A Iniciação Esportiva
Por: Pollyana Popolly • 20/10/2020 • Trabalho acadêmico • 5.117 Palavras (21 Páginas) • 616 Visualizações
ESTÁGIO CURRICULAR I
Iniciação e Treinamento Desportivo
Nome: Maiane dos Santos
Angra dos Reis – 2020
Sumário
1. Introdução 3
2. Maturação e Desempenho Esportivo 4
3. Especialização Esportiva Precoce..............................................................................6
4. Método Tradicional 7
5. O Ensino a Partir de Jogos..........................................................................................5
6. Treinamento das Capacidades Motoras......................................................................7
7. Avanços Científicos e Tecnológicos 7
7.1. Atividades.................................................................................................................9
8. Resultados.................................................................................................................11
9. Conclusão..................................................................................................................12
10. Referências Bibliográficas 12
- Introdução
Princípios do treinamento esportivo já eram utilizados desde a Antiguidade, no Egito e na Grécia, como preparação de atletas para participação nas guerras e nos Jogos Olímpicos. Os métodos de treinamento esportivo evoluíram muito desde então, e atualmente, o treinamento é sistematizado em várias fases, períodos e ciclos, seguindo diversos princípios básicos e levando em consideração a exigência de uma adaptação dos métodos de acordo com o objetivo definido e de eventuais contratempos no decorrer do treinamento.
Para Bompa (2002), o treinamento esportivo é uma atividade sistematizada, de longa duração e progressiva, que tem por objetivo o preparo físico e psicológico para as tarefas mais exigentes, fazendo com que o atleta atinja um alto nível de desempenho, principalmente em competições.
De acordo com Weineck (1986), a metodologia de um treinamento esportivo é constituída através da combinação entre “planejamento, execução, controle, competição e avaliação”.
Segundo Garret Júnior e Kirkendall (2003), treinamento esportivo é a sistematização para realização de um exercício, que tem como objetivo a melhora da habilidade física, assim como a melhora em relação às técnicas de um determinado evento esportivo. Estes exercícios físicos sistematizados que são realizados trazem como resultados grandes mudanças no organismo, assim como em nível de estruturas celulares, de tecidos, dos órgãos e corpo como um todo. Essas mudanças vão desde processos metabólicos e mecanismos moleculares, até a capacidade funcional das estruturas celulares dos órgãos e de seus sistemas.
Para que o corpo se adapte a sobrecarga de exercício, é necessário praticar atividades físicas de maneira repetida e regular (Shakey, 2006).
A iniciação esportiva é o primeiro passo na vida esportiva de um futuro atleta. Porém, alguns estudos mostram que se esse percurso for mal orientado, este primeiro passo poderá ser traumatizante na vida de uma criança iniciante no esporte. A especialização precoce é o fato mais citado por autores por ter efeitos negativos no processo de iniciação esportiva. O fator mais comum são as lesões causadas em crianças que se especializam precocemente em algum desporto. A exigente carga de treinamento e os estímulos aplicados somente em adultos estão sendo utilizados em crianças, fatores esses que promovem o aparecimento de lesões em jovens atletas (Francke, 2009).
A iniciação ao esporte deve ser realizada por profissional de educação física, que poderá observar e atender as particularidades de cada criança, formando assim uma sólida base para que a mesma continue no caminho do esporte e consiga desenvolver e explorar seu potencial ao máximo, seguindo e respeitando o processo de maturação de cada atleta.
- Maturação e Desempenho Esportivo
Toda criança esta propícia à prática esportiva, porém devem-se respeitar suas diversas características como sexo, idade, maturação funcional e maturação sexual. A infância se marca por um período de grande atividade motora, pois o movimento é uma necessidade do crescimento (aumento do tamanho do corpo), desenvolvimento (mudanças funcionais durante o crescimento devido à especialização funcional) e maturação.
Alguns autores relatam que a maturação biológica é fator determinante na evolução do desempenho motor de crianças e adolescentes, por isso os aspectos relacionados ao crescimento e desenvolvimento físico devem ser considerados na avaliação da performance motora e no planejamento do treinamento de jovens atletas, Borges et al, (2004).
Segundo Gallahue, Ozmun (2001), existem 4 fases do desenvolvimento motor: A primeira é a fase motora reflexiva, compreendida desde o período fetal até os quatro meses de vida. A segunda é a fase motora rudimentar, indo desde o nascimento até os dois anos de idade, onde a criança começa a desenvolver movimentos voluntários. A terceira é a fase motora fundamental, indo desde os dois a sete anos de idade e esta dividida em três estágios: o Inicial com uma pobre integração dos movimentos espaciais e temporais; o Elementar com maior controle e melhor coordenação rítmica dos movimentos; e o Maduro com eficiência, coordenação, e execução controlada. A quarta é chamada fase motora especializada, é a fase onde o movimento torna-se uma ferramenta que se aplica a muitas atividades motoras complexas presentes na vida diária, na recreação e nos objetivos esportivos. Esse é um período em que as habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais são progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas para o uso em situações crescentemente exigentes.
É de suma importância ressaltar que cada uma dessas fases do desenvolvimento infantil tem suas próprias características, e é extremamente fundamental que toda criança passe por todas elas, cada uma com seu tempo de aprendizagem. O avanço precoce de etapas poderá ser prejudicial e irreversível, ocasionando danos ao desenvolvimento integral de uma criança.
Segundo Silva (2006), as crianças apresentam sua evolução do crescimento em processos distintos, sendo possível que um indivíduo tenha completado o desenvolvimento e outro da mesma idade cronológica não tenha sequer começado sua maturação.
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