A Biografia de Emile Durkheim

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SANT’ANA

EVELYN GOLON

INGRID CRISTINA

JEAN BARBOSA

JOÃO CARLOS SILVA

WILSON ARCO VERDE

VIDA E OBRAS DE “ÉMILE DURKHEIM”

PONTA GROSSA

2018

EVELYN GOLON

INGRID CRISTINE

JEAN BARBOSA

JOÃO CARLOS SILVA

WILSON ARCO VERDE

VIDA E OBRAS DE “ÉMILE DURKHEIM”

PONTA GROSSA

2018

Biografia

        David Émile Durkheim, sociólogo francês nasceu em 15 de abril no ano de 1858 em Épinal na França. Descendente de judeus, vindo de uma família extremamente religiosa, pois, seu pai era um rabino, foi sempre preparado para seguir os caminhos de seus antepassados e por vontade própria optou em seguir seus próprios caminhos longe do judaísmo. Dessa forma, Émile sempre foi opositor a vida religiosa, para ele o método científico era a melhor forma de desenvolvimento do conhecimento, na sua concepção a religiosidade originava-se em fatos sociais. Durkheim foi o criador da teoria da coesão social e, em conjunto com Karl Marx e Max Weber constituem o pilar do estudo sociológico.

Sua formação escolar iniciou-se no colégio D’Espinal e no Liceu, ambos em Paris (França). Em seus estudos sempre interessou-se por filosofia. Aos 21 anos de idade, Durkheim foi estudar na Escola Normal Superior (École Normale Supérieure) e passou a dedicar-se ao mundo intelectual. Formou-se em Filosofia, no ano de 1882 e, logo após Émile ministrou aulas em várias escolas provinciais francesas que formavam alunos no ensino médio profissionalizante

Nos anos de 1885 e 1886, Durkheim desloca-se até a Alemanha para uma nova temporada de estudos sempre focado na Sociologia. A partir do estudo da Sociologia educacional, ajuntou-se a vertente pedagógica social e foi influenciado pelos procedimentos da psicologia experimental de Wilhelm Wundt. No ano de 1887, Émile Durkheim foi nomeado professor da primeira cadeira de Ciências Sociais ligada à educação, na Universidade de Bordeaux. Nesse período iniciaram-se os seus estudos sobre Sociologia.

Em sua trajetória Durkheim, presenciou fatos marcantes que ocorreram no fim do século XIX e início do século XX: A derrota francesa em Sedan, repressão contra comuna de Paris, o conflito empresários x operários, o debate moral da 3ª República, divórcio, ensino laico, fim do ensino de religião, o avanço da tecnologia da 2ª revolução industrial: eletricidade (energia “limpa”) petróleo, transportes (metrô em 1900), medicina e saúde pública. Émile testemunhou a tão famosa questão social, que foi a reformulação nas questões políticas visando beneficiar a classe operária, que estavam se afundando numa pobreza demasiada. Durkheim foi o precursor da escola de sociologia francesa que foi a sucessora de Karl Marx, essa escola mesclava a pesquisa baseada em experiências e observações com a teoria sociológica.                                        Em 1896 fundou a revista “L’Année Sociologique”, quando juntou um relevante grupo de estudiosos. Em 1902, foi convidado para ministrar Sociologia e Pedagogia na Sorbonne. Faleceu em Paris, capital francesa, em 15 de novembro de 1917. É considerado, junto com Max Weber, um dos fundadores da sociologia moderna.

Teorias

O sociólogo tinha sua obra delimitada pela questão social, além disso, ele cria piamente no desenvolvimento da ciência. Sua obra tinha início na meditação de uma “consciência coletiva”, para ele o homem era um simples animal selvagem, que só tornou-se sociável pela sua humanidade, isto é, apenas conseguiu adquirir usos e costumes particulares de seu meio social para poder ser inserido neste. Nessa perspectiva, Durkheim chama este processo de aprendizagem de “socialização”, a consciência coletiva é constituída durante o processo de socialização e, seria produzida pela bagagem que levamos na nossa mente servindo para orientar o indivíduo na maneira de portar-se, estendendo-se aos sentimentos e como o indivíduo necessita ser diante da sociedade. Esse bloco de informações, Émile deu o nome de “fatos sociais”, e afirmou que esses fatos eram os legítimos objetos de estudo da sociologia.

Segundo Émile Durkheim, o fato social apresenta três peculiaridades marcantes: 1) Coercitividade: característica relacionada com o poder, ou a força, que estabelecem padrões culturais da sociedade integrada por indivíduos que são obrigados a cumprir; 2) Exterioridade: é ligado ao fato de que os padrões culturais são exteriores ao ser humano e não depende de sua consciência; 3) Generalidade: a existência dos fatos sociais não existem para um único indivíduo e, sim para sociedade. Outro ponto relevante, de acordo com Durkheim, a instituição social é a engrenagem que protege a sociedade, é o conjunto de normas e métodos igualitários sociais, que são condecorados, admitidos e aprovados pela sociedade, cuja extrema relevância é preservar a disciplina do grupo e propiciar a satisfação das necessidades dos indivíduos. Durkheim foi considerado um intelectual tradicionalista pela crítica, pelo fato de defender as instituições.  

Émile expressava seu ponto de vista constantemente dizendo que, os indivíduos necessitam sentir-se estáveis, seguros e amparados, de acordo com o sociólogo, uma sociedade sem normas, padrões, podem levar o ser humano ao desalento. A sociologia tem a função de compreender e solucionar a “Patologia social” (ausência de regras), o sociólogo defende a importância de se praticar a solidariedade entre os componentes da sociedade, para ele o homem necessita ter direitos e obrigações dentro da sociedade para que ele sinta-se completo.