentido de que muitos se sentem inúteis, pouco considerados e respeitados, por tanto preferem se isolar da sociedade.

O objetivo deste estudo é apresentar o perfil da autoestima dos deficientes físicos praticantes da modalidade de Basquetebol em cadeira de rodas da Associação de Deficientes Físicos de Ouro Preto d'Oeste – ASDEFOPO.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo foi caracterizado por ser uma pesquisa de campo, quali-quantitativa, de cunho transversal. A amostra desta pesquisa foi de 08 (oito) indivíduos, todos do gênero Masculino, o processo de amostragem foi por conveniência e tipicidade, pois todos deveriam estar adequados aos critérios de inclusão e exclusão, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado era fator obrigatório para participar deste estudo, conforme projeto aprovado pelo CEP/FACIMED.   

Para descrever o perfil da autoestima dos Deficientes Físicos praticantes da modalidade Basquetebol em cadeira de rodas foram utilizados como instrumentos de pesquisa a Escala de autoestima de Rosenberg UNIFESP/EPM (DINI et al.; 2004) e um questionário semiestruturado de medidas e opiniões sobre autoestima e prática esportiva para verificação do perfil dos praticantes de Basquetebol em cadeira de rodas da Associação de Deficientes de Ouro Preto do Oeste – ASDEFOPO.

A Escala de autoestima de Rosenberg UNIFESP/EPM (DINI et al.; 2004), trata-se de uma escala contendo 10 itens para a avaliação da autoestima por meio de uma única dimensão. Das 10 questões, 5 avaliam sentimentos positivos do indivíduo sobre si mesmo e as 5 restantes avaliam sentimentos negativos. Os resultados são obtidos a partir da soma das pontuações obtidas por meio da avaliação das 10 afirmativas, totalizando um valor único para a escala. O intervalo possível dessa escala varia de 10 (10 itens multiplicados por valor 1) a 40 (10 itens multiplicados por valor 4). O teste de Rosenberg é uma escala de dez afirmativas que apresentam quatro opções de escolha, sendo elas: a – Concordo Plenamente, b – Concordo, c – Discordo, d – Discordo Plenamente. Os itens 1, 3, 4, 5, 7 e 10 (sub escala de autoconfiança) a pontuação diz respeito a: Concordo Plenamente (4 pontos), Concordo (3 pontos), Discordo (2 pontos) e Discordo Plenamente (1 ponto), os itens 2, 5, 6, 8 e 9 são da sub escala da autodepreciação e tais itens foram reconvertidos estatisticamente por tratar-se de itens negativos.

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