APS Esportes Coletivos
Por: Rafael Amorim • 6/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.325 Palavras (6 Páginas) • 321 Visualizações
não formal, para oferecer modalidades esportivas selecionadas a determinados subgrupos da população escolar. O autor diz tratar-se de uma rede complexa de cruzamentos que se abrem na nossa frente e onde cada um vai encontrar na modalidade escolhida aquilo que, no momento, mais interessa e convém para a sua personalidade, querendo então participar da atividade.
Para Tubino (1992), as atividades esportivas podem contribuir para o desenvolvimento integral harmonioso da criança e do adolescente, observando-os em sua plenitude e atentando-se a maneira como eles estão sendo iniciados, se está ou não de acordo com seu estágio de desenvolvimento.
Discussão
A influência do esporte profissional na iniciação esportiva pode ser, tanto positivo, quanto negativa. Isto dependerá de como o conceito será apresentado e quais cobranças recaem sobre cada aprendiz.
Segundo Paes e Balbino (2005), o esporte profissional pode ser positivo para o iniciante, servindo como espelho, incentivo e entretenimento para a prática, porém, se na iniciação esportiva os exercícios aplicados forem os mesmos de atletas profissionais as consequências seriam negativas, como a falta de “experimentação motora variada e diversificação de estímulos cognitivos, afetivos e sociais”.
Os sentimentos que as crianças têm de si mesmas é fortemente determinado pelas experiências que elas adquirem com brincadeiras, tanto bem-sucedidas quanto as fracassadas. (GALLAHUE; DONNELLY, 2008).
As crianças submetidas a treinamentos diários sujeitam-se a regras já estruturadas e sem questionamentos. Essas crianças possuem uma rotina apenas para adequação e aprimoramento de habilidades específicas, não importando seus interesses e necessidades pois, subentende-se sendo o esporte da área da saúde a criança deve cumprir seu papel. Dependendo do repertório psicológico de cada criança o fracasso pode se tornar um grande motivador de tentar novamente, porém, em um ambiente altamente competitivo onde as habilidades, o destaque, a superação e a competição são inevitáveis, o fracasso não é visto como uma virtude, uma oportunidade de acerto e ajuste, mas sim como uma falha. Respeitar a condição natural humana é o princípio para o equilíbrio interior e interpessoal. Por esses motivos a iniciação esportiva deve ter, por quem a oriente, uma atenção cuidadosa no que se refere a seus objetivos e métodos, pois da mesma maneira que pode ser um excelente instrumento para a criança começar a aprender com experiências que envolvem confiança, autoimagem e autopercepção, entre outras, caracterizando seu processo de sociabilização, pode funcionar como um instrumento alienante para se liderar com essas questões. (RUBIO, 2000).
Para Nista-Piccolo (1999), a criança dever ter seus direitos respeitados, precisa brincar, mesmo que seja brincar de praticar esportes. As crianças podem sofrer altos prejuízos em relação a saúde (que não se mostram a curto prazo) devido as consequências de treinamentos rigorosos que forçam a especialização precoce. Por este motivo, muitas crianças perdem a infância e poucas se tornam atletas. Acrescenta ainda que os processos pedagógicos devem se adequar à realidade que encontramos, isto é, características do desenvolvimento da criança, vivência anterior, dificuldades e necessidades básicas de cada faixa etária.
Ensinar a praticar esporte é preparar o aluno para executar determinadas habilidades por meio da descoberta do prazer de se exercitar. É conscientizá-lo de suas capacidades e limitações. É mostrar diferentes maneiras de aprender um movimento. A ludicidade da proposta pode ser o caminho dessa conscientização. (NISTA-PICCOLO, 1999, p. 11).
Segundo Tubino (1992) ao se ensinar qualquer prática esportiva, existe a possibilidade de o aluno a carregar ao longo de sua vida. Sendo assim, se bem ensinado, o aluno aproveitará dessa aprendizagem esportiva diante de dois caminhos: tornando-se especialista ou consumidor passivo, pois saberá assumir uma posição crítica defronte do fenômeno esportivo. O autor ainda afirma que, os sentidos educativos e o bem-estar social está se tornando uma nova perspectiva da prática do esporte.
Tem-se, com este novo conceito de esporte, uma abrangência em três áreas de manifestações distintas e interdependentes:
a) Manifestação esporte - performance – objetivo; alto rendimento.
b) Manifestação esporte - participação – objetivo; promover o bem-estar, recreação, e o esporte-lazer para todos.
c) Manifestação esporte - educação - com objetivos claros de formação, norteada por princípio sócio- educativos, preparando seus praticantes para a cidadania.
Mas Ferreira (2001) se preocupa em ressaltar que o esporte só tem um sentido educativo, quando tem por finalidade passar um conhecimento ao aluno, tanto em nível técnico esportivo, quanto em valores culturais que o levarão a um desenvolvimento global. O global deve abranger também os aspectos: cognitivos, afetivos e motores. Pois, a eficácia será consequência dos aspectos:
-Cognitivos - compreender o que faz tomar consciência conhecer-se, saber reconhecer as exigências de uma situação, decidir.
-Afetivos - investimento, controle das emoções, evitando a degradação do comportamento, ousar fazer, aceitar os desequilíbrios, mostrar-se.
-Motores - execução, ajustamentos oportunos, fatores suficientes de execução, coordenação e marcação.
Considerações finais
O esporte profissional por muitas vezes pode fazer com que a família e o técnico ao ver que a criança desde muito pequena tem habilidades, querer que ela passe precocemente por um período de especialização. As vezes ate colocam as crianças em competições mirim sem com que as mesmas queiram, e isso pode ser perigoso porque além de pular etapas e vivencias importantes para a criança, esse profissionalismo
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