A Atividade Interdisciplinar
Por: Guilherme Prudente • 18/6/2020 • Trabalho acadêmico • 2.129 Palavras (9 Páginas) • 255 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 8
REFERÊNCIAS 9
- INTRODUÇÃO
Dentro de um contexto escolar, todos os alunos, sem exceção, vivem um processo de ensino-aprendizagem que os prepara para serem capazes de enfrentar diversos problemas, desde os mais simples aos mais complexos. Isso exige que os professores também sejam capazes de criar e pensar planos de aula que ultrapassem as barreiras referentes à sua disciplina, e integrem os conteúdos de seu plano didático com outras áreas de conhecimento, ligando-as com a realidade do aluno. A essa prática, dá-se o nome de interdisciplinaridade.
Este trabalho tem como principal objetivo, apresentar a proposta interdisciplinar e responder questões referentes ao processo de desenvolvimento da mesma no âmbito da Educação Física Escolar. Para tal, falaremos sobre algumas mudanças que veem afetando a ação do professor nas aulas de Educação Física e como a proposta em questão auxilia em despertar nos alunos um interesse maior pelas aulas, e pelas demais disciplinas que farão parte deste processo. Assim, veremos como isso influencia o aluno no seu convívio social dentro e fora da escola, e de que forma a proposta possibilita o acesso e inclusão de todos os alunos em todas as aulas, de todas as disciplinas.
Palavras-chave: interdisciplinaridade; educação física escolar; ensino; plano de aula; inclusão.
- DESENVOLVIMENTO
Para bem compreender o real valor e os principais significados da Educação, precisamos levar em consideração todo o seu processo histórico, e de que forma ela foi sendo trabalhada desde início. Disciplina a disciplina, tudo envolve processos históricos e necessidades de se responder a apelos de uma sociedade que sempre esteve em constante construção, evolução e amadurecimento. Com a Educação Física não é diferente, e sempre que se ouviu sobre Educação Física, ouviu-se sobre seu contexto preparatório para algo ao qual ela pode ter sido designada, mesmo que de forma indireta.
Podemos citar de forma bem segura, o exemplo de um período de Guerra, em que as aulas de Educação Física tinham o intuito e objetivo de preparar os jovens para o serviço militar, agregando a eles treinamentos e práticas esportivas que os preparasse fisicamente para tal. Dessa forma, a Educação Física “Militarista” abria suas preferências por corpos chamados de “perfeitos”, onde não havia amputações, não havia deformidades, corpos fortes, aptos a todo tipo de treinamento com o fim se dando no campo de batalha. Mais afrente, no meio de um novo regime de governo, surge outra visão acerca da Educação Física, chamada “Competitivista”, voltada ao preparo e melhoria da força de trabalho. Isso se dava devido a alta demanda de efetivo para angariar mão de obra no setor industrial, com o objetivo de fazer com que o Brasil crescesse economicamente, produzisse mais, exportasse mais.
E dentro de décadas de mudanças, a Educação Física vem seguindo uma vertente ligada aos apelos sociais, no meio em que vivemos. Isso desafia o professor a buscar conhecer mais quais são os problemas enfrentados por seus alunos, e de que forma ele pode direcionar suas aulas de uma maneira que contribua para isso de forma eficaz.
Hoje, a Educação Física Escolar direciona suas atenções para ensinar aos alunos o conhecimento a respeito de seu corpo e cada um de seus movimentos, limites e as possibilidades que existem para que ele consiga superar cada uma de suas limitações. Há um processo inclusivo também, que faz com que o professor planeje e execute uma aula em que todos participem independentemente da sua condição corporal. Isso é parte fundamental na construção do ser social de um aluno, ensinando-o a ser mais autônomo e cidadão, e preparando-o para ser capaz de tomar suas próprias decisões.
Toda disciplina em si é limitada, inclusive a Educação Física, que apesar de, de forma prática e teórica demandar várias sequencias de movimento corporal, não é capaz de responder todas as questões existentes no ambiente social dos alunos. A proposta interdisciplinar trabalha ligando duas ou mais disciplinas, e sugere que os professores rompam esse limite e avancem para um trabalho mais profundo, dinâmico e que dê resultados positivos para a demanda das disciplinas em questão, e para a construção social do aluno envolvido. As práticas interdisciplinares no contexto da Educação Física são de um campo de pesquisa e estudo muito amplo, com a possibilidade de se englobar diversas disciplinas, fazendo com o profissional de Educação Física seja capaz de compartilhar o máximo de conhecimento possível ao aluno. Interdisciplinaridade é construir pontes ligando uma disciplina à outra, com o objetivo de se trabalhar um tema, usando todas as possibilidades de conhecimento. Se o professor de Educação Física quiser dar aos alunos algumas aulas práticas e teóricas sobre Medidas e Avaliação da Composição Corporal, poderá construir essa ponte junto com o professor de matemática, por exemplo, que poderá auxiliar os alunos a fazerem cálculos para obter conhecimentos a respeito de massa corporal, e ajudar na construção e elaboração de tabelas e gráficos para colocar e expor os resultados obtidos. Construindo essa ponte também com a disciplina de Língua Portuguesa, os alunos terão o auxílio do professor para elaboração de um texto ou uma entrevista em campo externo. Já o professor de biologia, inserido dentro deste mesmo tema, poderá ensinar aos alunos todos os pareceres e conceitos a respeito de fisiologia, expondo conhecimento sobre sistemas celulares, tecidos e órgãos.
Em outro exemplo, podemos citar uma abordagem a respeito do movimento corporal. Tal proposta pode, de forma muito ampla e significativa, contribuir para que os alunos construam um relacionamento com seu próprio corpo, levando-os a entenderem desde os significados mais simples, até os grandes conceitos a respeito da anatomia humana e biologia. Por ser uma sequência didática muita rica em conhecimento, a proposta interdisciplinar abrange aulas teóricas, práticas, laboratoriais, pesquisas de campo, entrevistas, atividades integradas a outros ambientes de seu próprio convívio social, e outras, as quais os professores em questão podem trabalhar para trazer aos alunos de forma segura, e rica em conteúdo. Sequências didática integradoras são a resposta pra muitas questões que envolvem o cotidiano do aluno; são uma ferramenta muito útil e eficaz, que o professor licenciado pode e deve aplicar em seu cronograma anual, fazendo com que os alunos sejam capazes de enfrentar os problemas e desafios propostos, e assim se encontrarem como cidadãos que fazem parte da construção do conhecimento, de uma sociedade como um todo.
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