A Gestão Esportiva

Mestrado Profissional em Administração – Gestão do Esporte – Universidade Nove de Julho.

 Ficha de leitura

Disciplina: Comportamento do consumidor no Esporte

Docente: Dr. Ary José Rocco Junior

Elaborado por: Luciana Melloni Rocco de Oliveira

Título: “Sport, Identities and Lifestyles in Consumer Culture.”

HORNE, Jonh (2006). “Sport, Identities and Lifestyles in Consumer Culture”, in: Sport in Consumer Culture, p.119 – 139, New York: Palgrave MacMillan

Ideia central:

Segundo o autor, até o século XX, na Inglaterra, o esporte não era concebido como uma forma de cultura capitalista e em grande parte estava fora das relações sociais da cultura de consumo. Alguns pesquisadores acreditam que a transformação do esporte, neste âmbito, ocorreu quando se começou a ter uma maior relação entre esporte, mídia e publicidade. Provavelmente a televisão teve uma força motriz e influente na mercantilização esportiva. Foi neste momento de mudanças que o esporte profissional é incorporado na cultura do consumismo capitalista. Pierre Bourdieu (1996) sugere duas distintas linhas: o esporte praticado e o “assistido”. Tanto adultos quanto crianças em idades escolares estão vendo mais esportes pela televisão do que realmente praticando-os. Devido a este fator, muitos autores estão associando o individualismo humano ao capitalismo esportivo. Foi se criando um estilo de vida próprio, de cultura do consumo no esporte onde, revistas e outros meios de comunicação, dedicam suas páginas para a moda esportiva e suas tendências.

A grande preocupação das pessoas com a saúde física e obesidade também contribuiu para que o consumo do mercado capitalista do esporte aumentasse. O foco do individuo como empreendedor do esporte desenvolveu resultados voltados para preservar a saúde ou simplesmente manter a aparência. Isto vem a ser um estilo de vida.

Quando se trata de esporte e considera-se a identidade da cultura de consumo, é necessário conhecer o contexto de concorrência e saber que esta gera preocupação constante. É importante globalizar. Mas isso não significa que o sentido da identidade nacional desaparece. O nacionalismo pode ser visto como outro lado da moeda da globalização. Outras identidades, além da nacional, também podem desenvolver o consumo do esporte e lazer. Em meados de 1980, diferentes setores da economia esportiva cresceram a ponto de se criar novos produtores e consumidores e assim se estabeleceu a relação entre o esporte e o capitalismo contemporâneo.

        

Frases:

1. “As we have seen, Pierre Bourdieu (1996b) refers to this as the distinction between sport as ‘pratice’ and sport as ‘spectacle’.” (p.120)

           (Distintos esportes: praticado e ‘assistido’).

1. “When it comes to considering sport and identity in consumer culture it is still necessary to see how the context of competition generates a constant concern with ‘difference’”. (p.132)

           (Deve-se considerar a concorrência e o contexto da mesma).

1. “Globalisation does not mean that a sense of national identity disappears.” (p. 133)

            (Globalizar não significa perder a identidade nacional).

Contribuições:

        O texto nos leva a uma reflexão sobre estilos de vida que o esporte pode proporcionar ou submeter os indivíduos. Até mesmo de uma maneira lúdica, o esporte tem desenvolvido o consumo afetando estilos de vida e “moda”.

        

Crítica:

O autor se refere a um estilo de vida e identidades relacionadas ao esporte. Acredito que realmente o consumidor do esporte tenha seu perfil próprio e uma identidade diferenciada dos demais setores. É importante conhecer muito bem seu consumidor para atingi-lo e assim obter sucesso nas campanhas de marketing. “Ditar” modismos e criar estilos é pertinente aos esportes e a mídia que o trata. A associação entre a mídia, publicidade e esporte criou e vem fortalecendo essa identidade do consumidor do esporte.