Aplicação do voleibol na fase pré-púbere
Por: Elizeu Ramos • 12/10/2021 • Monografia • 4.404 Palavras (18 Páginas) • 181 Visualizações
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 8
1.1 OBJETIVO 10
2. O USO DA INTELIGÊNCIA CORPORAL 11
3. MANIFESTAÇÕES MOTORAS 13
4. O PROFESSOR E OS ALUNOS 14
5. COMO MOTIVAR A PRÁTICA DO VÔLEI 16
6. TREINAMENTO E LIDERANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 18
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 21
8. REFERÊNCIAS 22
1. INTRODUÇÃO
William G. Morgan foi o criador do minonette – primeiro nome do voleibol – em 1895. Na época o estadunidense era diretor de educação física da ACM – Associação Cristã de Moças, na cidade de Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos.
A princípio o esporte era restrito à cidade de Holyoke. Depois, com a idealização de uma conferência no Springfield’s College entre diretores de educação física dos Estados Unidos, na qual foi realizada uma demonstração do jogo, o voleibol começou a se difundir por Springfield e outras cidades de Massachusetts e Nova Inglaterra. Ainda em Springfield, o doutor Halstead sugeriu que o nome do esporte fosse trocado para volleyball, tendo em vista que a idéia básica do jogo era jogar a bola de um lado para outro, por sobre a rede, com as mãos.
Ao decorrer dos anos, o volleyball ganhava rapidamente novos adeptos, crescia vertiginosamente no cenário mundial. O Canadá foi o primeiro país fora dos Estados Unidos a praticar o esporte, seguido por Cuba, Filipinas, Peru, Uruguai, China, Japão, Inglaterra e finalmente ao Brasil, em 1916. Ano também do primeiro livro de regras, feito nos Estados Unidos (RIBEIRO, 2004).
O primeiro país da América do Sul a conhecer o voleibol foi o Peru, em 1910. Já o primeiro campeonato sul-americano aconteceu em 1951, no ginásio do Fluminense, no Rio de Janeiro, consagrando o Brasil campeão masculino e feminino.
A FIVB – Federação Internacional de Voleibol – foi fundada em 20 de abril de 1947. E só dois anos mais tarde foi realizado o primeiro campeonato mundial, em Praga, na antiga Tchecoslováquia, vencido pela Rússia. Porém, o esporte somente foi admitido como olímpico em 1962.
A CBV – Confederação Brasileira de Voleibol – foi difundida em 1954. E os bons resultados da seleção brasileira de vôlei começaram a surgir em 1981, na Copa do Mundo do Japão. Hoje, o Brasil tem o campeonato nacional mais forte do mundo, a Superliga; tem uma hegemonia nunca antes vista no masculino (nos últimos 24 campeonatos venceu 21, sendo dois vices e um terceiro lugar, vencendo sul-americanos, pan-americanos, ligas mundiais, campeonatos mundiais, copas do mundo e olimpíadas), e tem uma forte equipe feminina, campeã da última olimpíada, Pequim 2008, e que sempre figura nos pódios também. De acordo com a CBV (2002), o voleibol é o esporte mais praticado no país, sob todos os degraus de prática: Profissional, amador, e principalmente, na educação física escolar.
Uma grande onda de adeptos e jogadores o vôlei produziu, nas últimas duas décadas e nessa inclusive. E as crianças, grandes torcedoras, começaram a praticar e aprimorar suas habilidades nas quadras, crescendo o incentivo da prática nas escolas, o interesse em olheiros e aumentando a procura em peneiras para futuros jogadores em potencial. E, para não se pular etapas, conceitos sobre aprendizagem e desenvolvimento ocorreram, resultando em estudos profundos que indicam que de fato o vôlei contribui para o desenvolvimento motor, à inteligência corporal, aperfeiçoamento de sentidos e preparo para o convívio social, sendo um esporte coletivo e de resultados coletivos e consolidados.
Os professores de educação física têm um papel de suma importância nessa produção: O de orientar, examinar e criar estímulos para o exercício do esporte, este sendo um forte instrumento pedagógico na formação escolar. Promover a integração facilita o aprendizado e a criança absorve instruções de forma lúdica e com espírito de coletividade, incutindo-a o sentido de unidade e companheirismo, bases esquecidas nessa sociedade.
Estimular a inteligência é uma das bases desse sólido esporte, pois a criança aprimora-se cada vez mais e melhor quando se é apresentado novos desafios com o devido estímulo. Nista-piccolo, Prodócimo, Souza, Brandl, Zylberberg e Farias (2004) afirmam que:
“a inteligência é como um comportamento observável do indivíduo que se manifesta de formas múltiplas, indicando uma integração dos sistemas internos com os estímulos externos, visando solucionar problemas que tenham relação com o contexto cultural em que esse indivíduo está inserido.”
Já no âmbito treinamento específico escolar, não menos importante, será discutido o perfil ideal do treinador de vôlei sob a perspectiva da preparação em longo prazo, no tocante ao comportamento e a influência sobre resultados; a integração professor–aluno, as formas de interação e quais as maneiras de lidar com os alunos nesse aprendizado, sobretudo preparando-os para a sociedade, formando caráter e inserindo a cidadania.
A necessidade de centrar o olhar nesse novo prisma esportivo deu-se prioritariamente com o objetivo de contribuir, de forma efetiva, com os avanços dos estudos da área de atuação, a educação física.
1.1 OBJETIVO
Esse trabalho apresenta uma sequência lógica e prática de tópicos e passos na primeira etapa da iniciação desportiva do vôlei, compreendida dos dez aos treze anos de idade (fase pré-púbere), no final do Ensino Fundamental I e início do Fundamental II, Ciclos 2 e 3; passando pelas características do educando dessa faixa etária, o estímulo, a aprendizagem, as vantagens do esporte como agente desenvolvedor, criador e estimulador de mente e corpo; o convívio com os colegas e o senso de coletividade instigado pelo professor de educação física e a sua importância na formação; os aspectos construtivos do treinador ideal de vôlei, o professor e seu aluno, relações de liderança e esportividade; enfim, extensões física, social e mental contidas na prática do vôlei.
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